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O VAR anulou, corretamente, um pênalti para o Sport aos 49/2T. Foto: Anderson Stevens/Sport.

Contra Vasco e Atlético-GO, ambos os jogos na Ilha, o Sport finalizou na barra apenas 4 vezes em 180 minutos, nenhuma delas com perigo efetivo. Eram confrontos diretos nos quais o técnico Jair Ventura optou por montar um time mais aberto, mais “ofensivo”.

No jogo que encerrou a 22ª rodada, foi um volante que não marca forte (Márcio Araújo), três meias e dois atacantes. Mesmo assim, chegou nem perto levar perigo, pois não é uma questão numérica em campo. Falta qualidade técnica para isso. E foi justamente o entendimento disso, na chegada do próprio técnico, que conseguiu dar vida a um time até então sem competividade na Série A.

Era o Sport com uma marcação forte, extrema obediência tática e pouca posse de bola, tentando balançar as redes nas poucas oportunidades. As chances sempre foram escassas, mas ao menos havia solidez defensiva, pois o objetivo não era evitar as finalizações dos adversários. Simplesmente não há como fazer isso com este elenco. O objetivo era, sim, fazer com que as chances reais dos adversários fossem reduzidas, assim como os erros do próprio rubro-negro, sobretudo na saída de bola, sem a necessidade constante de partir para o jogo.

Parecia elementar. Basta assistir aos jogos do time pernambucano. Basta ver o rendimento nas partidas a partir das características distintas escolhidas por Jair. Quando se fechou, esteve mais perto de pontuar – e ainda conseguiu vencer alguns jogos, pois os outros times também erram, e forçar isso faz parte do jogo. Já quando foi um pouco mais propenso à criação, a falta de qualidade foi quase sempre fatal. Pela inoperância ofensiva e pelos erros individuais – nas últimas seis rodadas, por exemplo, o leão marcou apenas um gol.

Cenário crucial contra Vasco (0 x 2) e Atlético-GO (0 x 1), com o mandante tendo mais de 60% de posse, mas sem saber o que fazer com a bola. Até mesmo quem a trata melhor, como Thiago Neves, cuja falta bisonha aos 14/2T resultou num contragolpe de 12 segundos com o gol de Janderson. Como 11º revés, a vantagem do Sport sobre a zona de rebaixamento, que já chegou a ser de 8 pontos, caiu para apenas 1 ponto (25 x 24). E o temor do Z4, novamente alto, aumenta mais com a sequência da equipe, com Santos e São Paulo fora de casa. O Sport jogará aberto contra esses times? Provavelmente não. Ou seja, mesmo diante de times bem melhores, talvez o Sport tenha mais chance de pontuar, acredite. Foi assim com Atlético-MG e Ceará, e cada vez mais a coincidência é deixada de lado.

Sport em 22 rodadas na Série A de 2020
Mandante (11 jogos, 15 pts e 45.4%): 5V, 0E e 6D
Visitante (11 jogos, 10 pts e 30.3%): 2V, 4E e 5D

Escalação do Sport (piores: Thiago Neves, Patric e Gomez)
Luan Polli; Patric, Maidana, Adryelson e Sander; Márcio Araújo (Bruninho, 28/2T), Lucas Mugni, Jonatan Gómez (Marquinhos, intervalo) e Thiago Neves (Júnior Tavares, 45/2T); Leandro Barcia (Lucas Venuto, 28/2T)e Mikael (Brocador, 28/2T). Técnico: Ricardo Henriques (interino; Jair Ventura testou positivo pra Covid-19)

Escalação do Atlético-GO (melhores: Janderson e Zé Roberto)
Jean; Dudu, João Victor, Gilvan e Nicolas; Willian Maranhão, Marlon Freitas e Chico (Pereira, 23/2T); Janderson (Arnaldo, 44/2T), Zé Roberto (Júnior Brandão, 23/2T) e Gustavo Ferrareis (Danilo Gomes, 23/2T). Técnico: Marcelo Cabo

Histórico geral de Sport x Atlético-GO (todos os mandos)
11 jogos
3 vitórias rubro-negras (27,2%)
5 empates (45,4%)
3 vitórias goianas (27,2%)

Histórico de Sport x Atlético-GO pela Série A (todos os mandos)
7 jogos
2 vitórias rubro-negras (28,5%)
3 empates (42,8%)
2 vitórias goianas (28,5%)

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Celso Ishigami e Fred Figueiroa):

Abaixo, assista ao gol da partida, através do perfil oficial do Brasileirão no Twitter.


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