Eis a visão interna dos estádios nas versões mais recentes dos projetos de Barça e Real.
O Camp Nou e o Santiago Bernabéu estão no topo dos maiores estádios particulares de futebol, com a recomendação de cinco estrelas por parte da Uefa, mesmo tendo décadas de história. Não por acaso, já receberam decisões da Champions League, sendo duas na casa do Barcelona e quatro na casa do Real Madrid. Os donos são os clubes mais famosos do mundo, sendo o auge na carreira de um jogador, mas nem por isso estão alheios à necessidade de modernização. Que o diga a fortuna empregada na reforma dos seus estádios, apostando na “experiência” do público como uma fonte de receita considerável num futuro breve.
Nos dois locais, os projetos de reforma foram aprovados utilizando boa parte da estrutura original. No Santiago Bernabéu, a inauguração data de 1947, enquanto o Camp Nou abriu em 1957. O primeiro projeto a ser executado foi o do Real, que vem jogando com a capacidade de público limitada há algumas temporadas – pois é, o time continuou lá mesmo com o estádio em obras. O palco deve ser inteiramente finalizado ainda em 2023.
Segundo o jornal Marca, a remodelação, incluindo uma fachada que parece uma nave espacial, estaria orçada entre 800 milhões e 900 milhões de euros. A nova arquibancada inferior da “arena” será retrátil, possibilitando usos diferenciados no campo, como um jogo da NFL ou até eventos simultâneos, como basquete e tênis, por exemplo – veja a projeção no fim do post. Já o Barça fechou todo o estádio após o título obtido na edição 2022/2023 da La Liga e irá jogar nos próximos anos no Estádio Olímpico, que recebeu os Jogos de 1992.
Necessidade de qualificação estrutural
A previsão de gasto do clube catalão é muito maior. Uma reportagem de O Globo cita um investimento 1,45 bilhão de euros! Esse dinheiro virá num financiamento com 20 empresas, com a obra indo além do estádio. Na verdade será um complexo, incluindo hotel, escritórios comerciais e a reforma do ginásio Palau Blaugrana, para outras modalidades e shows. Ainda assim, a conversão para R$ 7,8 bi deixa a cifra estratosférica para uma estrutura no futebol.
A obra específica do estádio deve durar ao menos um ano e meio, isso para a liberação parcial do público. A modernização só deverá ser finalizada em 2026, incluindo o aumento da capacidade do estádio, que já é o maior da Europa, para 105 mil espectadores. Se até Barcelona e Real investem em reformas, imagine o grau de exigência nos outros…
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1º) 99.354 – Camp Nou (Barcelona, Espanha)*
2º) 90.000 – Wembley (Londres, Inglaterra)
3º) 81.359 – Signal Iduna Park (Dortmund, Alemanha)
5º) 81.044 – Santiago Bernabéu (Madrid, Espanha)*
5º) 81.008 – Luzhniki (Moscou, Rússia)
6º) 80.018 – San Siro (Milão, Itália)
7º) 80.000 – Stade de France (Saint-Denis, França)
8º) 76.092 – Ataturk (Istambul, Turquia)
9º) 75.811 – Old Trafford (Manchester, Inglaterra)
10º) 75.000 – Allianz Arena (Munique, Alemanha)
* Antes da conclusão da reforma
A seguir, veja os detalhes e imagens dos projetos dos dois maiores estádios da Espanha. O tradicional “El Clásico” só deverá contar com as novas versões na temporada 2026/2027. Confira também os vídeos com o passo a passo da obra: Camp Nou e Santiago Bernabéu.
Novo Camp Nou
Inauguração: 24 de dezembro de 1957
Recorde: 120.000 (Barcelona 1 x 0 Juventus, em 1986)
Capacidade atual: 99.354 lugares
Projeto de ampliação: até 105.000 lugares
Previsão da obra: de 03/2023 até 06/2026
Na sequência, a imagem aérea à noite (1), a fachada de dia (2), as novas arquibancadas (3), o visual com lotação máxima (4) e o ginásio anexo ao estádio (5).
Novo Santiago Bernabéu
Inauguração: 14 de dezembro de 1947
Recorde: 129.690 (Real Madrid 4 x 2 Milan, em 1956)
Capacidade atual: 81.044 lugares
Projeto de ampliação: até 84 mil lugares
Previsão da obra: de 06/2019 até 06/2023
Na sequência, a imagem aérea à noite (1), a fachada de dia (2), as novas arquibancadas (3), o visual com lotação máxima (4) e a mudança interna para outras modalidades esportivas (5).
