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O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, participou do programa Roda Viva, comandado por Aldo Vilela e com outros seis  jornalistas presentes, numa sabatina sobre o futebol local. Durante 1 hora, numa transmissão ao vivo da TV Nova, o dirigente não se furtou de polêmicas, bancando o seu conhecido perfil com frases do tipo “nós (PE) temos os melhores dirigentes do Brasil”.

Porém, após a entrevista, o mandatário da FPF talvez tenha dado a declaração mais impactante – que, paradoxalmente, devido ao seu histórico, não surpreende tanto. Questionado por Clauber Santana sobre sua intenção em relação ao comando da CBF, Evandro disse que “pode ser indicado para a presidência da CBF após o mandato de Rogério Caboclo”.

Candidato único em 17 de abril de 2018, Caboclo foi eleito com 64 dos 67 votos possíveis, tendo como exceções Athletico-PR (ausente), Flamengo (abstenção) e Corinthians (branco).  Ele ainda segue como diretor-executivo da entidade, mas na prática já com poder de presidente. O seu mandato oficial vai de abril de 2019 a abril de 2022. Curiosamente, o atual mandato de Evandro no futebol estadual vai até 2022 – está à frente desde 2011. Cronologicamente, a situação se aplica. A proximidade também. Pouco depois da eleição no Rio, Evandro foi nomeado para chefiar a delegação da Seleção num giro de amistosos e também teve funções executivas em nome da CBF no congresso da Fifa durante o Mundial da Rússia. Portanto, essa ascensão (particular) tem algum sentido dentro da política do futebol brasileiro.

A dúvida sobre o desejo, quase escancarado, recai sobre a saída de Caboclo em 2022 – uma vez que os cartolas não costumam deixar o poder rapidamente (e o próprio Evandro, em PE, é mostra disso) – e também sobre o próprio trabalho de Evandro. O dirigente pernambucano, por sua vez, parece convicto. Inclusive, ainda comentou que pensou em se candidatar já na eleição passada da confederação, mas Caboclo acabou sendo o escolhido por ter um perfil mais administrador. Acredita que o novo presidente da CBF ficará apenas uma gestão, já tendo apoio de “algumas federações” e que pode ser o próximo. Pelo momento atual do futebol pernambucano, parece algo descolado da realidade…

Essa história vem sendo acompanhada pelo blog. Relembre alguns posts…
17/04/2018 – O novo presidente da CBF e o abraço automático de Evandro e Arnaldo Barros

07/09/2018 – A crescente aproximação política de Evandro Carvalho na CBF, de chefe a delegado


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