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Ramon Menezes, técnico da Seleção Olímpica

Ramon na última rodada do Pré-Olímpico, em 11/02. Outro revés. Foto: Joilson Marconne/CBF.

De forma frustrante, a Seleção Brasileira está fora do torneio olímpico de futebol dos Jogos Olímpicos de 2024. O time masculino perdeu da Argentina na última rodada da fase decisiva do Pré-Olímpico da Venezuela e encerrou uma campanha apagadíssima. Sem jogar bem, o Brasil terminou com 4 vitórias e 3 derrotas. O país havia ido ao pódio nas últimas quatro edições olímpicas, com o bronze em 2008, a prata em 2012 e os dois ouros em 2016 e 2020. Neste ano, a Canarinha tinha como objetivo o inédito tricampeonato seguido, mas sequer atravessará o Oceano Atlântico. À frente deste fiasco, o técnico Ramon Menezes.

Aos 51 anos, o treinador (que foi um bom meia como jogador) segue sem grandes trabalhos em clubes profissionais. Na Seleção, muito menos. Apesar do prestígio dentro da CBF, ele acumula fracassos em três categorias diferentes da seleção masculina. Em tudo no que realmente importava. Contratado em 2022 para a Seleção Sub 20, Ramon venceu o Sul-Americano da categoria, mas acabou fazendo uma campanha vexatória no Mundial de Juniores. O time verde e amarelo foi eliminado por Israel, nas quartas de final. Sim, Israel.

Dois anos de insucessos na Canarinha

Também foi acionado interinamente para a seleção principal, após a saída de Tite. No primeiro semestre de 2023, comandou a equipe em três jogos, todos contra seleções africanas. Goleou a fraca Guiné e perdeu de Marrocos (1 x 2) e Senegal (2 x 4). Ainda assim, foi escolhido pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para comandar a Seleção Sub 23. Iniciou o trabalho nos Jogos Pan-Americanos, com a medalha de ouro, tendo como ressalva o fato de ser um torneio geralmente sem os principais jogadores – incluindo do próprio Brasil. Agora, na disputa que valia nesta categoria, o Brasil acabou eliminado no Pré-Olímpico.

E o revés por 1 x 0 passou longe de ser uma fatalidade. Os hermanos tiveram uma posse de bola bem maior, com 61%, e finalizaram mais também, com 14 x 9. O Brasil mal incomodou. E Ramon, vale frisar, fez a seguinte escolha aos 28 minutos do 2º tempo, com o empate sem gols no placar: tirou o atacante Endrick, a joia brasileira nesta categoria, e o maior talento em campo. Sem tantas ideias de jogo, Ramon Menezes não é o único culpado pela ausência do Brasil nos Jogos Olímpicos, o que não acontecia desde 2004. Afinal, poucas vezes um trabalho foi tão fraco sob olhares gerais. O erro maior foi da direção da CBF, com a sua manutenção até o fim, até a eliminação de um time que tinha tudo para competir em Paris.

Seleção Brasileira no Torneio Olímpico de futebol

1952 – Quartas de final (2V, 0E e 1D)
1956 – n/d
1960 – 1ª fase (2V, 0E e 1D)
1964 – 1ª fase (1V, 1E e 1D)
1968 – 1ª fase (0V, 2E e 1D)
1972 – 1ª fase (0V, 1E e 2D)
1976 – Semifinal (2V, 1E e 2D)
1980 – n/d
1984 – Prata (4V, 1E e 1D)
1988 – Prata (4V, 1E e 1D)
1992 – n/d
1996 – Bronze (4V, 0E e 2D)
2000 – Quartas de final (2V, 0E e 2D)
2004 – n/d
2008 – Bronze (5V, 0E e 1D)
2012 – Prata (5V, 0E e 1dD)
2016 – Ouro (3V, 3E e 0D)
2020 – Ouro (4V, 2E e 0D)
2024 – n/d

Mais ouros, pratas e bronzes no futebol masculino

1º) 3-1-1: Hungria (1952, 1964 e 1968)
2º) 3-0-0: Grã-Bretanha (1900, 1908 e 1912)
3º) 2-3-2: Brasil (2016 e 2020)
4º) 2-2-0: Argentina (2004 e 2008)
5º) 2-0-3: Rússia (1956 e 1988)
6º) 2-0-0: Uruguai (1924 e 1928)

Olimpíada x Copa do Mundo

Em 14 participações olímpicas desde 1952, sempre com equipes restritivas, o Brasil disputou 66 jogos, com 38 vitórias, 12 empates, 16 derrotas. Considerando três pontos por vitória, isso dá um aproveitamento de 63,6%. Já no Mundial, com força máxima, exceção feita à base carioca em 1930, foram 114 jogos em 22 presenças, com 76 vitórias, 19 empates e 19 derrotas, com 72,2%.

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Abaixo, veja o gol argentino, que tirou a Seleção Brasileira da Olimpíada de 2024.


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