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A evolução da premiação absoluta do Nordestão desde o retorno ao calendário da CBF.

Pela primeira vez, desde a volta oficial, a Copa do Nordeste terá uma cota fixa menor no ano seguinte. Com o acordo judicial entre a Liga do Nordeste e a CBF, torneio passou a ser regular desde 2013, com crescimento gradativo, indo de R$ 5,6 milhões para R$ 34,3 milhões. Em 2021, num primeiro momento, o menor montante de premiação/participação das últimas três edições. Segundo os organizadores, uma consequência imediata da pandemia da Covid-19.

Os valores, revelados na coluna de Fernando Graziani, no jornal O Povo, apontam uma redução em toda a fase de grupos, que conta com quatro “subgrupos de cotistas” definidos a partir das colocações no Ranking Nacional de Clubes. De 2020 para 2021, a receita da etapa classificatória, com 64 jogos, caiu de R$ 24,7 milhões para R$ 21,22 milhões (-14,0%). A média por jogo é de R$ 331 mil. Já a fase eliminatória, com 8 partidas, caiu de R$ 5,4 mi para R$ 5,3 mi (-1,8%). A média por jogo dobra na fase decisiva, ficando em R$ 662 mil.

Como os quatro eliminados na seletiva, a “Pré-Copa do Nordeste”, ganham R$ 100 mil cada, o total em cotas fixas caiu de R$ 30,5 milhões para R$ 26,92 milhões. Uma queda absoluta de R$ 3,58 milhões, ou -11%; veja abaixo todas as cotas. Fiz questão de calcular pela verba fixa para mostrar que houve redução de fato, pois a cota da edição vencida pelo vozão na verdade foi de R$ 34,3 milhões, ainda recorde. Esta conta soma o valor repassado à Copa do Nordeste Sub 20 (R$ 800 mil) e a receita gerada pela plataforma de streaming Live FC, de R$ 3 milhões.

Na ocasião, a liga projetou uma “cota-base” de R$ 3 milhões, com a divisão através do ranking de assinantes do pay-per-view em 2020. O PPV segue em 2021, mas sem uma “cota-base”. A divisão será sobre as assinaturas na edição, tornando o valor flutuante – para mais ou para menos. E vale lembrar que ainda haverá outro formato de PPV, agora através de operadoras de tevê a cabo. Além da Sky, adiantada pelo UOL, também terá a NET. Para ao menos igualar a receita total do último Nordestão (incluindo a edição júnior), esta edição precisará buscar R$ 7,38 milhões em PPV. Ou seja, seria um aumento de 146% sobre a base de assinantes.

Cota absoluta do Nordestão
2013 – R$ 5.600.000
2014 – R$ 10.000.000 (+4,40 mi)
2015 – R$ 11.140.000 (+1,14 mi)
2016 – R$ 14.820.000 (+3,68 mi)
2017 – R$ 18.520.000 (+3,70 mi)
2018 – R$ 22.400.000 (+3,88 mi)
2019 – R$ 32.540.000 (+10,14 mi)
2020 – R$ 34.300.000 (+1,76 mi)
2021 – R$ 26.920.000 (-7,38 mi)*
* Sem a receita de pay-per-view

Abaixo, os cotas de cada etapa e a variação em relação ao último ano. Somando as cotas de premiação, o próximo campeão nordestino vai receber R$ 1,65 milhão durante a fase eliminatória – redução de R$ 25 mil em relação ao último ano. Somando à cota fixa inicial, a arrecadação total pelo título pode ser de R$ 2,29 mi para os times do subgrupo 4 (-160 mil), R$ 2,94 mi para os do subgrupo 3 (-235 mil), R$ 3,115 mi para os do subgrupo 2 (-260 mil) e R$ 3,56 milhões para os do subgrupo 1 (-315 mil). Considerando apenas o apurado em cotas, o recorde na Lampions foi estabelecido em 2020, com o Ceará recebendo R$ 3,875 milhões.

Cota da seletiva (para os clubes eliminados)
R$ 100 mil (igual) – Atlético-BA, Globo, Moto Club e Itabaiana

Cota da fase principal (subgrupos através do Ranking da CBF)*
Cota 1 – R$ 1,910 milhão (-290 mil): Bahia (10º), Sport, (16º), Vitória (17º) e Ceará (19º)
Cota 2 – R$ 1,465 milhão (-235 mil): Fortaleza (23º), CSA (30º), CRB (32º) e Santa Cruz (34º)
Cota 3 – R$ 1,290 milhão (-210 mil): Sampaio (35º), ABC (45º), Botafogo-PB (47º) e Confiança (52º)
Cota 4 – R$ 640 mil (-135 mil): Salgueiro (57º), Altos (71º), Treze (73º) e 4 de Julho (s/r)
* Quadro atualizado após a definição da seletiva, em 2 de fevereiro

Cotas no mata-mata
Quartas de final – R$ 300 mil (igual)
Semifinal – R$ 350 mil (-25 mil)
Vice – R$ 500 mil (igual)
Campeão – R$ 1 milhão (igual)

Lembrando que a 18ª edição do torneio regional terá transmissão na tevê aberta, via SBT (contrato até 2022), na tevê fechada, via Fox Sports (contrato até 2021), no streaming, através do Live FC, e no recém-criado canal de PPV nas operadoras. Ao todo, as nove edições de 2013 a 2021 somam R$ 176,24 milhões em cotas, desconsiderando o valor do novo pay-per-view.

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