Apesar dos gols, não há o “gol fora”. Empate na volta? Pênaltis. Foto: Wendell Rezende/Itabaiana.
Juntando os cacos após a eliminação da Série C, o Santa Cruz disputou um jogo importantíssimo no interior sergipano, valendo pela seletiva para o Nordestão de 2021. Se o tricolor havia entrado em campo pela última vez há 9 dias, a Itabaiana não jogava futebol há 45 dias, desde a eliminação na Série D. Tanto que estreou o técnico Maurílio nesta terça. Por isso, o desempenho coral merece críticas. O empate em 2 x 2 apresentou um risco iminente para o visitante até a última bola.
Pelo lado do Santa, uma atuação sem ressalvas foi a do atacante Victor Rangel, que abriu o placar, aos 30/1T, num belo chute após passe de Paulinho, e depois empatou o mata-mata, numa cabeçada aos 23/2T. Entre os dois lances, uma apatia injustificável. Sobretudo na retomada, com pouca mobilidade e atenção. E o mandante virou o placar em 9 minutos.
Aos 3, com o zagueiro Diego Bispo (cria da base do Náutico) subindo mais que a defesa coral para escorar um escanteio. Depois, aos 9, após um longo lançamento, Bileu cometeu uma falha grotesca, cabeceando para trás, dando condição para o atacante Ila marcar – o volante, que já havia sido expulso de maneira infantil num jogo-chave contra o Ituano, pela terceirona, foi substituído logo depois. À parte de algumas bolas rondando a área do inseguro goleiro Remerson, o 3º gol esteve mais próximo da Itabaiana, com duas chances incríveis nos acréscimos, com Thiago Santos, raspando a trave, e Grafite, no travessão. Deu susto.
Duelo pelo calendário, pela receita
Após o suado empate no Estádio Etelvino Mendonça, a volta será no Arruda, dentro de uma semana. O confronto, lembrando, vale bastante. Paralelamente à participação na fase principal da Lampions, com ao menos oito partidas no calendário, há a cota de tevê. Os valores de 2021 ainda não foram divulgados, mas, tomando por base os repasses de 2020, a diferença vai de R$ 100 mil, em caso de eliminação na pré-copa, para a R$ 1,7 milhão, pois o Santa Cruz ficaria no grupo 2 dos cotistas, numa definição via Ranking da CBF. Sem Série B e com a verba do Estadual já antecipada, fora a ausência de bilheteria, não há como desprezar uma premiação deste porte.
Escalação da Itabaiana (melhores: Diego e Ila; piores: Harrisson e Remerson)
Remerson; Grafite, Diego Bispo, Hugo e Paulinho; Jacobina, Tessio (Rafael Assis, 42/2T), Levi (Batata, 34/2T) e Harrisson (Pedro Henrique, 24/2T); Thiago Santos e Ila. Técnico: Maurílio Silva
Escalação do Santa Cruz (melhores: Victor Rangel e Toty; piores: Bileu e Pipico)
Luiz Fernando; Toty, William Alves, Célio Santos e Leonan; Bileu (André, 13/2T), Paulinho (Tinga, 42/2T), Chiquinho (Augusto Potiguar, 43/2T) e Didira; Victor Rangel e Pipico (Lourenço, 13/2T). Técnico: Marcelo Martelotte
Histórico geral de Itabaiana x Santa Cruz (todos os mandos)
6 jogos
3 vitórias corais (50,0%)
2 empates (33,3%)
1 vitória sergipana (16,6%)
Histórico do Santa Cruz na Copa do Nordeste
15 participações entre 1994 e 2021
140 jogos (195 GP e 156 GC, +39)
66 vitórias (47,1%)
28 empates (20,0%)
46 derrotas (32,8%)
A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Celso Ishigami e Diego Borges):
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