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Ambos os títulos nacionais foram conquistados na Ilha do Retiro, palco do “tira-teima”.

O Sport lançou um desafio virtual entre os times que ganharam os principais troféus do clube, o Campeonato Brasileiro de 1987 e a Copa do Brasil de 2008. Para isso, o clube abriu a venda de ingressos, com valores de R$ 10 a a R$ 150. O clube mira a “quebra” de recorde da Ilha, de 56.875 pessoas, estabelecido em 1998. A receita será revertida para o combate ao Coronavírus, através da ONG Novo Jeito, e aos funcionários do clube. A venda de ingressos vai até o dia 10 de maio.

A partir desta ideia, sobre o hipotético jogo, resolvi fazer uma escalação entre as equipes, que jogaram em formações diferentes e tiveram destaques em posições distintas. Para efetivar a comparação, utilizei como critério os titulares nas decisões das duas campanhas.

Sport no Brasileiro de 1987
Jogo final: 07/02/1988 (1 x 0 no Guarani)
Formação: 4-3-3 (1 volante e 2 meias)

Flávio; Betão, Estevam, Marco Antônio e Zé Carlos Macaé; Rogério, Ribamar e Zico; Robertinho, Nando e Neco. Técnico: Jair Picerni

Sport na Copa do Brasil de 2008
Jogo final: 11/06/2008 (2 x 0 no Corinthians)
Formação: 4-4-2 (2 volantes e 2 meias)

Magrão; Diogo, Igor, Durval e Dutra; Daniel Paulista, Sandro Goiano, Luciano Henrique e Kássio; Carlinhos Bala e Leandro Machado. Técnico: Nelsinho Baptista

A seguir, a análise posição por posição sobre os times. Na sua visão, qual seria o placar?

Goleiro – Uma escolha fácil. Afinal, Magrão é o recordista do Sport, tanto em nº de jogos (732) quanto em nº de títulos (10). Na Copa do Brasil o goleiro teve papel decisivo, até mesmo fazendo um gol de pênalti no desempate em São Januário. Placar: 2008 1 x 0 1987.

Lateral-direito – Betão já foi eleito para a seleção histórica do Sport. O lateral “Robert Taylor” era conhecido pela precisão nos cruzamentos – foi dele o escanteio para o gol do título brasileiro – e também pelas finalizações, com 4 gols. Pelo leão, Betão também chegou à Seleção. Bem à frente de Diogo, acionado de última hora após a saída de Luisinho Netto. Placar: empate em 1 x 1.

Zagueiros – Um beque de cada time. Marco Antônio ganha a disputa com o capitão Estevam em 87, pela maior regularidade na campanha e pelo gol de cabeça diante do Bugre. Já Durval, lembrado pela cobrança de falta contra o Internacional, entra como a referência defensiva do rubro-negro em 2008, tendo uma história mais presente na Ilha. Placar: empate em 2 x 2.

Lateral-esquerdo – Disputa equilibrada. Vindo do Central, Macaé encaixou imediatamente no Sport, sendo peça importante na semifinal do Módulo Amarelo contra o Bangu. Já Dutra, em sua segunda passagem no leão, foi um motor no lado esquerdo, apesar dos 35 anos durante a copa. No detalhe, escolho Dutra. Placar: 2008 3 x 2 1987.

Primeiro volante – Nesta posição, com foco na marcação, a disputa fica entre Rogério e Daniel Paulista. Embora o primeiro tenha disputado 2 finais nacionais (também foi vice da Copa do Brasil, em 1989), Daniel foi um acerto grande na equipe de 2008. Veio do Náutico e se firmou rapidamente, tendo ainda um papel ofensivo, mais moderno. Placar: 2008 4 x 2 1987.

Segundo volante/meia – Como as formações foram distintas (4-3-3 x 4-4-2), é preciso fazer uma adaptação para esta análise. Nesta posição, Sandro Goiano (segundo volante) disputaria com Ribamar (meia mais recuado). O rodado cabeça de área não foi o cão de guarda visto no Grêmio, segurando os nervos. Assim, Sandro jogou muita bola. Porém, Ribamar foi o nome que conduziu o Sport em 87, ditando o ritmo e abrindo as jogadas pelas pontas, a característica daquela equipe. Escolho Ribamar. Placar: 2008 4 x 3 1987.

Meia – Fecharia o time com um meio-campista mais à frente. Apesar de Romerito ter sido o destaque na campanha de 2008, ele não pôde jogar as finais – o contrato acabou e o Goiás não renovou. Na decisão, o Sport foi com o prata-da-casa Kássio, que foi muito mal, saindo antes do intervalo. Enquanto isso, Zico (que obviamente não é aquele) foi um dos principais nomes em 87, marcando 4 gols na campanha. Bem melhor. Ponto para 87. Placar: empate em 4 x 4.

Atacantes – A formação teria 3 atacantes, com Luciano Henrique, meia em 2008, sendo adaptado à frente. E o jogador, o mais habilidoso desta formação, teria um lugar no time – que acabaria sem centroavante. Ao lado dele, o profeta Carlinhos Bala, um “faz tudo” na equipe. Cobrou faltas, deu assistências, marcou gol na final e até falou com Deus. O trio será fechado com Robertinho, ponta-direita de 87, com inúmeras jogadas de linha de fundo resultando em gol – e também fez 3. Ou seja, 2 pontos para 2008 e 1 para 87. Placar final entre os titulares: 2008 6 x 5 1987.

Reservas acionados – Nas decisões, o Sport fez 1 mudança em 87 e 3 em 2008. Na primeira estrela entrou o atacante Augusto, praticamente o 12º jogador do time. Acionado durante toda a campanha, ele marcou 4 gols e foi um dos vice-artilheiros do time. Já na segunda estrela entraram Everton (volante), Enílton (atacante) e Roger (atacante). Enílton mudou o jogo (e a história), mas teve uma passagem bem irregular. Augusto foi mais jogador no Sport.

Técnico – No Brasileirão de 87 o Sport teve dois treinadores, com Emerson Leão à frente do time em 18 jogos, até o fim do Módulo Amarelo, e Jair Picerni comandando 2 partidas, já no quadrangular final. Até por ter sido o único técnico, Nelsinho leva vantagem neste quesito, pela montagem da equipe e pelas escolhas em momentos decisivos, como a escalação no lado direito na decisão e as substituições ainda no 1º tempo.

O time escolhido pelo blog
Magrão; Betão, Marco Antônio, Durval e Dutra; Daniel Paulista, Ribamar e Zico; Robertinho, Carlinhos Bala e Luciano Henrique. Técnico: Nelsinho Baptista.


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