O narrador Rembrandt Júnior e o comentarista Cabral Neto, a dupla da Globo Nordeste em PE.
Em 2023, o Campeonato Pernambucano voltará a ter 12 participantes após seis anos. O acréscimo de dois clubes obviamente impacta no regulamento da competição, que deverá ser alterado para acomodar uma disputa com poucas datas e com a quase inevitável concorrência da Copa do Nordeste. Turno único e mata-mata mais enxuto? Primeira fase com divisão em grupos? Seja qual for a resposta, é um empacotamento em 13 datas. E a resposta só virá em novembro, após outro ponto importante sobre a composição da Série A1, relacionado à transmissão na televisão.
Em entrevista ao blog, respondendo ao questionamento sobre a nova fórmula, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, disse que ainda é preciso saber qual será o “modelo comercial” da próxima edição do PE. No caso, segundo o dirigente, isso está atrelado à negociação sobre os direitos de transmissão, hoje sem qualquer contrato firmado. Com vários acordos seguidos, a Rede Globo exibiu a competição durante 23 anos, de 2000 a 2022. Esta temporada marcou o fim do último acerto, válido por quatro edições. Porém, há uma tendência de continuidade.
“Só resolveremos (a fórmula do Estadual) após as conversas com a Globo, pois o importante agora será qual modelo é mais comercial. Só vamos fechar em novembro”.
A ideia da FPF é renovar por mais quatro anos, cedendo todos os direitos ao canal, como já vinha ocorrendo. No caso, os sinais de tv aberta, tv fechada, pay-per-view e exibição internacional. No contrato de 2019 a 2022, a Globo Nordeste, o braço responsável pelo negócio, pagou R$ 1 milhão de “luvas” pela assinatura a cada grande clube. Além disso, bancou por R$ 4 milhões por campeonato, sendo R$ 1 mi para cada grande e R$ 1 mi rateado entre os intermediários. Ao todo, um aporte de R$ 19 milhões, sendo R$ 5 mi ao Náutico, R$ 5 mi ao Santa Cruz e R$ 5 mi ao Sport. Sobre o novo valor das cotas, para mais ou para menos (afinal, o mercado mudou bastante), Evandro limitou-se a dizer “ainda em negociação”.
É importante lembrar que nos últimos dois anos houve um enfraquecimento da Globo em relação aos Estaduais, ficando com apenas 3 dos portfólio. Dos principais, perdeu os direitos na tv aberta de SP e RJ, ambos pra Record. Contudo, já há uma movimentação de retomada na emissora, iniciada com a volta da Libertadores em 2023. Neste ponto, então, é preciso manter a oferta de jogos no Premiere, o canal de PPV da empresa, cuja assinatura é mensal. Daí, a necessidade de seguir abraçada a alguns campeonatos estaduais.
As maiores audiências do Campeonato Pernambucano de 2022*
1º) 30,8 pontos, Sport 2 x 2 Santa Cruz (19/02; 1ª fase)
2º) 27,0 pontos, Náutico (4) 0 x 0 (3) Santa Cruz (02/04; semifinal)
3º) 26,0 pontos, Retrô (2) 0 x 1 (4) Náutico (30/04; final)
4º) 24,5 pontos, Náutico 0 x 1 Retrô (21/04; final)
5º) 21,0 pontos, Náutico 1 x 2 Sport (12/03; 1ª fase)
* Cada ponto equivale a 1% da população do Grande Recife
A situação das transmissões dos Estaduais na TV aberta em 2023 (até 17/06/2022)
Alagoano – Indefinido (Band passou em 2022)
Baiano – Indefinido (TVE passou em 2022)
Carioca – Indefinido (Record passou em 2022)
Catarinense – OneFootball, streaming (contrato até 2023)
Cearense – Indefinido (SBT passou em 2022)
Gaúcho – Rede Globo (contrato até 2023)
Mineiro – Rede Globo (contrato até 2023)
Paranaense – OneFootball, streaming (contrato até 2023)
Paulistão – Record (contrato até 2025)
Pernambucano – Indefinido (Rede Globo passou em 2022)
Potiguar – Indefinido (Band passou em 2022)