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Bahia 2 x 0 Atlético-GO na Série A

O time do Bahia chegando ao estádio nos braços do povo. Foto: Rafael Rodrigues/Bahia.

Foi suado, arrastado, mas o Bahia conseguiu o seu grande objetivo na temporada. Após 36 anos, o clube de Salvador está de volta à Copa Libertadores da América. O triunfo sobre o Atlético Goianiense na última rodada do Brasileirão 2024, diante de 48 mil torcedores na Fonte Nova, garantiu o time em 8º lugar, no limite da zona de classificação – estendida de última hora após a conquista do Botafogo em Buenos Aires. Além disso, o tricolor repetiu a colocação de 2001, que era a sua última no “G10” da primeira divisão. Era um hiato grande demais na história de um clube que inclusive já venceu a competição duas vezes.

Vivendo o segundo ano como SAF, o Bahia conseguiu agora o resultado mais expressivo da parceria com o Grupo City neste curto período. E o investimento para isso foi grande. Nesta temporada, o clube pagou R$ 67 milhões em Lucho Rodríguez, R$ 27 milhões em Jean Lucas e R$ 24 milhões em Caio Alexandre, fora a contratação do experiente Everton Ribeiro, com o salário mais alto da região – estima-se R$ 1 milhão. Talvez por isso, a sensação de parte da torcida na reta final da campanha estivesse aquém do tanto que o clube estava alcançando.

Viagem internacional já em fevereiro

Afinal, o time era realmente qualificado e havia feito um ótimo primeiro turno, com 31 pontos. No segundo turno, com a queda de produção coletiva, tanto na parte técnica quanto tática, com o técnico Rogério Ceni tendo dificuldades para encontrar soluções, o Bahia fez 22 pontos. Os últimos três vieram numa partida na qual o Bahia não podia falhar. Pelo que estava em jogo e por respeito a uma torcida que teve média de 36 mil pessoas nos 19 jogos em casa, fora o aval para a transformação do clube em sociedade anônima com controle externo. Com gols de Lucho e Thaciano, o Tricolor de Aço venceu por 2 x 0 e festejou.

Abaixo, veja o gol de Thaciano, que abriu o placar aos 41 minutos do primeiro tempo.

Agora, algumas gerações de torcedores vão ver o time na Liberta pela primeira vez. Crianças, jovens e adultos, todos com o sonho justo da Glória Eterna. A estreia será logo no início de 2025. O Baêa começará na “Pré-Libertadores”. Será preciso avançar em dois mata-matas da preliminar para chegar à fase de grupos. No primeiro, com direito a uma cota de pelo menos US$ 500 mil, o time jogará nos dias 19 e 26 de fevereiro. No segundo, jogos previstos para 5 a 12 de março. Avançando, o clube terá mais seis partidas garantidas, de 2 abril a 28 de maio.

Dois nordestinos na Libertadores

Com a classificação sacramentada, o Bahia chega a quatro presenças na Libertadores. As outras foram em 1960, como campeão da primeira Taça Brasil, em 1964, como vice da Taça Brasil, e 1989, como campeão do Brasileirão. Assim, o time lidera a lista nordestina de participações no principal torneio da Conmebol. Descolou do Fortaleza, que havia garantido a sua terceira vaga recentemente – o Laion se classificou na 33ª rodada, em 9 de novembro.

Portanto, os dois tricolores vão juntos à Libertadores, com os cearenses já na fase de grupos. É a primeira vez que o Nordeste emplaca dois times de uma vez na Liberta. De forma geral, a região soma 10 participações em 66 edições. Contabilizando outras copas internacionais oficiais, o Bahia volta a jogar após 4 anos, indo para a 12ª presença, também na dianteira. Tem quatro a mais que o Vitória, que chegou a 8, já que pegou a vaga na Sul-Americana.

Iniciando a mudança de patamar esportivo, o Bahia deve o subir o sarrafo para começar a buscar de fato o maior desejo desde a implantação da sua SAF bilionária: a terceira estrela. Seja ela de âmbito nacional ou internacional. E o time estará em todas as frentes já em 2025.

Campanhas nordestinas na Libertadores

1960 – Bahia: quartas, 1V, 0E e 1D (1º na Taça Brasil)
1964 – Bahia: preliminar, 0V, 1E e 1D (2º na Taça Brasil)
1968 – Náutico: grupo, 2V, 2E e 2D (2º na Taça Brasil)
1988 – Sport: grupo, 2V, 1E e 3D (1º na Série A)
1989 – Bahia: quartas, 5V, 4E e 1D (1º na Série A)
2009 – Sport: oitavas, 5V, 1E e 2D (1º na Copa do Brasil)
2022 – Fortaleza: oitavas, 3V, 2E e 3D (4º na Série A)
2023 – Fortaleza: preliminar, 1V, 1E e 2D (8º na Série A)
2025 – Fortaleza: a disputar (4º na Série A)
2025 – Bahia: a disputar (8º na Série A)

Ranking de participações na Libertadores

1º) 4 vezes – Bahia (1960, 1964, 1989 e 2025)
2º) 3 vezes – Fortaleza (2022, 2023 e 2025)
3º) 2 vezes – Sport (1988 e 2009)
4º) 1 vez – Náutico (1968)

Ranking de participações internacionais

1º) 12 vezes – Bahia
2º) 8 vezes – Vitória
3º) 7 vezes – Sport
4º) 6 vezes – Fortaleza
5º) 4 vezes – Ceará
6º) 2 vezes – Náutico
7º) 1 vez – América-RN, CSA, Sampaio Corrêa e Santa Cruz
* Contabilizando todos os torneios da Conmebol de 1960 a 2025

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