Em duas eleições seguidas, Edno Melo foi eleito presidente em chapas únicas no executivo.
O prazo de inscrição para a eleição alvirrubra visando o biênio 2020/2021 acabou pontualmente às 20h de 13 de novembro. Em relação ao comando executivo, apenas uma chapa foi inscrita neste pleito. Com o nome de “Pra cima Náutico”, a chapa é encabeçada pelos mesmos nomes da gestão em 2018/2019, com Edno Melo na presidência e Diógenes Braga como vice.
Portanto, será mais uma eleição (em 8 de dezembro) com aclamação em Rosa e Silva, algo impensável até bem pouco tempo atrás, num cenário político espinhoso. No biênio anterior, vale lembrar, o clube foi presidido de forma oficial por quatro nomes diferentes – entre afastamento, renúncia e mandato-tampão. Com a reeleição, Edno Melo quebra um longo hiato de gestões seguidas no clube. O último mandatário reeleito foi Ricardo Valois, à frente nos biênios 2004/2005 e 2006/2007. Antes dele, Josemir Correio esteve em anos não consecutivos nos anos 80 e 90.
Presidentes do Náutico no biênio 2016/2017
04/01/2016 a 15/12/2016 – Marcos Freitas (347 dias)
16/12/2016 a 29/08/2017 – Ivan Brondi (257 dias)
30/08/2017 a 25/10/2017 – Gustavo Ventura (57 dias)
26/10/2017 a 02/01/2018 – Ivan Pinto da Rocha (69 dias)
Presidente do Náutico nos biênios 2018/2019 e 2020/2021
03/01/2018 a 02/01/2022 – Edno Melo (1.461 dias)
Voltando ao mandato atual, o trabalho feito nos últimos dois anos reduziu a possibilidade de um bate-chapa – que não fosse meramente protocolar. O Náutico voltou a ser campeão estadual (após 13 edições), subiu de divisão (da C pra B, também como campeão), revitalizou o quadro de sócios (de 2 mil para 10 mil titulares adimplentes) e vem passando um pente-fino nas contas do clube, como a comprovação de 986 causas trabalhistas em aberto (há um grupo de trabalho nisso). E, claro, reabriu os Aflitos. Ou seja, houve um resgate de imagem.
Para 2020 o sarrafo aumenta. Após dois anos com receita entre R$ 14 mi e R$ 15 mi, o clube deverá se aproximar de R$ 20 milhões – o orçamento ainda será divulgado. Numa condição financeira um pouco melhor, com a cota da Série B (ao menos R$ 6 milhões) e o calendário estendido até 28 de novembro, o timbu tende a dar um novo passo. Inclusive há esta perspectiva, com aumento na folha. Considerando as cifras projetadas pela direção antes da temporada (não exatamente os valores aplicados efetivamente), eis a evolução do futebol: R$ 200 mil em 2018, R$ 290 mil em 2019 e R$ 500 mil em 2020. Então, qual seria o sarrafo? A cobrança da torcida por um título regional (o clube é o único do G7 que não ganhou a Copa do Nordeste) e por uma disputa à vera pelo acesso à elite nacional já nesta volta. Plausível?
Competições oficiais do timbu em 2020: Pernambucano, Nordestão, Copa do Brasil e Série B
Obs. Para a presidência do conselho não houve unanimidade. Ao todo, três chapas inscritas, com Alexandre Carneiros (situação), Raphael Gazzaneo (oposição) e Newton Morais (oposição).
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