Foram quase dois anos de reforma, num trabalho à medida em que o Náutico ia conseguindo receita, com recursos próprios, doações, campanhas (R$ 500 mil) e parcerias (Iquine/Pamesa).
Segundo o projeto de modernização, a estimativa para reabrir os Aflitos estava na casa de R$ 5 milhões, tendo outras etapas na sequência – como a alameda na entrada da arquibancada.
Nesse meio tempo, o time alvirrubro até voltou a ser campeão pernambucano, em 2018, com a festa numa arena tomada por 42 mil pessoas. No entanto, a volta para a casa parecia ser um objetivo maior, com a volta da identidade de uma agremiação presente no bairro há um século. Num visual aéreo, confira o passo a passo para a requalificação do estádio, visando o 1.769º jogo do Náutico em sua casa, diante do Newell’s Old Boys, e para tantas outras partidas que virão na sequência…
Veja também um vídeo divulgado por Léo Lemos, assessor do clube, clicando aqui.
O abandono (01/2017)
Embora tenha sido utilizado pelo América, em 2015, além de ter recebido jogos da base, o estádio acabou perdendo o prazo de validade dos 4 laudos técnicos necessários. Por isso, passou a ser “inativo” segundo a FPF. Em maio de 2016, a direção imaginava uma reforma de R$ 2 milhões.
Um novo processo de terraplenagem (08/2017)
As primeira obras começaram em fevereiro, com a retirada das cadeiras e alambrados, enferrujados. Outra mudança visível, sem dúvida, foi no campo, com a retirada do “gramado” anterior. O local passou por uma reforma completa. Ali, a abertura era imaginada para 04/2018.
Construção do sistema de drenagem (09/2017)
No mês seguinte à retirada do campo, a nova drenagem foi estabelecida, com “cortes” simétricos para o escoamento da água. Sobre a irrigação, todos os tubos foram trocados, num investimento de R$ 50 mil. O mau tempo adiou a reabertura (no fim, o prazo aumentaria em 8 meses).
Colocação do novo gramado (02/2018)
Em junho de 2017, a comissão paritária, responsável pela reforma, confirmou a compra de 9.000 m² de grama – a área de jogo, com dimensões 105m x 68m, tem 7.140 m². O plantio ocorreu 6 meses depois. A grama, do tipo “Bermuda Celebration”, a mesma da Arena PE, custou R$ 69,3 mil.
Ampliação das cadeiras, com novas cadeiras (07/2018)
O campo já estava inteiramente plantado, numa ação monetizada com 300 torcedores. Após retirar as 1.900 cadeiras metálicas (com algumas virando souvenir), o Náutico comprou 3.700 novos modelos. Para isso, ampliou o espaço, incorporando as sociais. Na ocasião, a obra chegou a 80%.
Iluminação reforçada e testada (11/2018)
O sistema de refletores era uma defasagem grande já na versão anterior do estádio. Tanto que o clube providenciou um aumento de 66% nos focos de luz. Anteriormente, cada uma das oito torres tinha 9 refletores. Agora, são 15 em cada poste. Portanto, a quantidade subiu de 72 para 120.
A nova casa (12/2018)
A reta final, com melhorias nos acessos, alambrado de vidro, troca de parte da cobertura e nova pintura. A reforma reduziu a capacidade de 22.856 para 19.600. Após a vistoria, com a obtenção dos novos laudos, o corpo de bombeiros autorizou uma capacidade máxima de 18.968 pessoas.