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Bahia 2 x 3 Sport

Jogando de ponta, o lateral Juba fez gol e deu assistência lá em Salvador. Foto: San Júnior/Sport.

Num clássico entre dois times mergulhados em crise, nos âmbitos técnico, tático e de gestão do futebol, o nível de emoção de Bahia x Sport foi bem além do imaginado. Mesmo com Guto por um fio, e ameaçado até no Estadual, o tricolor parecia ter mais capacidade neste sábado, pois o rubro-negro atuaria com desfalques na cabeça de área, na criação e no ataque. E também sem um treinador efetivo, tendo ainda sete jogos de jejum e nenhum gol marcado fora de Pernambuco nesta temporada. Com esses elementos, o que as torcidas esperavam?

Empate morno? Vitória magra? O roteiro na Fonte Nova acabou reservando um jogo com duas viradas no placar, gol decisivo aos 47 minutos do segundo tempo e quebra de tabu histórico. Até então, o Baêa nunca havia perdido do rival recifense pela Copa do Nordeste. Eram 5 vitórias e 6 empates em 11 jogos, numa estatística indigesta. Pois o Sport venceu, por 3 x 2, e ampliou a sequência excepcional construída desde o revés na final regional de 2017.

Após aquela partida, já foram dez clássicos, com 8 vitórias do leão e apenas 2 derrotas. Em Salvador, neste recorte, foram seis partidas, com 4 vitórias! É um momento fora da curva nos 90 anos do confronto. Para isso, o time, tão apagado nesta temporada, precisou mostrar uma atitude bem diferente em relação àquela em Teresina, no fiasco da Copa do Brasil.

Reconstrução emergencial funcionou

Sem Blás, entrou Ronaldo – que fez um ótimo 2T, sobretudo na distribuição de jogo. Sem Everton Felipe, Naressi – o volante jogou mais adiantado, trabalhou a bola, deu assistência e fez gol. No ataque, Rodrigão atuando nos 90 minutos, sem trocas e mais trocas na posição. Ele não tem a mobilidade de Búfalo, mas é mais técnico e um time tão limitado não pode abrir mão disso. Ah, precisou contar de novo com uma boa atuação de Maílson, que evitou o gol de Rodallega em três oportunidades no 1T, todas em ótima situação. O Sport foi Pressionado, como no Castelão, contra o Ceará, mas teve mais campo para jogar. E personalidade também.

Rodrigão decidiu para o Sport

Como Juba, que acertou o travessão de pé esquerdo e abriu o placar de pé direito. Jogou solto. Porém, o score mínimo sumiu em apenas 12 minutos após o intervalo, com a entrada de Mugni sendo decisiva. Ex-Sport, o meia acertou dois passes que geraram os dois gols baianos. Num clássico com erros técnicos e de posicionamento, aí sim algo esperado, o Sport conseguiu responder rapidamente, com Naressi escorando o passe de Rodrigão.

E daí até o fim, foi melhor, com o Bahia cansando e sendo pressionando por sua própria torcida. Um 2 x 2 que já seria interessante acabou resultando numa virada nos acréscimos, com Juba colocando entre as canetas de André e cruzando para Rodrigão, ex-Bahia. De cabeça, o centroavante enfim decidiu uma partida para o Sport. Os problemas seguem na Ilha, mas o jejum no acabou e tabu na Lampions também. Resultado maiúsculo.

Escalação do Bahia (melhores: 1 Mugni e 2 Raí; piores: Matheus e William)
Matheus Teixeira; Douglas Borel (André), Ignácio, Luiz Otávio e Luiz Henrique; William Maranhão (Lucas Mugni), Rezende e Daniel; Raí Nascimento (Ronaldo César), Marco Antônio (Everton) e Rodallega. Técnico: Guto Ferreira

Escalação do Sport (melhores: 1 Juba, 2 Maílson, 3 Naressi, 4 Rodrigão, 5 Ronaldo; pior: Sabino)
Mailson; Ewerthon, Rafael Thyere, Sabino (Chico) e Lucas Hernández (Fábio Alemão); Ronaldo, Ítalo (Bruno Matias) e Pedro Naressi; Jaderson (Cristiano) (Ray Vanegas), Luciano Juba e Rodrigão. Técnico: César Lucena (interino)

Histórico geral de Bahia x Sport (todos os mandos)
97 jogos
30 vitórias rubro-negras (30,9%)
29 empates (29,8%)
38 triunfos tricolores (39,1%)

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Abaixo, assista aos cinco gols do jogo, num vídeo do perfil da Copa do Nordeste.


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