O Bahia vinha pressionado pelos resultados no Ba-Vi, mas respondeu. Foto: Vitor Tamar/Bahia.
Numa partida de imposição, técnica e física, o Bahia goleou o Sport em Salvador e se recuperou na Copa do Nordeste. Venceu por 4 x 0 com vaga pra mais. Foi um time ligado desde o início, com boa movimentação, troca de passes e finalizações, tanto dentro quanto fora da área. É o oposto da atuação leonina, que pôde contar novidades, entre reforços e renovações, mas não conseguiu melhorar o rendimento recente.
Foi, de fato, um jogo de contrastes. O melhor jogador do Sport foi o goleiro Carlos Eduardo, acionado no lugar de Luan Polli, vetado após as falhas nos últimos jogos. O goleiro, que foi o 3º nome da posição em 2020, fez ótima defesas e evitou um placar ainda mais elástico. Afinal, Rodriguinho e Gilberto tiveram um latifúndio à disposição. Mesmo com três volantes (Marcão, Betinho e Ricardinho, o leão não conseguiu fechar os espaços – a impressão é que estava jogando com dois a menos desde o início.
Este cenário foi uma soma de fatores, pois os dois laterais também atuaram mal – Júnior Tavares, de volta após a publicação no BID, na sexta, foi uma calamidade no 1T. Em nenhum momento o visitante se mostrou realmente competitivo. O Baêa abriu o placar no clássico com um golaço de Patrick aos 27 minutos, da entrada da área, sempre vaga. Até ali, já eram quatro chutes com perigo, uma deles na trave. O gol era iminente. Pelo lado pernambucano, a única queixa do dia foi um impedimento mal assinalado aos 44, com Mikael partindo livre. Sobretudo porque o Bahia ampliou ainda no 1T, com Gabriel Novaes pegando o rebote.
No 2T, Jair promoveu as estreias de Toró e Neilton, mas não houve revolução. A vantagem do Bahia era considerável e o time de Dado controlou o jogo, tendo tranquilidade e mais técnica. E seguiu tendo espaço, como no gol de Rodriguinho, conduzindo o time da forma que sempre se esperou de um nome deste porte. Num lançamento relativamente curto, o meia recebeu completamente livre e marcou, transformando o jogo em Pituaçu em goleada.
E na tarde ainda havia vaga pra mais, com o mandante explorando o campo cedido, apesar das cobranças incessantes de Jair. O Bahia chegou ao 4º gol com Gabriel Novaes pegando outro rebote – não é coincidência a liberdade no rebote. Com o triunfo obtido em seu melhor desempenho pós-Brasileirão, o Bahia mantém o excelente retrospecto diante do Sport no Nordestão. Em 11 jogos entre 1994, são 5 triunfos e 6 empates. Pois é, o Sport nunca venceu o rival, dentro ou fora de casa. E desta vez chegou nem perto, se mantendo na lanterna do Grupo B após quatro rodadas. E já não vence na temporada há sete jogos, com 3E e 4D…
Escalação do Bahia (melhores: Rodriguinho, Patrick e Gabriel Novaes)
Douglas; Nino Paraíba (João Pedro, 37/2T), Lucas Fonseca, Juninho (Ignácio, 32/2T)e Maheus Bahia; Patrick, Edson (Raniele, 26/2T), Daniel (Ramon, 32/2T) e Rodriguinho; Gabriel Novaes e Gilberto (Alesson, 37/2T). Técnico: Dado Cavalcanti
Escalação do Sport (melhor: Carlos: piores: Tavares, Dalberto e Ricardinho)
Carlos Eduardo; Ewerthon, Adryelson, Maidana e Júnior Tavares; Marcão, Ricardinho (Toró, intervalo), Betinho (Ítalo, 30/2T) e Gustavo (Neilton, 14/2T); Mikael (Paulinho, 41/2T) e Dalberto. Técnico: Jair Ventura
Histórico geral de Bahia x Sport (todos os mandos)
94 jogos
27 vitórias rubro-negras (28,7%)
29 empates (30,8%)
38 triunfos tricolores (40,4%)
A análise do Podcast 45 Minutos (Cascio Cardoso, Celso Ishigami e Fred Figueiroa):
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