No scout de finalizações, Vila 15 x 8, sendo 3 x 0 em chutes certos. Foto: Rafael Bandeira/Sport.
Num ano em que negligenciou a formação do ataque no primeiro turno, empurrando o time com Jaderson e Bill, em que demorou além da conta na mudança do comando técnico, e também da escolha final, com Claudinei Oliveira, além da crise no gol, terminando com um goleiro sem condições técnicas para o objetivo traçado, o Sport foi até longe. Chegou à última rodada da Série B ainda “vivo” na disputa pelo G4. Não deu.
As aspas são necessárias porque a chance era irrisória, com apenas 0,05% segundo a UFMG. Tinha que vencer o Vila Nova em Goiânia e torcer por uma derrota do Bahia em Maceió. Além da tirar 7 gols de saldo no confronto contra o rival baiano. Realizados de forma simultânea, os dois jogos passaram longe de qualquer conta a favor. O Bahia venceu e o leão ficou num empate sem gols, no qual o nervosismo da equipe e a impaciência desmedida do árbitro Paulo Roberto Alves resultaram em SEIS rubro-negros expulsos, três na linha e três no banco. Imagine se fosse realmente valendo à vera?
2ª vez abaixo de 60 pontos
Ao encerrar a campanha nesta Segundona em 7º lugar, o Sport falha pela 2ª vez em 6 participações na era dos pontos corridos. Ou seja, no Sport, a lógica era subir de divisão. É o que dizia e ainda diz o histórico, agora com 66% de aproveitamento, tendo 4 acessos em 6 campanhas. Por isso, a análise é de um fiasco, como já era vista a campanha de 2010, quando o time acabou em 6º lugar, ficando de fora da briga antes mesmo da última rodada. A pior pontuação segue sendo a de 2010, 56 x 57, mas a pior colocação é a de 2022, 7º x 6º.
Refazendo a caminhada e o caixa
No detalhe com alguns pontos preciosos desperdiçados de forma impressionante (vs Tombense, Vasco, Londrina…), o rubro-negro terá que refazer a longa caminhada em 2023. Será num cenário mais acessível, sem nomes como Cruzeiro, Grêmio, Vasco e Bahia, mas também há a tendência de uma receita bem menor. Nesta temporada, o clube conseguiu deixar os salários em dia a partir dos R$ 27,8 milhões apurados nas vendas de Mikael, Gustavo e Mailson. Até aqui não há um prodígio para repetir esse desempenho. Logo, o nível de acerto na montagem do elenco visando já a 1ª rodada, e não a “19ª”, precisará ser bem melhor. Francamente, comparando com 2022, este ponto não parece ser tão difícil, né?
Sport em 38 rodadas na Série B de 2022
Mandante – 19 jogos; 13V, 5E e 1D (44 pts e 77.1%)
Visitante – 19 jogos; 2V, 7E e 10D (13 pts e 22.9)
O histórico do Sport nos pontos corridos
1º) 2019 – 68 pontos (17V, 17E e 4D; 2º lugar)*
2º) 2006 – 64 pontos (18V, 10E e 10D; 2º lugar)*
3º) 2013 – 63 pontos (20V, 3E e 15D; 3º lugar)*
4º) 2011 – 61 pontos (17V, 10E e 11D; 4º lugar)*
5º) 2022 – 57 pontos (15V, 12E e 11D; 7º lugar)
6º) 2010 – 56 pontos (15V, 11E e 12D; 6º lugar)
* Subiu de divisão
Escalação do Vila Nova
Georgemy; Alex Silva (Railan), E. Doma, Jordan, William Formiga (Jefferson); Souza, Jean (Marlone), Wagner; Diego Tavares (Dentinho), Matheus Souza, Daniel Amorim. Técnico: Anderson Valinas
Escalação do Sport
Sport: Saulo; Eduardo (Ezequiel), Rafael Thyere (Chico), Sabino, Sander; Ronaldo Henrique, Fabinho, Luciano Juba (Wanderson); Labandeira, Vágner Love (Willian Oliveira) e Gustavo Coutinho (Denner). Técnico: Claudinei Oliveira
Obs. Os 6 expulsos no 2º tempo: em campo, Fabinho, Ronaldo e Denner; no banco, Juba, Vagner Love e Gustavo Coutinho. Fabinho foi o único expulso por falta. Os demais por reclamação!
Histórico geral de Vila Nova x Sport (todos os mandos)
14 jogos
6 vitórias rubro-negras (42,8%)
7 empates (50,0%)
1 vitória goiana (7,1%)