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A sede da Federação Pernambucana de Futebol, no bairro da Boa Vista. Imagem: Google Maps.

A última resolução oficial da FPF em 2019, em 30 de novembro, decidiu os valores das taxas administrativas da entidade para a temporada 2020. Além da conhecida cobrança de 8% sobre as rendas do Campeonato Pernambucano, a federação dispõe de uma planilha de emolumentos para qualquer movimentação do futebol local, tanto para clubes profissionais quanto amadores.

É uma espécie de “cartório do futebol”, com 77 opções, de R$ 10, na atualização de um boleto vencido, até R$ 826 mil, para a filiação de um clube profissional no estado – há 4 anos custava R$ 750 mil.

Ao pé da letra são 79 taxas (íntegra abaixo), mas o contrato e a rescisão do treinador (ainda) são gratuitos – anteriormente, a primeira certidão de aposentadoria, até 5 anos, também era grátis, mas agora só sai por R$ 84. Entre os encargos do ato 07/2019, publicados sem alarde, estão temas como licenças (até da A3, que enfim deverá ser reeditada), mudança de sede, vistoria no estádio, agendamento de amistosos (ficando 10x mais caro dependendo da origem do adversário), transferências de jogadores calculadas a partir dos salários (de 2 a mais de 50 salários mínimos) e rescisões contratuais. Tem até preço de bola – com quatro valores.

Já em relação às taxas cobradas nos jogos, à parte deste ato, vale citar os dados das sete últimas edições do Estadual, de 2013 a 2019, quando a cobrança da FPF subiu de 6% para 8% – a maioria das federações cobra 5%. Foram 694 partidas com venda de ingressos, totalizando R$ 39.443.544 de bilheteria bruta. Nesse período, a FPF abocanhou R$ 3.155.483. Somando tudo isso, entende-se o atual patrimônio líquido de R$ 15,8 milhões, sempre ascendente.

Para conferir a íntegra do ato publicado no site da FPF, clique aqui.

Obs. A entidade utiliza os recursos para a organização administrativa, promoção de campeonatos, seminários e até empréstimos para os clubes. Porém, fica a impressão de que as taxas poderiam ser mais leves. Fora a necessária redução de funções nos jogos (algumas parecidas com “aspones”).

O saldo da FPF nos últimos 4 balanços (em R$)
2015: +1.478.674
2016: +2.302.010
2017: +279.246
2018: +362.906

O patrimônio líquido da FPF nos últimos 4 balanços
2015 – R$ 12.913.307
2016 – R$ 15.215.317
2017 – R$ 15.494.563
2018 – R$ 15.857.469

A seguir, todos os valores publicados pela direção da federação pernambucana.

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Análise sobre o relatório financeiro da FPF em 2018, com o 6º superávit seguido

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