Anúncio da Betnacional
Compartilhe!

Altos 1 x 0 Sport

Nenhum gol leonino em 180 minutos de bola rolando no Piauí. Foto: Anderson Stevens/Sport.

O desenho de mais uma eliminação precoce na Copa do Brasil vinha sendo feito na sequência de jogos sem vencer (já são 7) e, sobretudo, pela falta de força ofensiva. Fora do estado, então, o time ainda não marcou um gol sequer em 2022. E agora, longe do Recife, o rubro-negro fez dois jogo seguidos contra o Altos, um pelo Nordestão e outro pela Copa do Brasil.

No regional, um péssimo futebol e um empate sem gols que comprometeu a sequência na competição. Já no mata-mata nacional, mesmo com a vantagem do empate, o time não conseguiu o resultado. Até porque faltou muita coisa pra isso. Até mesmo “alma”, algo que mesmo nas recorrentes apresentações em má fase não parecia faltar. Mesmo sem ser efetivamente pressionado pelo adversário, o leão sucumbiu. Como nos três anos anteriores, foi eliminado já na estreia.

Em 2019, apesar do placar categórico a favor do Tombense, o time criou bastante até ser vazado. Em 2020, contra o Brusque, reagiu durante a partida, mesmo desorganizado, e tomou outro gol no fim. Em 2021, contra a Juazeirense, um jogo polêmico , na qual o rubro-negro chegou a ficar em vantagem, mas tomou a virada. Não faltou da luta, mas o Sport passou vexame nas três vezes. Afinal, tinha um elenco mais robusto, maior capacidade financeira e bastava não perder. Agora, em 2022, o cenário também se aplica, mas o vexame foi bem maior. E não só sobre a apresentação, fraquíssima.

Sem pressão, sem futebol

Diante do Altos, nesta “tetra-eliminação”, o Sport foi a campo com o pior time no recorte. Pela falta de jogo, superou os desfalques (e os erros) do ano passado. Em 2022, não conseguiu envolver o adversário, esteve mal posicionado para conter as investidas e não conseguiu nem levar perigo – não só hoje. As saídas de Mikael e Gustavo, mas sobretudo a do centroavante, deixaram um buraco no Sport que ainda não foi minimamente preenchido. No caso caso de Mikael, foi um empréstimo para a Itália com possibilidade de venda. O prejuízo causado por esta eliminação, considerando uma acessível 2ª fase, praticamente iguala o valor recebido pela negociação. Portanto, só trará vantagem em caso de venda, o que não é certo.

Lá em Teresina, o Sport foi inferior na posse (43% x 57%) e nas finalizações (9 x 15). Apesar do volume, Maílson não trabalhou muito, mas não conseguiu evitar o único chute perigoso do Altos na partida, com Betinho, ex-Náutico e ex-Santa, se antecipando a Thyere para marcar o gol  da classificação piauiense, 1 x 0. Enquanto isso, o visitante teve apenas duas chances claras, uma com Naressi – desligado na maior parte do jogo – se antecipando de uma saída de bola e ficando cara a cara com o goleiro. Bateu pra fora. Depois, já no finzinho, após um rebote no abafa, Rodrigão mandou no canto e o zagueiro tirou na linha.

Prejuízo já compromete ano do Sport

O Sport jogou muito pouco num jogo que valia tanto. De forma precisa, uma cota de R$ 750 mil. Por sinal, como curiosidade, o rubro-negro deixou de ganhar R$ 3,475 milhões apenas com a passagem à 2ª fase nas quatro eliminações. É algo que deveria ser básico. Para fazer o básico, porém, é preciso ter o básico. E até isso está faltando ao Sport há alguns anos, em termos de organização na gestão no futebol, na condução, com Florentín praticamente fora, e, claro, na qualidade técnica para ser competitivo durante todo o ano. As seguidas remontagens com 3 ou 4 meses, além do custo oneroso a uma instituição bem endividada, minam qualquer chance nos torneios mais acessíveis. Sem isso, é um vexame em cima do outro…

Escalação do Altos (melhores: Mimica e Betinho)
Marcelo; João Carlos (Júlio Ferrari), Mimica, Lucas Souza e Dieyson; Marconi, Tibiri, Eliélton (Dico) e Dieguinho (Netinho); Manoel (Danillo Bala) e Betinho (Vinícius Leandro). Técnico: Carlos Rabelo

Escalação do Sport (piores: Flávio, Naressi, Parraguez e Lucas)
Maílson; Ewerthon, Rafael Thyere, Sabino e Lucas Hernández (Ray Vanegas); William Oliveira, Pedro Naressi (Denner), Blás Cáceres (Rodrigão) e Luciano Juba (Bruno Matias); Flávio (Jáderson) e Javier Parraguez. Técnico: Gustavo Florentín

Retrospecto do Sport na Copa do Brasil (1989-2022)
118 jogos em 28 participações
Desempenho: 54V, 26E e 38D
66 confrontos: 39 classificações e 27 eliminações

Os dois confrontos na história, ambos no Lindolfo Monteiro (1V do Altos e 1E)
1º) 27/02/2022 – Altos 0 x 0 Sport (Nordestão)
2º) 02/03/2022 – Altos 1 x 0 Sport (Copa do Brasil)

Leia mais sobre o assunto
A premiação da Copa do Brasil subiu para R$ 350 milhões em 2022; cotas para 92 clubes

O ranking de clubes do Nordeste na Copa do Brasil, com 91 representantes de 1989 a 2021


Compartilhe!