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O acordo do Grupo City com o Bahia

Ferran Soriano e Guilherme Bellintani na formalização do acordo. Foto: Felipe Oliveira/Bahia.

O início da gestão da Sociedade Anônima do Futebol do Bahia através do City Football Group começou oficialmente em 4 de maio de 2023. Na prática, já vinha ocorrendo desde a aprovação dos sócios, em dezembro, tanto que o tricolor gastou mais de R$ 90 milhões em reforços para este ano, numa ação de mercado jamais vista. Agora, o clube passa a ser operado dentro da “holding” internacional, que tem outros 12 clubes, com o Manchester City sendo o principal. O atual campeão inglês, que na última temporada teve a maior arrecadação do mundo, com 644 milhões de euros, é o único time à frente do Bahia.

A afirmação foi feita pelo próprio CEO do Grupo City, Ferran Soriano, que esteve em Salvador para anunciar a parceria após mais de um ano de articulação. Mesmo considerando o trabalho em times como New York City, dos Estados Unidos, e Yokohama Marinos, do Japão, não dá para ignorar o peso histórico do Bahia dentro do futebol brasileiro e a sólida capacidade econômica a partir de uma torcida que oscila o entre 2,0% (Quaest) e 3,6% (Atlas) do público que consome futebol no país, considerando as pesquisas de 2023.

“B” de bilhão

Também pesa a favor do Bahia a capacidade de gerar talentos, a meta final do investimento da empresa do sheik Mansour bin Zayed, à parte da imagem. Não por o acaso o tamanho do estado da BA foi destacado na fala do CEO – veja abaixo. O Bahia é, realmente, a segunda força do CFG e Soriano não titubeou. Até mesmo devido à proposta feita à direção do Bahia “associação”, o CNPJ anterior à SAF, que prevê R$ 1 bilhão em até 15 anos. Ao adquirir 90% da SAF do Bahia, o Grupo City se comprometeu a investir R$ 500 milhões na compra de jogadores, R$ 300 milhões para a quitação das dívidas (com cerca de R$ 190 mi já no dia da formalização) e R$ 200 milhões em infraestrutura e categoria de base.

Sem contar o “know-how” formado pela empresa nos últimos anos, que faz dessa SAF do Bahia, na minha visão, a mais promissora entre as já firmadas no Brasil em clubes de massa, com duetos como Cruzeiro/Ronaldo Fenômeno, Botafogo/John Textor e Vasco/777. Afinal, além do “dinheiro”, espera-se a aplicação inteligente deste recurso a longo prazo.

A transformação via Brasileirão

Entre as prioridades citadas pelo clube no anúncio oficial, como melhora na administração e investimento da base, destaco justamente o último ponto: “Colocar a equipe principal de maneira consistente entre os melhores clubes da Série A e se classificar para competições continentais”. Embora seja o clube do Nordeste com os melhores resultados no Brasileirão, incluindo os títulos em 1959 e 1988, o Baêa não alcança o G10 na classificação desde 2001.

Enquanto isso, o Fortaleza, hoje na dianteira esportiva da região, conseguiu em três das últimas quatro edições, com direito a duas classificações à Libertadores. Então, isso é, sim, algo que o Bahia deve buscar e que a cobrança será consideravelmente maior, proporcional à expectativa sobre um acordo bilionário e com real capacidade de desenvolvimento.

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A seguir, algumas falas de Ferran Soriano durante a celebração do acordo Bahia/City.

Início e expectativa
“Hoje celebramos o primeiro dia de um novo e empolgante relacionamento de longo prazo entre o Esporte Clube Bahia Bahia e o City Football Group. Sinto-me honrado de receber um clube com uma história tão bonita e uma torcida tão apaixonada em nossa família global. A herança do Bahia como time de futebol e suas raízes na comunidade baiana são uma base incrível para uma construirmos algo grande juntos.”

A influência do Grupo City a partir a agora
“Começamos a partir de agora uma jornada para ajudar o Bahia a atingir todo o seu potencial, enquanto permanecemos fiéis ao seu povo, à sua origem e à energia que torna esta terra abençoada e faz, do futebol brasileiro, um dos mais empolgantes do mundo. O City Football Group trará toda a sua experiência, conhecimento, tecnologia e paixão para apoiar o Bahia nessa trajetória”

O status do Bahia no CFG
“O Bahia é excepcional pelo seu tamanho, pela sua torcida, e assim será o segundo maior clube do grupo. Seu significado social é gigante. O Bahia faz parte do tecido social da cidade e do estado. Nós queremos aprofundar toda essa relação do clube com a Bahia, um lugar com quase 15 milhões de pessoas. Queremos que todos eles possam apreciar o nosso trabalho.”

Valorização do futebol feminino
“O futebol feminino está crescendo em todos os cantos do mundo. Aqui, não será futebol masculino ou feminino, será o futebol do Bahia. Nossa ideia é tratar os dois com a mesma importância.”

Abaixo, as boas vindas do Manchester City, ainda o maior clube do grupo…


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