O sistema eletrônico Transfer Matching System (TMS) foi criado pela Fifa em 2011.
De acordo com a Fifa, 306 clubes do Brasil realizaram transferências internacionais em 2019, dado presente no relatório anual “Global Transfer Market Report”. Isso corresponde a 35,0% dos 874 times em atividade no país, somando vendas, compras, empréstimos e retornos de empréstimos. Esse número é o maior entre todas as federações nacionais, superior ao dobro dos países mais próximos (Alemanha 144 e Espanha 130).
Ou seja, a movimentação do mercado internacional vai muito além dos clubes tradicionais. Tanto que o dado brasileiro excede em 178 o total de clubes presentes nas Séries A, B, C e D, com 128 inscritos. Na última temporada, segundo o TMS, foram 1.779 negociações internacionais cadastradas através da CBF, considerando a origem (948 atletas; US$ 371.6 milhões recebidos) e o destino (831 atletas; US$ 72.5 milhões gastos). Haja clube basicamente no papel para fazer o papel de ponte nas transações – ou times amadores e clubes formadores, criados com apenas este propósito.
O balanço geral sobre 2019 aponta três novos recordes, com o total de jogadores e clubes envolvidos, além do dinheiro gasto – quadros abaixo. Já o número de países caiu de 183 para 179. Ao todo, foram 18.042 transferências, com 1.498 a mais sobre 2018 – em relação ao início da década, o aumento anual já é de 6.160. Em termos de investimento, US$ 7,35 bilhões, com o 7º recorde seguido – frisando, a moeda americana é a base do estudo. Numa média hipotética, isso daria US$ 407 mil por cada jogador de futebol que mudou de país.
Os maiores “investidores” foram Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França. O chamado “Big 5” gastou 5,04 bilhões de dólares em contratações. Isso corresponde a 68,6% do total. Daí, 1,51 bilhão veio da terra da rainha, que na verdade registrou uma redução nominal de 470 milhões. Após o quinteto, destaque para China (298 mi) e Arábia Saudita (133 mi). Em tempo: as duas janelas brasileiras em 2020 vão de 10/01 a 02/04 e entre junho e julho.
Confira o relatório completo (em inglês), clicando aqui.
A seguir, alguns gráficos do relatório da Fifa, com a tradução feita pelo blog. O primeiros mostra uma colunas em ascensão nos últimos oito anos. De 2018 para 2019, +9,0%.
No mesmo período, eis a evolução dos investimentos no futebol. De 2018 para 2019, +5,9%.
Agora, os tipos de transferências internacionais entre os 18 mil contratos registrados pelo sistema TMS durante 2019, em todo o mundo. As vendas representam apenas 11%.
Em 9 anos na década, o número de clubes com negociações internacionais saltou de 3,1 mil para 4,1 mil – ou 972, de forma mais precisa. Neste cenário todo, clubes nordestinos envolvidos…
Leia mais sobre o assunto
O raio x dos 360 mil jogadores de futebol no Brasil, com realidades paralelas