Keno abriu o placar e Hulk, o craque do time, fechou o 2 x 1. Foto: Atlético-MG/Twitter.
Nos primeiros anos da Copa do Brasil, o domínio foi total dos clubes gaúchos, com seis títulos entre 1989 e 2001, sendo 4 do Grêmio, 1 do Inter e 1 do Juventude. No período, Minas Gerais ganhou três e São Paulo apenas dois. Depois disso veio a virada de chave no torneio, com os paulistas tomando a ponta, chegando a dez taças, e com RS e MG brigando pelo segundo lugar no ranking de estados. E agora, pela primeira vez em 33 anos, os mineiros ficam à frente do Rio Grande do Sul.
A conquista do Atlético Mineiro dentro da Arena da Baixada, vencendo o Athletico-PR mais uma vez e ratificando a ótima vantagem obtida no Mineirão, com um categórico “6 x 1” no agregado e 8 vitórias em 9 jogos na campanha, representou o 8º título do estado – são seis da raposa e duas do galo. Enquanto isso, os gaúchos ganharam apenas uma vez nos últimos 20 anos, com o Grêmio em 2016. Neste período, os mineiros venceram cinco edições, fazendo o 3 x 6 virar 8 x 7 – abaixo, o ranking completo, por clube e por estado.
Curiosamente, este foi o segundo “bi” nacional do Atlético em dezembro. No dia 2, venceu o Brasileirão (1971/2021). No dia 15, venceu a Copa do Brasil (2014/2021). Dos 16 campeões na história da copa nacional, apenas seis já repetiram o feito. Com o novo título, o alvinegro de Belo Horizonte terminou o torneio com R$ 71,15 milhões em cotas, somando as premiações das cinco fases disputadas. Com o vice, o Athletico Paranaense terminou com R$ 38,15 milhões – o rubro-negro também largou já na 3ª fase
Campanha do título do Atlético-MG (10 jogos; 9V, 0E e 1D; 22 GP e 6 GC)*
3ª fase (16 avos) – vs Remo (2 x 0 e 2 x 1)
4ª fase (oitavas) – vs Bahia (2 x 0 e 1 x 2)
5ª fase (quartas) – vs Fluminense (2 x 1 e 1 x 0)
6ª fase (semifinal) – vs Fortaleza (4 x 0 e 2 x 1)
7ª fase (final) – vs Athletico-PR (4 x 0 e 2 x 1)
* Como disputou a Libertadores, estreou já na 3ª fase da copa nacional
Abaixo, o ranking atualizado da Copa do Brasil após 33 edições, cuja ordem foi definida pelo blog pela quantidade de títulos, vices e semifinais, respectivamente. Ao todo, 132 campanhas contabilizadas. Até hoje, 34 clubes diferentes terminaram no G4, com o Fortaleza sendo a novidade nesta temporada – o Nordeste não chegava nesta fase há dez anos. Com o bi, o Galo subiu de 10º para 6º lugar, enquanto o Furacão, vice, subiu de 12º para 9º. O Sport perdeu duas posições com esta final, caindo de 10º para 12º.
Ranking da Copa do Brasil de 1989 a 2021, por time (+títulos, +vices, +semifinais)
1º) 6-2-3 – Cruzeiro (MG)
2º) 5-4-6 – Grêmio (RS)
3º) 4-1-4 – Palmeiras (SP)
4º) 3-4-7 – Flamengo (RJ)
5º) 3-3-1 – Corinthians (SP)
6º) 2-1-2 – Atlético (MG)
7º) 1-2-2 – Fluminense (RJ) e Internacional (RS)
9º) 1-2-0 – Athletico (PR)
10º) 1-1-6 – Vasco (RJ)
11º) 1-1-3 – Santos (SP)
12º) 1-1-2 – Sport (PE)
13º) 1-0-1 – Criciúma (SC)
14º) 1-0-0 – Juventude (RS), Paulista (SP) e Santo André (SP)
17º) 0-2-3 – Coritiba (PR)
18º) 0-1-4 – São Paulo (SP)
19º) 0-1-3 – Botafogo (RJ) e Goiás (GO)
21º) 0-1-2 – Ceará (CE)
22º) 0-1-1 – Brasiliense (DF) e Vitória (BA)
24º) 0-1-0 – Figueirense (SC)
25º) 0-0-1 – América (MG), Atlético (GO), Avaí (SC), Fortaleza (CE), Ipatinga (MG), Linhares (ES), Náutico (PE), Ponte Preta (SP), Remo (PA) e 15 de Campo Bom (RS)
Ranking da Copa do Brasil de 1989 a 2021, por estado (+títulos, +vices, +semifinais)
1º) 10-6-13 – São Paulo (29x)
2º) 8-3-7 – Minas Gerais (18x)
3º) 7-6-9 – Rio Grande do Sul (22x)
4º) 5-8-18 – Rio de Janeiro (31x)
5º) 1-4-3 – Paraná (8x)
6º) 1-1-3 – Pernambuco (5x)
7º) 1-1-2 – Santa Catarina (4x)
8º) 0-1-4 – Goiás (5x)
9º) 0-1-3 – Ceará (4x)
10º) 0-1-1 – Bahia (2x) e Distrito Federal (2x)
12º) 0-0-1 – Espírito Santo (1x) e Pará (1x)
Lei mais sobre o assunto
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