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O encerramento do Esporte Interativo foi anunciado em 9 de agosto e respingou imediatamente na Copa do Nordeste. O torneio saiu do catálogo da empresa controladora, a Turner, em relação aos canais de apoio, TNT e Space, que incorporaram algumas competições do EI – como Champions League, Liga das Nações e, a partir de 2019, a Série A. Com isso, a viabilidade do Nordestão foi posta em xeque. No dia seguinte, o SBT, que exibiu para os nove estados da região a edição vencida pelo Sampaio Corrêa, assegurou a transmissão.

Entretanto, conforme já comentado no blog, a indefinição sobre a receita do torneio regional é o ponto-chave sobre a continuidade. A dezesseis dias do sorteio oficial, agendado para Maceió (04/10), o lançamento oficial acabou sendo programado, sem alarde, para São Paulo (18/09), numa busca por novos patrocinadores. Na sede da emissora de Silvio Santos, o evento tem os outros dois elementos essenciais ao projeto, a CBF, representada pelo diretor de competições Manoel Flores, e a Liga do Nordeste, através do presidente Alexi Portela.

Faltando tão pouco tempo para o sorteio, o evento no centro econômico do país escancara, de certa forma, a necessidade de um “complemento” no faturamento – devido à saída do EI, que, mesmo sem exibir os jogos, irá arcar com as cotas, pois detém o contrato de todas as plataformas até 2022. Para 2020, os sinais aberto e fechado poderão ser negociados, mas, antes, é preciso aprumar a situação de 2019. De cara, esqueça aquele modelo com quase todos os jogos da Lampions na tevê (aberta, fechada ou streaming). Em 2017, no recorde neste contexto, 63 partidas foram transmitidas, ou 85% de toda a edição vencida pelo Bahia. O cenário televisivo já foi reduzido no torneio seguinte, com a saída da Rede Globo.

Embora a movimentação financeira do Nordestão de 2018 tenha sido a maior até hoje, com R$ 34 milhões, há a ressalva de que 86% do montante correspondeu à soma das cotas aos clubes (22,4 mi) e do gasto com marketing (7,6 mi) – já a bilheteria (4,5 mi) foi a menor em seis anos. Se o evento em São Paulo for um ato de ‘nacionalização’ do torneio, em busca de parcerias de maior alcance, ok. Na última copa, foram dez patrocinadores: Schin, Caixa, Pitú, Amanco, Germed, Vedacit, Maratá, Yes, GBarbosa e TCL. Entretanto, pelo desenrolar dos fatos, está mais para corrida contra o tempo. Não vejo problema em um evento do tipo na capital paulista, mas o cartaz de “lançamento” muda a ótica da análise, gerando questionamentos…

Obs. Se a diretriz do evento fosse o anúncio da exibição nacional no SBT, entrando o mercado paulista, aí não haveria discussão, pois o ganho seria relevante. Porém, não há notícia sobre isso.

As cotas da Copa do Nordeste de 2019 (asseguradas à parte de novos patrocínios)*
* Divisão dos potes através do Ranking Nacional de Clubes

Subgrupo 1 – R$ 1,90 milhão
1º do Nordeste, Vitória (18º no Brasil), 2º Bahia (21º), 3º Santa Cruz (25º) e 4º Ceará (27º)

Subgrupo 2 – R$ 1,42 milhão
5º ABC (31º), 6º Náutico (32º), 7º CRB (36º) e 8º Sampaio Corrêa (39º)

Subgrupo 3 – R$ 1,22 milhão
9º Fortaleza (42º), 10º Botafogo-PB (45º), 11º Salgueiro (51º) e 12º Confiança (54º)

Subgrupo 4 – R$ 510 mil
13º CSA (59º), 14º Moto Club (66º), 15º Altos (98º) e 16º Sergipe (99º)

As cotas no Mata-mata
Quartas de final – R$ 300 mil
Semifinal – R$ 375 mil
Vice – R$ 500 mil
Campeão – R$ 1 milhão


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