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O time titular da patativa na última apresentação oficial em 2020. Foto: Central/Instagram.

O Central conseguiu uma façanha na Série D. Infelizmente, com requintes já conhecidos pela calejada torcida alvinegra. Em 2020, a competição foi ampliada, com a fase de grupos indo de 6 para 14 jogos. E em 14 rodadas, a patativa só perdeu uma vez, o menor número entre os 64 participantes – junto a Brasiliense e Novorizontino. Ainda assim, não se classificou. E olhe que passavam quatro num grupo com oito equipes.

A primeira explicação está no excesso de empates, nove. Ao todo, o time teve 4V, 9E e 1D. O único revés, na penúltima rodada, aconteceu com o time levando um gol aos 46/2T em Itabaiana. Por isso, na última rodada, diante do lanterna Jaciobá, ficou obrigado a vencer e torcer por tropeços de Potiguar e Coruripe – os três tinham 18 pontos, com nº de vitórias definindo as posições, sendo o Central o de pior situação. No Lacerdão, o sistema de som mandou ver no “Eu acredito!” e o mandante até fez a sua parte, vencendo por 3 x 0, com gols Leandro Costa, Joelson e Janderson Maia, mas não comemorou.

Primeiro porque só um resultado paralelo ajudou – a última vaga do Grupo A4 acabou com o Coruripe, que venceu em Alagoas. Segundo porque a desorganização no clube caruaruense nesta temporada passou do ponto. A situação foi, de fato, agravada pela pandemia, mas os salários atrasados há meses, os compromissos emergenciais não honrados e a falta de comando sobre a permanência do técnico (Silvio Criciúma foi demitido 4 vezes durante a campanha) fizeram o Central colecionar mais uma frustração na 4ª divisão do Campeonato Brasileiro. E lá o Central sabe bem o que é isso. Foi a 10ª eliminação. O clube esteve presente em 10 das 12 edições, um recorde – mais um que o clube gostaria de evitar.

Calendário por um triz
Para completar, a agenda do Central em 2021, à parte do Campeonato Pernambucano, tende a ser mínima. Pela classificação no Estadual de 2020, o clube teria direito à 3ª vaga local na próxima Série D – as outras são de Salgueiro e Retrô. Porém, o mau desempenho dos clubes pernambucanos nas competições nacionais nos últimos anos minou a classificação da FPF no ranking de federações, cuja atualização anual determina a divisão das vagas na Série D, na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste. No caso do BR, o estado passará a ter apenas duas vagas em 2021. Logo, a “classificação” do Central não adianta. A não ser que o Salgueiro, o único representante no mata-mata de 2020 (pega o Vitória da Conquista), alcance o acesso, como fez em 2013. Assim, passaria a vaga. Ou seja, como se a vida já não estivesse difícil, o Central espera que o rival interiorano, o atual campeão pernambucano, siga tendo sucesso para que o próprio Central tenha um calendário mínimo…

Histórico do Central na Série D do Brasileiro
84 jogos (106 GP e 87 GC, +19)
31 vitórias
26 empates
27 derrotas
47,2% de aproveitamento

10 participações
2009 (12º), 2010 (32º), 2013 (14º), 2014 (16º), 2015 (14º), 2016 (36º), 2017 (48º), 2018 (45º), 2019 (26º) e 2020 (1ª fase)


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