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Bruno Rodrigues, presidente do Santa Cruz

O pronunciamento do presidente tricolor foi divulgado nas redes do clube em 28 de fevereiro.

Completando 100 dias no comando do Santa Cruz, Bruno Rodrigues gravou um vídeo de quase três minutos citando as primeiras ações da sua gestão, que ficará no clube de 2024 a 2026. Além do pagamento de salários atrasados, da montagem do elenco do zero e do início de reformas internas no Arruda, o presidente coral tratou como “prioridade” a implantação da Sociedade Anônima do Futebol do clube. A SAF é um tema tratado há algum tempo.

Começou com Joaquim Bezerra, no ano de criação da lei sobre a SAF, em 2021. Porém, o dirigente renunciou, pavimentando a volta de Antônio Luiz Neto. Em 2022, o cacique coral aprovou, numa polêmica assembleia geral, a centralização da decisão sobre a SAF. Só que ele também renunciou, com o tema seguindo com Jairo Rocha, num mandato-tampão. Na transisão, em outubro de 2023, Rocha disse que a negociação estava “90% concluída”.

A falta de números efetivos sobre o negócio

Estamos no fim de fevereiro de 2024 e ainda não se sabe os valores e o nome do interessado no Santa. Ou mesmo se a negociação segue com o mesmo investidor. No Náutico, para mostrar a diferença, a direção confirmou, através do seu demonstrativo contábil, o contato de um grupo interessado em aportar R$ 980 milhões em até dez anos em troca de 90% da futura SAF em Rosa e Silva. O atual presidente alvirrubro, Bruno Becker, mantém a negociação, que deverá chegar na assembleia geral de sócios somente no segundo semestre.

Porém, Becker também já disse estar aberto a outras propostas. Embora denote certa indefinição, há um norte. Já no Santa, as informações para tamanha confiança são mantidas em sigilo. Entretanto, num entendimento lógico, as tratativas com o clube do Arruda devem estar avançadas, com a fala de Bruno Rodrigues indicando conclusão ainda em 2024 – veja abaixo. E sem precisar passar pela assembleia, já que esta norma estatutária foi modificada.

Recuperação judicial caminha paralelamente

Sem vaga na Série D, o Santa Cruz não deverá ter campeonatos profissionais no segundo semestre, tendo que focar em outra frente paralela, a Recuperação Judicial. No caso, a negociação com os credores visa a redução do passivo de R$ 292 milhões, com a elaboração de um plano de pagamentos. Esta movimentação está atrelada à SAF. Foi o mesmo caminho tomado por Náutico (R$ 166 mi) e Sport (R$ 258 mi), com o leão sendo o mais quieto em relação à implantação da SAF. Hoje, é difícil apontar quem será o pioneiro na capital…

A seguir, veja a íntegra da fala do presidente do Santa Cruz sobre o andamento da SAF.

“Quero tranquilizar a nossa imensa torcida que a prioridade nossa é a questão da SAF, que a gente tem sido muito cobrado, corretamente cobrado, e a torcida já tem o discernimento que esse é o caminho ideal. Então, vamos construir o melhor ambiente pra ter uma proposta fatível, uma proposta que seja positiva para o Santa Cruz, e que iremos fazer com toda transparência. As propostas que chegaram e que já estão chegando, e que a gente tem conversado sempre com esse segmento interessado na SAF, a gente vai colocar na mesa e discutir internamente e depois dar publicidade a todos os atos, porque um compromisso da atual gestão é transparência. A palavra é essa. Então vós vamos ainda esse ano dizer ao nosso torcedor o encaminhamento que está sendo feito e, se Deus permitir, fechar essa parceria até o final do ano”.

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Abaixo, veja o pronunciamento completo de Bruno Rodrigues sobre os 100 dias de gestão.


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