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A evolução da premiação absoluta da Copa do Nordeste desde a volta ao calendário oficial.

A cada ano, uma capital diferente recebe o sorteio da Copa do Nordeste, com os dirigentes se reunindo na véspera para acertar detalhes da competição, sobretudo os financeiros – cuja evolução segue gradativa, sob contrato. Por isso, era quase “tradição” a divulgação das cotas de participação neste momento da organização. No sorteio para a edição de 2020, em Aracaju, isso não aconteceu. Nem foi questão de falta de vazamento, mas porque este cenário realmente segue em discussão.

Pela apuração do blog, um dos fatores determinantes para a definição da receita total é o calendário, que segue com 12 datas, o mesmo número desde 2013. A cúpula da liga chegou a pleitear mais duas, com o objetivo de transformar as quartas e a semifinal em confrontos de ida e volta, mas a CBF não liberou, alegando falta de espaço. O passo seguinte, então, foi otimizar a tabela, com mais jogos nos fins de semana. Para a 17ª edição, a ideia é ter 10 datas aos sábados e domingos e apenas 2 no meio de semana, justamente as finais. Este cenário “aumentaria consideravelmente o poder de barganha”, segundo uma fonte. Além de SBT (tv aberta) e Fox Sports (tv fechada), os clubes visam acordos publicitários mais vantajosos.

De 2013 a 2019, o torneio saltou de R$ 5,6 mi a R$ 31,4 mi – ao todo, as sete edições somaram R$ 113,92 milhões (ranking de clubes abaixo). Ainda que o nº de rodadas nos fins de semana seja abaixo do esperado, pois as federações também brigam por isso, o Nordestão terá uma receita recorde, até pela garantia do distrato entre a Liga do NE e a Turner, a controladora do Esporte Interativo, antigo detentor dos direitos de transmissão. Pelo acordo, a empresa se comprometeu a bancar R$ 30 milhões por edição de 2019 a 2022, totalizando R$ 120 mi. Na última, vencida pela Fortaleza, a menor cota na fase de grupos foi de R$ 825 mil – o campeão somou R$ 3,21 mi. Agora, a tendência é que a cota mínima seja próxima a R$ 1 milhão.

Cota absoluta do Nordestão
2013 – R$ 5.600.000
2014 – R$ 10.000.000
2015 – R$ 11.140.000
2016 – R$ 14.820.000
2017 – R$ 18.520.000
2018 – R$ 22.400.000
2019 – R$ 31.440.000
2020 – Valor a definir

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A seguir, o ranking de cotas acumuladas na Copa do Nordeste entre 2013 e 2019, com 42 clubes. Curiosidade sobre 2013: exceção feita ao campeão Campinense (R$ 1,1 mi), os demais participantes ganharam a mesma cota, R$ 300 mil – desde então, o valor só fez crescer, com vários níveis, por fase e por ranqueamento. O recorde numa edição pertence ao Sampaio, com R$ 3,35 milhões em 2018 – no ano seguinte a receita foi balanceada e, por isso, o Fortaleza recebeu menos. Ah, o número entre parênteses se refere ao total de participações no período.

Acima de R$ 10 milhões
1º) R$ 10.940.000 – Bahia (7)

De R$ 5,0 mi a R$ 9,9 mi
2º) R$ 9.690.000 – Ceará (6)
3º) R$ 9.475.000 – Santa Cruz (6)
4º) R$ 7.355.000 – Vitória (6)
5º) R$ 6.625.000 – Sport (5)
6º) R$ 6.235.000 – CRB (7)
7º) R$ 5.830.000 – Botafogo-PB (6)
8º) R$ 5.660.000 – Fortaleza (5)
9º) R$ 5.515.000 – Sampaio Corrêa (5)

De R$ 1,0 mi a R$ 4,9 mi
10º) R$ 4.990.000 – ABC (5)
11º) R$ 4.750.000 – Campinense (5)
12º) R$ 4.475.000 – Náutico (5)
13º) R$ 4.260.000 – Salgueiro (5)
14º) R$ 3.930.000 – Confiança (6)
15º) R$ 3.075.000 – CSA (4)
16º) R$ 2.970.000 – América-RN (6)
17º) R$ 2.225.000 – Sergipe (3)
18º) R$ 1.930.000 – Altos (3)
19º) R$ 1.600.000 – Itabaiana (3)
20º) R$ 1.205.000 – Juazeirense (3)
21º) R$ 1.155.000 – Moto Club (3)
22º) R$ 1.115.000 – Globo (2)
23º) R$ 1.100.000 – Treze (2)

Até R$ 1 milhão
24º) R$ 880.000 – River (4)
25º) R$ 870.000 – Coruripe (2)
26º) R$ 855.000 – Vitória da Conquista (2)
27º) R$ 775.000 – Ferroviário (1)
28º) R$ 600.000 – Uniclinic (1)
29º) R$ 505.000 – Estanciano (1)
30º) R$ 365.000 – Serrano (1) e Socorrense (1)
32º) R$ 350.000 – Guarany de Sobral (1) e Potiguar (1)
34º) R$ 300.000 – ASA (1), Feirense (1) e Sousa (1)
37º) R$ 250.000 – Cordino (1), Fluminense de Feira (1) e Parnahyba (1)
40º) Zero – Flamengo (1)*, Imperatriz (1)* e Piauí (1)*
* Em 2015 e 2016, os clubes do Maranhão e do Piauí, recém-incorporados, não receberam cotas


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