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Renê e Thiago, negociados pelo leão e pelo timbu em 02/2017 e 12/2019, respectivamente.

O Flamengo apresentou o seu seu relatório financeiro referente a 2019. Detalhado e auditado pela Ernst & Young, uma das quatro maiores empresas do mundo na área, o demonstrativo confirma a receita bruta de R$ 950 milhões, a maior já alcançada por um clube brasileiro. De fato, em outro patamar, justificado ainda pelos títulos da Série A e da Libertadores. Aqui, porém, trato de outras curiosidades divulgadas no balanço, ambas relacionadas ao futebol pernambucano.

O relatório do clube carioca tem 76 páginas e traz inúmeros dados sobre as finanças na temporada, num nível de detalhamento que espero que os clubes da região sigam o quanto antes – tendo o Bahia, hoje, como exceção. No 29º tópico, por exemplo, cita os valores das aquisições milionárias, com destaque para Gabigol: R$ 76 milhões! Só que esta lista também traz dois jogadores cedidos por Sport e Náutico, ambos com “contrato de confidencialidade” por parte dos pernambucanos no momento da saída…

Eis o trecho do balanço do Fla sobre as vendas envolvendo os times do Recife:

A seguir, observações do blog sobre as duas negociações com o campeão brasileiro.

Renê e a “parceria” do Sport com uma empresa
Em 6 de fevereiro de 2017, o Sport anunciou a venda do lateral Renê junto ao Flamengo – 1987 à parte, administrativamente os clubes se entendem de vez em quando. Na ocasião, a imprensa local noticiou a venda de 50% dos direitos econômicos por parte do leão, que faturou R$ 3,2 mi. No balanço do Fla, porém, o valor da transação é de R$ 5,626 milhões, com o adendo da “MP Eventos” junto ao nome do Sport. Em tese, apenas clubes podem ter direito a percentuais sobre os direitos econômicos, regra da Fifa desde 2015. Mesmo assim, isso não significa que o Sport ganhou esse valor todo, ou que a sua parte de 50% foi menor, de R$ 2,813 mi – afinal, o clube carioca pode não ter comprado o restante dos direitos. Caso o valor total fosse considerado no ranking de vendas do leão, Renê seria a 4ª maior venda – hoje, é a 7ª maior.

As 5 maiores vendas do Sport (valores nominais, em R$)
1º) 10,00 mi (2018) – André (atacante), Grêmio
2º) 7,75 mi (2018) – Diego Souza (meia), São Paulo
3º) 6,00 mi (2018) – Everton Felipe (meia), São Paulo
4º) 5,45 mi (2015) – Joelinton (atacante), Hoffenheim (ALE)
5º) 4,14 mi (2011) – Ciro (atacante), Fluminense

Thiago mantém recorde, mas com marca menor
O Náutico confirmou a saída de Thiago, com destino ao Flamengo, em 12 de dezembro de 2019, tratando a negociação como a “maior da história do clube”. Na ocasião, o número especulado por jornalistas do Rio de Janeiro chegou a R$ 7 milhões. Embora o valor do ponta siga como o maior já apurado pelo timbu, o montante teve uma “redução” de R$ 2,087 mi (ou -29,8%). O atacante, com passagem na Seleção Brasileira Sub 18, rendeu R$ 4,913 milhões ao alvirrubro, superando em R$ 413 mil a venda de Douglas Santos, que também foi convocado – ao menos em termos nominais, sem a correção inflacionária. Apesar do valor menor, há um ponto positivo. O Náutico receberá boa parte do dinheiro só agora em 2020. No caso, R$ 3,51 milhões, valor também informado no balanço do Fla.

As 5 maiores vendas do Náutico (valores nominais, em R$)
1º) 4,91 mi (2019) – Thiago (atacante), Flamengo
2º) 4,50 mi (2013) – Douglas Santos (lateral-esquerdo), Granada (ESP)
3º) 2,80 mi (2017) – Erick (atacante), Braga (POR)
4º) 2,60 mi (2010) – Anderson Lessa (atacante), Cruzeiro
5º) 2,10 mi (2009) – Gilmar (atacante), Guingamp (FRA)

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