Os 18 técnicos com mais trabalhos entre os 20 clubes presentes no estudo nos últimos dez anos.
Levando em conta o período de trabalho entre 2010 e 2019, os técnicos brasileiros tiveram aproximadamente 1 semestre de trabalho entre os principais clubes do país. É o que aponta o estudo da Pluri Consultoria, que analisou o histórico de 20* times, incluindo cinco nordestinos (Bahia, Ceará, Fortaleza, Sport e Vitória).
Para ser preciso, o tempo médio de trabalho, neste recorte, é de 6,4 meses, superando por pouco o que a legislação trabalhista do Brasil define como “período de experiência”. Na prática, são dois treinadores por ano, com alguns clubes dando mais tempo, como foi o caso do Corinthians, o único a cravar um índice superior a um ano contínuo, com Tite (2010-2013 e 2015-2016) e Fábio Carille (2017-2018) colaborando para esta estatística.
Já o vozão, presente na Série A nas últimas duas temporadas do estudo, mantém o comando por apenas quatro meses. Ou seja, beirando três técnicos por ano, à parte dos interinos. Haja pressão por resultados – sem tempo suficiente para a cobrança. Não por acaso, o Ceará é o clube mais técnicos no período, 29. Por sinal, os 5 nordestinos estão nas 7 primeiras posições, dado ruim. A média é de quase 19 nomes – abaixo, os três rankings elaborados pelo instituto.
Vale pontuar que o perfil dos treinadores também está atrelado a este cenário, naturalmente. A rotatividade ocorre em mão dupla em vários casos. E o estudo também aponta o técnicos que mais rodaram entre os principais clubes brasileiros – isso não significa, necessariamente, que são os nomes que ficaram mais tempo no comando. Dos 10 primeiros na lista, com Dorival Júnior, Enderson Moreira e Ney Franco no pódio, o Sport teve 4 nos últimos dez anos.
Para conferir o estudo completo, clique aqui.
* Os 20 clubes analisados: Athletico (PR), Atlético (MG), Bahia (BA), Botafogo (RJ), Ceará (CE), Corinthians (SP), Coritiba (PR), Cruzeiro (MG), Flamengo (RJ), Fluminense (RJ), Fortaleza (CE), Goiás (GO), Grêmio (RS), Internacional (RS), Palmeiras (SP), Santos (SP), São Paulo (SP), Sport (PE), Vasco (RJ) e Vitória (BA).
Nº de treinadores efetivados entre 2010 e 2019*
1º) 29 – Ceará
2º) 26 – Sport
2º) 26 – Vitória
4º) 24 – Goiás
5º) 23 – Bahia
5º) 23 – Athletico-PR
7º) 22 – Fortaleza
8º) 21 – Vasco
8º) 21 – Flamengo
10º) 17 – Coritiba
10º) 17 – Fluminense
10º) 17 – São Paulo
10º) 17 – Internacional
14º) 15 – Botafogo
15º) 14 – Atlético-MG
15º) 14 – Cruzeiro
15º) 14 – Palmeiras
18º) 12 – Santos
19º) 11 – Grêmio
19º) 11 – Corinthians
* Média de 18,7 técnicos
Duração média por trabalho entre 2010 e 2019 (em meses)*
1º) 12,7 – Corinthians
2º) 10,8 – Grêmio
3º) 10,0 – Cruzeiro
4º) 9,3 – Santos
5º) 8,5 – Palmeiras
6º) 8,4 – Atlético-MG
7º) 8,0 – Botafogo
8º) 7,0 – Fluminense
9º) 6,9 – Coritiba
10º) 6,9 – Internacional
11º) 6,8 – São Paulo
12º) 5,9 – Flamengo
13º) 5,6 – Vasco
14º) 5,4 – Goiás
15º) 5,1 – Athletico-PR
16º) 5,0 – Bahia
17º) 4,9 – Fortaleza
18º) 4,5 – Sport
19º) 4,3 – Vitória
20º) 4,0 – Ceará
* Média de 6,4 meses
Média de idade dos técnicos entre 2010 e 2019 (em anos)*
1º) 55,1 – Flamengo
2º) 54,0 – Palmeiras
3º) 53,8 – Sport
4º) 53,7 – Fluminense
5º) 53,4 – Fortaleza
6º) 52,7 – Vasco
7º) 52,4 – Atlético-MG
8º) 52,1 – Vitória
9º) 51,8 – Cruzeiro
10º) 51,5 – Ceará
11º) 51,3 – São Paulo
12º) 50,9- Athletico-PR
13º) 50,8 – Santos
14º) 50,6 – Bahia
15º) 50,0 – Internacional
16º) 49,6 – Grêmio
17º) 49,4 – Botafogo
18º) 48,8 – Goiás
19º) 48,7 – Corinthians
20º) 47,7 – Coritiba
* Média de 51,6 anos
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