Com R$ 21 milhões em reforços, o Leão vai confirmando o favoritismo. Foto: Fortaleza/Twitter.
Invicto, com 6 vitórias e 4 empates, o Fortaleza está na final da Copa do Nordeste de 2022. É mais uma grande passo numa maiores sequências já vistas no futebol da região. Campeão da Série B em 2018, o tricolor emendou quatro anos seguidos na Série A, sendo 9º em 2019 e 4º em 2021, foi tricampeão cearense sobre o arquirrival e ganhou o Nordestão de 2019.
E agora quer o bi do NE. De Rogério Ceni a Juan Pablo Vojvoda, uma consistência num sarrafo altíssimo, com a estreia na Libertadores já marcada para o dia 7 de abril, diante do Colo Colo, em casa. Nesta fase de ouro, cujo orçamento saltou de R$ 24 milhões em 2018 para R$ 141 milhões em 2022, os resultados parecem vir mesmo quando não tem uma grande atuação. Como foi o caso da semifinal regional contra o Náutico, no Castelão. A impressão é que o Leão do Pici não jogou na rotação que uma partida deste porte exigia, mas bastou.
Até porque o treinador argentino é um estudioso da bola e saberia explorar as deficiências do Náutico, como a marcação excessivamente alta. A tentativa de enfiada de bola foi algo tão evidente no 1T que o scout de impedimentos foi de 6 x 0, sempre no limite. Logo, bastava uma jogada em condição legal. O que aconteceu de fato aos 18 minutos, com Tinga lançando Kayzer, com Carlão desatento. O atacante adquirido por R$ 6 milhões foi até a linha de fundo e tocou para Robson, que empurrou para as redes, num gol só validado pelo VAR.
Em termos de nível técnico, o campeão pernambucano inicio com a volância comprometida, na proteção e na saída de bola. Porém, empenho não faltou e o timbu conseguiu arrastar essa vantagem mínima até a reta final da semifinal. Faltou finalizar mais, arriscar mais. Ou visão de jogo, caso de Léo Passos, no melhor contragolpe do visitante no 2T. Aos 36 minutos, Lucas Perri ainda pegou um pênalti de Matheus Vargas para injetar uma confiança final do Náutico, que no embalo quase fez com Ewandro – em seu único momento de lucidez na tarde.
Decisão garantida no Castelão
Aquele chute solitário parou em Max Wallef e logo depois o Fortaleza definiu o triunfo por 2 x 0, com o centroavante argentino Silvio Romero, o nome de maior expectativa no elenco tricolor – mas que ainda não deslanchou. Sob controle, deu o melhor time. Agora, o Fortaleza segue como favorito na decisão, seja quem for o adversário, Sport ou CRB. Por sinal, a final será em dois jogos, com a volta já assegurada no Castelão devido à melhor campanha. Quanto ao Náutico, em sua 4ª vez na semifinal, a 4ª eliminação nesta fase. Sonho adiado, de novo.
Leão virou o jogo na história do clássico
Na história, este foi 4º mata-mata entre os dois clubes, com o Fortaleza ampliando a vantagem. O leão se classificou três vezes, na Taça Brasil de 1968, na Copa do Brasil de 2012 e na Copa do Nordeste 2022. Já o timbu, que tomou a virada neste quesito, se deu bem apenas na Taça Brasil de 1965, há 57 anos. Já no scout geral, finalmente o Fortaleza igualou o nº de vitórias, com 16 x 16, graças à sequência invicta em 4 jogos, com 3V e 1E.
Escalação do Fortaleza (melhores: Lucas Lima e Kayzer; pior: Vargas)
Max Walef; Tinga (Landázuri), Benevenuto e Titi; Jussa (Felipe), Yago Pikachu, Zé Welison, Lucas Lima (Matheus Vargas) e Juninho Capixaba; Robson (Romero) e Renato Kayzer. Técnico: Juan Pablo Vojvoda
Escalação do Náutico (melhor: Perri; piores: Leandro Carvalho, Carlão e Tavares)
Lucas Perri; Thassio (Juninho Carpina), Carlão, Camutanga (Wellington) e Júnior Tavares; Ralph (Rhaldney), Wagninho e Jean Carlos; Leandro Carvalho (Robinho), Ewandro e Léo Passos (Amarildo). Técnico: Felipe Conceição
Histórico de Fortaleza x Náutico (todos os mandos)
45 jogos
16 vitórias alvirrubras (35,5%)
13 empates (28,8%)
16 vitórias tricolores (35,5%)
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