A reunião envolvendo dirigentes da Fifa, Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte…
A cidade de Aberdeen, na Escócia, recebeu o 133º congresso da International Football Association Board, a Ifab, o órgão que regula as regras do futebol desde em 1886 – sendo anterior à própria Fifa, criada em 1904. E o comitê aprovou algumas mudanças interessantes.
As novas regras entram em vigor a partir de 1º de junho de 2019. A entidade ainda irá detalhar cada mudança, mas abaixo apresento um resumo do texto em inglês publicado pelo departamento de comunicação da Ifab.
1) A Ifab decidiu vetar a validação de qualquer gol no qual a bola tenha batido no braço do atacante, mesmo de forma acidental – aqui está, claro, a verdadeira mudança. E vale tanto na finalização (com um leve desvio na mão ou no braço, por exemplo) quanto no domínio da bola, mesmo sem intenção. Ou seja, acabou a subjetividade em lances ofensivos – o que, neste caso, pode ser bom. Segue a subjetividade em lances da defesa.
2) No tiro de meta, a bola não precisa mais sair da grande área para entrar em jogo. Ou seja, o goleiro pode, por exemplo, tocar para o zagueiro ainda dentro da área.
3) Cartões amarelos e vermelhos poderão ser aplicados em integrantes da comissão técnica. Até então, o árbitro podia advertir verbalmente e expulsar qualquer um no banco. Agora, a decisão fica mais clara em relação aos técnicos e auxiliares.
4) O jogador substituído terá que sair de campo na linha mais próxima, evitando, assim, aquela “cera” de jogadores que caminham 30/40 metros no campo de jogo para sair, por exemplo, na linha próxima ao banco de reservas. Boa mudança.
5) Em cobranças de pênalti, o goleiro precisa ter ao menos um pé em cima da linha no momento da cobrança. Mais uma tentativa para evitar adiantamentos…
Sistema de votação da Ifab
São 8 votos, com 4 em poder da Fifa e 1 para cada associação britânica envolvida na criação da Ifab (Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte), uma vez que a reunião desses países unificou as regras no século XIX. Em relação às regras do futebol, qualquer proposta anual de mudança precisa de 6 votos. Logo, precisa da Fifa e de mais duas associações britânicas.
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