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O novo treinador foi confirmado logo após a vitória no Clássico dos Clássicos, no Estadual.

O Sport passou nove dias sem um treinador efetivo, com o auxiliar da casa, César Lucena, comandando o time nos jogos contra Bahia, Salgueiro e Náutico, com 2V nos clássicos e 1E. Nada que mudasse a visão sobre a necessidade de um técnico mais experiente, mais capacitado. Da saída de Florentín até o anúncio de Gilmar Dal Pozzo, a direção rubro-negra foi perguntando o preço de todas as prateleiras do seu mercado atual. Começou com Lisca e Enderson Moreira, com acessos recentes na Série B e passagens também recentes na Série A.

Após a negativa de Lisca, que era o verdadeiro desejo, as tratativas passaram a um novo estágio, surgindo nomes como Claudinei Oliveira, de passagem no próprio clube em 2018 e com um acesso na temporada passada, Dado Cavalcanti e Allan Aal. Nada também, o que já gerou um temor sobre a escolha do departamento de futebol comandado por Augusto Carreras, sob supervisão do presidente Yuri Romão. Antes de a bola rolar nos Aflitos, o repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, informou o cenário adiantado com Gilmar Dal Pozzo, com uma rejeição imediata nas redes sociais (sem surpresa, diga-se). O ex-goleiro já conseguiu um acesso à 1ª divisão, com a Chape, mas foi em 2013. Desde então, trabalhos bem abaixo disso. Tanto que no Náutico, onde ficou um ano, o ponto alto foi o título da 3ª divisão.

Visando a organização de um elenco limitado, que realmente carece de peças, mas que mesmo assim vislumbra a disputa pelo G4 na Série B de 2022, o nome de Dal Pozzo me parece um contrassenso, ainda mais considerando a aprovação interna no rubro-negro. O técnico de 52 anos estava no Joinville, que por pouco não foi rebaixado no Campeonato Catarinense, terminando com 2V, 5E e 4D, na 9ª posição entre 12 participantes. O clube não fez nem cerimônia para a permanência. O trabalho de Dal Pozzo é baseado num 4-3-3 propositivo, algo que não encaixa muito com o elenco atual do Sport, sem pontas eficientes. Ele pode mudar o seu estilo? É claro que pode. No Náutico, quando saiu em agosto de 2020, não conseguiu. O trabalho foi encerrado sem que as suas convicções fossem mudadas – falo mais abaixo.

A realidade financeira do Sport é complicada, mas ainda assim o clube estimou uma folha de R$ 2 milhões para o futebol já em janeiro, com possibilidade de aumento para R$ 2,5 milhões no início do Brasileiro. Neste caso, então, a prateleira do clube parece maior que a do técnico – para Gilmar, o salto neste momento é gigantesco, pois o JEC está sem divisão no BR. Ainda vale ressalvar um ponto desta escolha. A análise dos nomes mostra que o padrão de jogo seria realmente definido pelo treinador, em vez de uma pré-definição por parte da direção. Ou seja, Gilmar tem as suas convicções no plano tático. Já a diretoria do Sport não tem tanto assim…

Torcedor, o que você achou da contratação de Dal Pozzo?

Análise sobre a saída de Dal Pozzo do Náutico

“Gilmar apostou no 4-3-3 desde o início. Na Série C, mesmo com algumas mudanças ao longo da campanha, conseguiu fazer o time ser competitivo, tendo Josa e Jiménez na cabeça de área e Jhonnatan aparecendo bem. O primeiro, outrora capitão, caiu bastante, enquanto o volante paraguaio acabou não renovando – cabia no elenco. Em 2020, a composição do setor foi um problema, ampliado pela insistência em Luanderson, fraquíssimo. Já a criação seguiu com Jean Carlos em destaque, até maior nesta temporada. Porém, o meia testou positivo para Covid-19 e virou um desfalque nesta retomada do futebol – quando voltou, não pôde jogar os 90 minutos. Além disso, o (ex) comandante demorou a encaixar Jorge Henrique na posição. Para completar, o ataque identificado, com Thiago, Kieza e Erick, nunca funcionou sob seu comando.”

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