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As melhores campanhas da região considerando todo o período do Campeonato Brasileiro.

De 1959 a 2019 foram realizadas 63 edições do Campeonato Brasileiro, considerando a unificação oficializada pela CBF em 2010. Assim, temos a Série A (1971-2019), a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), todos em formatos distintos. Em termos de competitividade, a participação nordestina variou bastante, com números consistentes logo na primeira década.

Ao todo, 15 clubes da região já terminaram ao menos uma vez entre os 10 primeiros colocados – o estado do Rio Grande Norte é o único que ainda emplacou uma classificação do tipo. Foram 69 campanhas neste contexto, sendo que em 19 delas os times chegaram à semifinal. No auge, três títulos nacionais e seis vices. Em 2019 tivemos uma atualização, com o 9º lugar do Fortaleza, o seu primeiro “top ten” em 51 anos.

A seguir, uma compilação do blog com todos os 42 clubes do Nordeste que já disputaram pelo menos uma edição do Brasileirão. No entanto, o quadro histórico (no fim do post) foi ampliado para todos os recortes possíveis, tanto em colocações finais quanto em pontos acumulados. Neste caso, para uniformizar o ranking proposto, a vitória vale três pontos em todos os jogos – no futebol do país, oficialmente, esta contagem começou em 1995.

Em relação à lista publicada anteriormente, algumas mudanças importantes, com o CSA tomando o 8º lugar do América de Natal, tanto na lista unificada quanto no recorte de “Série A”. Neste segundo, alás, o Bahia tomou a dianteira, passando Vitória e Sport de uma vez.

Nordestinos na elite em 2020: Bahia, Ceará, Fortaleza e Sport.

Brasileiro unificado
A unificação ocorreu em 22 de dezembro de 2010, após a aprovação por parte da CBF de um estudo produzido pelo jornalista Odir Cunha. Assim, o Bahia tornou-se, de fato e de direito, bicampeão brasileiro – além do status de primeiro campeão nacional no país, em 1959. O tricolor soteropolitano ainda foi vice outras duas vezes, diante do Santos, obtendo os melhores resultados da região. Porém, somando todas as colocações no “top ten”, segue com uma campanha a menos que o Sport, que emplacou a 14ª em 2015, ao terminar a Série A em 6º lugar. Dominando o cenário pernambucano na década de 1960, o Náutico somou mais seis campanhas (incluindo cinco no G4!), ocupando o 4º lugar geral. Justamente por ter disputado apenas uma vez a Taça Brasil, o Santa figura em 7º, mesmo tendo resultados melhores que os cearenses na Série A.

As 69 campanhas entre os 10 primeiros colocados (era unificada):
1º) Sport (14x) – 1º (87), 4º (62), 5º (59/63/85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96)
2º) Bahia (13x) – 1º (59/88), 2º (61/63), 4º (90), 5º (60/68/86), 7º (78/94), 8º (76/01) e 10º (62)
3º) Vitória (11x) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 7º (66), 8º (65/74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08)
4º) Náutico (7x) – 2º (67), 3º (65/66), 4º (61/68), 6º (84) e 7º (64)
5º) Fortaleza (5x) – 2º (60/68), 6º (61/65) e 9º (19)
5º) Ceará (5x) – 3º (64), 7º (59/62/85) e 8º (63)
7º) Santa Cruz (4x) – 4º (60/75), 5º (78) e 10º (77)
8º) Campinense (2x) – 5º (62) e 10º (61)
8º) Moto Club (2x) – 8º (68) e 9º (60)
10º) Fluminense de Feira (1x) – 6º (64)
10º) América-CE (1x) – 7º (67)
10º) Treze (1x) – 8º (67)
10º) Confiança (1x) – 9º (64)
10º) Capelense (1x) – 10º (60)
10º) Piauí (1x) – 10º (68)

Série A
O Campeonato Brasileiro, com esta alcunha, foi iniciado em 1971, com 20 clubes, sendo quatro da região: Bahia, Ceará, Santa e Sport. A partir dali, foram 32 regulamentos diferentes até 2002. No ano seguinte seria implantado o sistema de pontos corridos. Em termos de resultados, há de se destacar o fim dos anos 80, quando Recife e Salvador levaram a “taça das bolinhas”, o troféu mais conhecido, com o Sport em 1987 e o Bahia em 1988. Vitória, vice em 1993, e Santa, semifinalista em 1975, também conseguiram grandes resultados. Desde 1988 há acesso e descenso, período no qual apenas nove times conseguiram disputar a elite (Vitória 24x, Sport 22x, Bahia 21x, Náutico 11x, Santa 6x, Ceará 5x, Fortaleza 5x, América-RN 3x e CSA 1x).

As 33 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Série A):
1º) Sport (11x) – 1º (87), 5º (85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96)
2º) Vitória (9x) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 8º (74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08)
3º) Bahia (7x) – 1º (88), 4º (90), 5º (86), 7º (78/94) e 8º (76/01)
4º) Santa Cruz (3x) – 4º (75), 5º (78) e 10º (77)
5º) Náutico (1x) – 6º (84)
5º) Ceará (1x) – 7º (85)
5º) Fortaleza (1x) – 9º (19)

Taça Brasil
A Taça Brasil foi a competição criada em 1959 pela Confederação Brasileira de Desportos, a precursora da CBF, para designar o campeão nacional e o representante do país na recém-criada Taça Libertadores da América. O mata-mata, bem semelhante à Copa do Brasil, contava com os campeões estaduais. A particularidade era a pré-classificação de campeonatos estaduais bem conceituados/ranqueados. O campeão pernambucano, por exemplo, estreou na semifinal algumas vezes, a primeira delas em 1960, com o Santa. Por sinal, mesmo tendo apenas um ponto no ranking geral, o tricolor tem uma 4ª colocação no torneio. O melhor desempenho, em pontos e campanhas, foi do Bahia, o primeiro campeão. Fortaleza (2x) e Náutico (1x) também chegaram à final, com o vice. A Taça Brasil foi extinta em 1968, quando já era realizada paralelamente ao Robertão.

As 36 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Taça Brasil):
1º) Bahia (6x) – 1º (59), 2º (61/63), 5º (60/68) e 10º (62)
1º) Náutico (6x) – 2º (67), 3º (65/66), 4º (61/68) e 7º (64)
3º) Fortaleza (4x) – 2º (60/68) e 6º (61/65)
3º) Ceará (4x) – 3º (64), 7º (59/62) e 8º (63)
5º) Sport (3x) – 4º (62) e 5º (59/63)
6º) Campinense (2x) – 5º (62) e 10º (61)
6º) Vitória (2x) – 7º (66) e 8º (65)
6º) Moto Club (2x) – 8º (68) e 9º (60)
9º) Santa Cruz (1x) – 4º (60)
9º) Fluminense de Feira (1x) – 6º (64)
9º) América-CE (1x) – 7º (67)
9º) Treze (1x) – 8º (67)
9º) Confiança (1x) – 9º (64)
9º) Capelense (1x) – 10º (60)
9º) Piauí (1x) – 10º (68)

Torneio Roberto Gomes Pedrosa
Apelidado de Robertão, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi uma ampliação do Rio-São Paulo. Inicialmente, em 1967, foram convidados clubes do Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Pernambucanos e baianos foram chamados na 2ª edição. O Bahia representou o seu estado três vezes, com o Náutico presente em 1968, no ano do hexa, e o Santa em 1969 e 1970, no início de sua fase áurea. Foi o único Nacional sem campanhas de destaque do Nordeste.

A melhor colocação nordestina (Robertão):
Bahia (2x) – 11º (69/70)

Era dos pontos corridos
A era dos pontos corridos no Brasileiro foi iniciada em 2003. Não se trata de um campeonato à parte, mas de um formato mais duradouro na Série A, justamente com os piores desempenhos da região, com apenas nove representantes no período – todos com rebaixamentos. Em 17 edições, até 2019, a melhor campanha foi do Vitória, 5º lugar. Nenhuma vaga na Libertadores foi alcançada.

As 4 campanhas entre os 10 primeiros colocados (pontos corridos):
1º) Vitória (2x) – 5º (13) e 10º (08)
2º) Sport (1x) – 6º (15)
2º) Fortaleza (1x) – 9º (19)


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