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 Estudiantes 3 x 0 Fortaleza na Libertadores

O Fortaleza de Vojvoda teve a sua pior atuação na volta do mata-mata. Foto: Conmebol/divulgação.

O Fortaleza fez uma campanha digna em sua estreia na Libertadores. O tricolor parou nas oitavas de final, sendo o primeiro nordestino a passar de fase em sua primeira participação. Infelizmente, o recorte deste comparativo é curtíssimo, expondo a raridade dos clubes da região na principal disputa da América do Sul. Foi apenas a 7ª presença do NE em 63 anos de história.

Na Sul-Americana, a outra frente continental, o cenário mais acessível já rendeu 24 campanhas. Daí, a necessidade de valorizar um time que chegou na Liberta por uma colocação robusta na Série A de 2021, com o G4 nos pontos corridos, e que fez embates interessantes contra Colo Colo-CHI (1V e 1D), River Plate-ARG (1E e 1D), Alianza-PER (2V) e Estudiantes-ARG (1E e 1D).

Diante do león argentino, tetracampeão da Liberta, o leão cearense sucumbiu em La Plata, num jogo no qual já foi pressionado pelo empate na ida e pela lanterna no Brasileirão. Lá, não podia falhar. Porém, falhou demais. Com absoluta tranquilidade, o Estudiantes venceu por 3 x 0, com os dois primeiros gols em cabeçadas de Manuel Castro, uma no início do 1T e outra no início do 2T. Nos dois lances, o jogador apareceu completamente livre numa zaga estática.

Sem Pikachu, talvez de forma definitiva

Além disso, o visitante jogou com um a menos desde 21 minutos, após a expulsão de Pikachu, num cartão revisado pelo VAR – corretamente. Pode ter sido a última participação do Yago pelo clube, a partir da oferta do futebol japonês. A saída do principal expoente ofensivo, da partida, foi basicamente a sentença da eliminação, com a noite terminando numa saída errada de Boeck, que gerou um gol fácil de Zapiola. O scout de finalizações foi de 19 x 2!

Esta foi a 8ª partida do Fortaleza na Libertadores, a única em que realmente não conseguiu competir – mesmo no Monumental de Nuñez houve uma mudança de atitude. Ou seja, é insuficiente para mexer na memória da torcida, que tanto esperou por isso, e que poderia ter disputado lá em 1969, como vice da Taça Brasil, mas o país se ausentou por decisão da CBF.

Começa a contagem pela 8ª participação

Então, quando o Fortaleza voltará à Libertadores? É uma pergunta difícil, mas cuja resposta vale para os demais clubes do Nordeste, com três deles há bastante tempo na espera e com outros rivais tradicionais nem tendo esse gostinho. Mesmo com sete vagas anuais para o Brasil, é algo que segue como uma meta de ouro, com hiatos enorme no NE. Contudo, com organização tática e investimentos precisos é possível vislumbrar sem ser uma vez por década. Agora, ao Fortaleza, é retomar o foco no Brasileirão de 2022 para outra caminhada nada fácil…

As sete participações do Nordeste na Libertadores
1ª) 1960 – Bahia (1º na Taça Brasil); quartas de final (2 jogos)*
2ª) 1964 – Bahia (2º na Taça Brasil); preliminar (2 jogos)
3ª) 1968 – Náutico (2º na Taça Brasil); fase de grupos (6 jogos)
4ª) 1988 – Sport (1º na Série A), fase de grupos (6 jogos)
5ª) 1989 – Bahia (1º na Série A); quartas de final (10 jogos)
6ª) 2009 – Sport (1º na Copa do Brasil); oitavas de final (8 jogos)
7ª) 2022 – Fortaleza (4º na Série A); oitavas de final (8 jogos)
* Correspondeu à primeira fase

Ranking de pontos na Taça Libertadores da América (1960/2022)*
1º) Sport – 23 pontos em 14 jogos (7V, 2E e 5D)
2º) Bahia – 23 pontos em 14 jogos (6V, 5E e 3D)
3º) Fortaleza – 11 pontos em 8 jogos (3V, 2E e 3D)
4º) Náutico – 8 pontos em 6 jogos (2V, 2E e 2D)
* Até 7 de julho

Brasil x Argentina na Libertadores de 2022

O jogo em La Plata encerrou as oitavas, com a classificação de cinco clubes brasileiros e três argentinos. É a primeira vez que a composição das quartas de final conta com apenas dois países. Com a tabela prevendo jogos para o mês agosto, nos dias 2, 3 e 4 na ida e 9, 10 e 11 na volta, o chaveamento tem Estudiantes (4 títulos) x (0) Athletico-PR e Palmeiras (3) x (1) Atlético-MG de um lado e Flamengo (2) x (1) Corinthians e Vélez Sarsfield (1) x (0) Talleres do outro. A decisão em jogo único será no Equador, bem distante das sedes dos oito nomes restantes.


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