Anúncio da Betnacional
Compartilhe!

Atual campeão inglês e vice europeu, o City tornou-se o clube de maior arrecadação.

O relatório “Football Money League”, que avalia as finanças dos principais clubes do mundo, completou 25 anos em 2022. A primeira edição lançada abordou a temporada 1996/1997. Naquela época, o Manchester City vivia um jejum de taças de 20 anos, desde a Copa da Liga Inglesa de 1976. E estava na segunda divisão, de onde não conseguiu sair. Na verdade, chegou a bater na terceira divisão em 1999, ano em que o rival Manchester United conquistou a Champions League.

Pois bem, o City foi adquirido pelo sheik Mansour bin Zayed, que virou a acionista majoritário, com 78%, e quebrou um jejum de 44 anos sem vencer o Campeonato Inglês. Ganhou em 2012 e continuou vencendo, passando de 2 para 7 títulos na elite. Ao todo, após a aquisição, o clube já ganhou 13 títulos, sendo 5 da Premier League, 2 da Copa da Inglaterra e 6 da Copa da Liga.

E bateu na trave na Champions League, com o vice em 2020/2021, temporada na qual se tornou, pela 1ª vez, o clube de maior faturamento no mundo. Ao todo, gerou 644,9 milhões de euros, somando bilheteria e receita com “matchday”, direitos de transmissão, licenciamentos e marketing. O clube registrou um aumento nominal de 95,7 milhões de euros (a moeda adotada no estudo) de 2020 para 2021. No último ano, 52% da receita veio dos direitos de tevê, com 335,9 milhões, sendo também o 1º no mundo neste quesito. Para se ter uma ideia, só este valor deixaria o clube em 13º lugar no ranking geral.

Ainda é preciso pontuar que os “citizens” alcançaram esse montante quase sem bilheteria (apenas 800 mil euros), devido às restrições sanitárias pela pandemia da Covid-19. Com o Etihad Stadium aberto, com 53 mil lugares, o valor seria bem maior. O Manchester City é apenas o 4º clube a liderar o quadro anual do “Fooball Money League”. Antes, haviam chegado ao topo o Real Madrid (12 vezes), o Manchester United (10 vezes) e o Barcelona (2 vezes, nos dois relatórios anteriores). Ex-líder, o clube catalão registrou uma enorme queda de receita, de 131,1 milhões. Tanto que caiu do 1º para o 4º lugar. Embora tenha mantido a vice-liderança, o rival merengue também arrecadou menos, com redução de 51,1 milhões.

Nenhum clube da América do Sul no Top 20

O documento de 58 páginas detalhou os 20 primeiros colocados, todos da Europa, sendo metade na Inglaterra, com o absurdo potencial econômico da liga inglesa – abaixo, o ranking completo. Mesmo com o faturamento próximo a 1 bilhão de reais, o Flamengo, que tem hoje o maior poder financeiro entre os sul-americanos, sofre com a desvalorização cambial. Inclusive, isso pesa a favor dos inglesas sobre os demais europeus, pois a libra vale mais que o euro.

Além dos ingleses, a lista da Deloitte ainda tem três espanhóis, três italianos, dois alemães, um francês e um russo. Em relação ao relatório de 2021, saíram do Top 20 os seguintes clubes: Schalke 04 (16º), Lyon (18º), Napoli (19º) e Eintracht Frankfurt (20º). As quatro vagas foram ocupadas em 2022 por três ingleses, Leicester City (15º), West Ham (16º) e Wolverhampton (17º), e por um italiano, com a volta do tradicional Milan (19º).

Leia mais sobre o assunto
Manchester City “vem” ao Recife com troféu, capitão e mascote em busca de simpatizantes

Os clubes que mais arrecadaram na temporada 2020/2021 (em euros)
1º) Manchester City (ING) – 644,9 mi
2º) Real Madrid (ESP) – 640,7 mi
3º) Bayern de Munique (ALE) – 611,4 mi
4º) Barcelona (ESP) – 582,1 mi
5º) Manchester United (ING) – 558,0 mi
6º) Paris Saint-Germain (FRA) – 556,2 mi
7º) Liverpool (ING) – 550,4 mi
8º) Chelsea (ING) – 493,1 mi
9º) Juventus (ITA) – 433,5 mi
10º) Tottenham Hotspur (ING) – 406,2 mi
11º) Arsenal (ING) – 366,5 mi
12º) Borussia Dortmund (ALE) – 337,6 mi
13º) Atlético de Madrid (ESP) – 332,8 mi
14º) Internazionale (ITA) – 330,9 mi
15º) Leicester City (ING) – 255,5 mi
16º) West Ham (ING) – 221,5 mi
17º) Wolverhampton (ING) – 219,2 mi
18º) Everton (ING) – 218,1 mi
19º) Milan (ITA) – 216,3 mi
20º) Zenit (RUS) – 212,0 mi

A seguir, a evolução das receitas anuais dos cinco principais clubes e os respectivos percentuais sobre as receitas na última temporada, com uma participação cada vez mais efetivas dos produtos licenciados, com vendas já globalizadas.

1º) Manchester City
Distante das maiores potências europeias nos primeiros anos, o City já soma 17 presenças em 25 anos do estudo. Sobre transferências, que não entram na composição do ranking, gastou 218 milhões e recebeu 106 mi (saldo de -112 mi). Em campo, venceu a Premier League e chegou à final da Champions League, perdendo do Chelsea.

2º) Real Madrid
Sem surpresa, o Real Madrid esteve presente em todos os 25 anos do Football Money League, sendo o recordista de lideranças, com 12 vezes. Além das frentes abordadas (abaixo), o clube também ganhou 131 milhões de euros em vendas de jogadores, gastando apenas, para os padrões do clube, 44 milhões, com 86 mi de saldo positivo. Em campo, foi vice na La Liga e parou na semifinal da Champions.

3º) Bayern de Munique
O Bayern é outro onipresente no estudo da Deloitte, desde 1996/1997. E aqui vai uma curiosidade sobre a não divulgação do investimento feito em reforços. Foi o único clube entre os primeiros a não divulgar. Em campo, o clube venceu a Bundesliga pela 9ª (1) vez seguida e parou nas quartas da Champions.

4º) Barcelona
Líder nas duas versões anteriores do estudo, o Barça saiu do pódio desta vez. E olhe que o clube até investiu na temporada, com 90 milhões em reforços. Como ganhou 66 mil na cessão de direitos econômicos, teve um saldo negativo de “apenas” -24 mil. Ficou em 3º lugar no campeonato espanhol e foi eliminado ainda nas oitavas da Liga dos Campeões da Uefa.

5º) Manchester United
Se hoje o Manchester City lidera o ranking, o Manchester United foi o primeiro ponteiro, segurando a liderança de 1996/1997 até 2003/2004. Atualmente, o maior campeão inglês vem tentando quebrar o jejum na Premier League, em vigor desde 2013. Justamente a partir da ascensão do lado azul da cidade. No último ano ficou com o vice na liga. E o campeão foi o rival. Sobre transferências, ganhou 24 milhões e gastou 130 mi. Saldo negativo de 106 mi…


Compartilhe!