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Marcos Paulo Rebelo/CBF

A International Football Association Board (Ifab), o órgão que regulamenta as regras do futebol desde 1886, sancionou várias alterações na norma oficial. Esses ajustes, divulgados pela Fifa, passam a valer nos próximos dois anos – período de adaptação e/ou revisão dessas normas.

Através de Sérgio Corrêa, o chefe do departamento de arbitragem, a CBF publicou um texto sobre 14 mudanças, incluindo o árbitro de vídeo – por uma questão de custo, não foi implantado na Série A de 2018, pois os R$ 19 milhões sairiam do bolso dos clubes.

Na sua opinião, qual alteração poderia ter sido discutida pela Ifab? A seguir, a íntegra da confederação, em negrito, e as minhas observações, logo abaixo.

1) Substituições ilimitadas na categoria de base
—> Considero correta a medida para o Sub 15, Sub 17 e Sub 20. Porém, as múltiplas substituições precisam de uma norma para não atrapalhar o ritmo do jogo – inclusiva já foi testada, com cada time podendo paralisar a partida, para trocas, no máximo três vezes.

2) Jogador substituído pode ficar no banco de reservas
—> Já não era assim…? A restrição funciona, na prática, para os jogadores expulsos.

3) Quarta substituição durante a disputa de prorrogação
—> Boa alteração visando as disputas com as equipes principais, com a possibilidade de novo gás no time por mais 30 minutos.

4) Permitido o uso de equipamento eletrônico na área técnica para auxiliar o treinador nas questões táticas da partida e aumentar a segurança dos jogadores, ou seja, verificar se as condições físicas estão adequadas a partir de medidores usados pelos atletas
—> Tablets e laptops liberados. Entretanto, segue o veto à comunicação via aparelhos – a liberação facilitaria a comunicação de um treinador suspenso, por exemplo.

5) Se um jogador sair para ajeitar equipamento (chuteira, camisa, calção, meião ou acessório permitido) e voltar sem autorização, interferindo na partida, será punido com falta (tiro direto) ou até pênalti (se for dentro da área)
—> Na prática, a advertência já funcionava. Sobre a possibilidade da marcação de um pênalti, a conferir…

6) Árbitro de Vídeo (VAR), agora, é oficial. Previsão de uso da tecnologia está incorporada às regras do futebol
—> Avanço necessário. Contudo, o uso segue bem restrito – custa cerca de R$ 52 mil a cada jogo. No país, apenas a Copa do Brasil adotou, e somente a partir das quartas de final.

7) Algumas situações de cartão vermelho podem ser revistas mesmo após reinício do jogo
—> Desde que não seja com o uso de vídeo em partidas sem a implantação do recurso…

8) Árbitros não podem carregar câmeras em campo
—> Nas últimas décadas foram feitos alguns testes do tipo, inclusive captando as conversas dentro do campo. Não vejo motivo para a proibição, pois o registro daria mais clareza ao trabalho do árbitros.

9) Jogador que entrar na área do uso do Árbitro de Vídeo, na beira do campo, será advertido
—> A tal área fica na beira do campo, próxima à linha central. A medida tenta evitar mais pressão sobre a decisão.

10) Jogador que entrar na cabine em que o árbitro analisa as imagens será expulso
—> Um jogador dentro da área de análise de imagens para a decisão do VAR?! Realmente… merece a expulsão!

11) Parada para hidratação não pode exceder 1 minuto
—> Praticamente todas as paradas na Série A, nos jogos das 11h, excedem 1 minuto.

12) Tempo gasto para hidratação e aplicação do Árbitro de Vídeo (VAR) deve ser acrescido
—> Claro. Porém, a paralisação no acréscimo também deveria gerar mais acréscimo – ao pé da letra, isso não ocorre

13) Alteração na regra do impedimento: análise da condição do jogador deve ser feita no momento em que acontece o primeiro toque antes do passe definitivo. Não é o fim do movimento, mas o instante em que a bola é tocada pelo jogador
—> Se o texto da regra anterior já era polêmico, esse vai incendiar. Apesar disso, creio, o grande diferencial segue sendo o recurso tecnológico. Sem ele, a objetividade (sobre um atleta adiantado ou não) tende a atrapalhar mais do que a interpretação do lance.

14) Mordida foi, oficialmente, incluída como falta direta
—> Chega com uma Copa do Mundo de atraso.


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