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A “tropa alvirrubra” na merecida conquista do 23º título estadual. Foto: Tiago Caldas/Náutico.

Com a melhor campanha e com o melhor futebol, o Náutico é o campeão pernambucano de 2021. De um início de temporada sem calendário nas copas, ao contrário dos rivais, a um conjunto realmente encaixado nas mãos do técnico, ao contrário dos rivais. O desempenho alvirrubro na competição, com 8V, 3E e 1D, é ilustrado pela boa performance nas finais. Apesar dos dois empates em 1 x 1, num roteiro daqueles.

Na ida, Mailson salvou o Sport seguidas vezes. Na volta, embora o jogo tenha sido mais duro, o timbu mandou duas bolas no travessão, viu Maidana salvando em cima da linha outras duas vezes e esteve vantagem no placar dos 32 aos 42 do segundo tempo. O gol de Mikael, no finzinho, acabou provocando aquele frio na barriga com cara de história repetida. Outra vez no “quase”, outra vez nos pênaltis e novamente parando diante do goleiro do rival? Esta sensação foi ao limite na 4ª cobrança, quando Giovanny recuou para Mailson, que ficou no meio do gol e segurou a bola. Uma cobrança sem sentido.

No entanto, com o VAR funcionando pela primeira vez numa decisão com o Clássico dos Clássicos, o lance foi anulado. O goleiro visitante havia tirado os dois pés da linha antes do chute. É a regra. Logo, caberia a Giovanny mudar a postura na cal. Assim, o atacante repetiu os companheiros, buscando o canto direito do goleiro, no alto, com força. Esta ainda bateu no travessão para entrar. Na sequência, o rubro-negro Marquinhos isolou o chute na barra do Country. Portanto, se estamos falando de um título histórico, o limite precisaria fazer parte, para que a memória obtenha as nuances que formam um torcedor de futebol apaixonado. Para tal, o último ato, com a cobrança do principal jogador alvirrubro para fechar a série.

Kieza, que havia aberto o placar ao se aproveitar de um passe errado de Marcão, caminhou para a área com o semblante sereno, consciente do ótimo campeonato feito. Ao todo, marcou 10 gols, ganhando com sobras a chuteira de ouro. Porém, o que o K9 queria mesmo era a taça prateada reluzindo na beira dos Aflitos. Um lance para deixá-lo na história, já marcada pelos Brasileiros de 2011 (B) e 2012 (A). Num chute firme, ele fechou a série em 5 x 3. E derrubou uma sequência de tabus, redefinindo o histórico (e a rivalidade) do futebol pernambucano.

O Náutico não vence o Sport numa final desde 1968? O Náutico não é campeão nos Aflitos desde 1974? O Náutico nunca foi campeão nos pênaltis? A nova data das respostas: 2021. A data do Náutico de Kieza, de Jean Carlos (ótima partida), de Hélio dos Anjos (o grande nome), de Rhaldney, de Camutanga e, também, de Gioavanny. Com emoção, como tinha que ser, com o capitão Kieza, como tinha que ser, e nos Aflitos, como tinha que ser. Parabéns, alvirrubros!

Escalação do Náutico (melhores: Kieza, Jean Carlos e Camutanga)
Alex Alves; Hereda, Wagner Leonardo, Camutanga (Ronaldo Alves, 46/2T) e Bryan; Rhaldney (Marciel, 14/2T), Djavan (Matheus Trindade, 14/2T) e Jean Carlos; Erick (Giovanny, 27/2T), Kieza e Vinícius. Técnico: Hélio dos Anjos

Escalação do Sport (melhor: Maidana; piores: Marcão, Neilton e Marquinhos)
Mailson; Patric, Maidana, Adryelson, Sander; Marcão (Tréllez, 36/2T), Zé Welison (Thiago Lopes, 27/2T), Júnior Tavares, Thiago Neves (Mikael, 36/2T); Everaldo (Toró, 17/1T) e Neilton (Marquinhos, 27/2T). Técnico: Umberto Louzer

Histórico geral de Náutico x Sport (todos os mandos)
557 jogos
213 vitórias rubro-negras (38,2%)
160 empates (28,7%)
183 vitórias alvirrubras (32,8%)
1 placar desconhecido (em 1931)

Os 23 títulos pernambucanos do Timbu
1934, 1939, 1945, 1950-1952 (tri), 1954, 1960, 1963-1968 (hexa), 1974, 1984-1985 (bi), 1989, 2001-2002 (bi), 2004, 2018 e 2021

O 3º título oficial de Edno
No comando executivo do timbu desde 2018, Edno Melo conquistou o 3º título, com duas taças no Estadual (18 e 21) e uma na Série C (19). Assim, já é o segundo presidente com mais títulos na história do clube, já com 120 anos. À frente, só Eládio de Barros Carvalho, com 6. Sim, o nome do estádio, que inclusive foi reaberto nesta administração. E agora com uma volta olímpica.

A análise do Podcast 45 Minutos sobre a conquista alvirrubra:

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