“No meio de tanta bagunça na organização, já nem dá para desconsiderar a possibilidade de a federação impor um campeonato com 13 times para evitar novas ações.”
A frase acima está presente no segundo parágrafo do texto publicado pelo blog em 22 de dezembro, após a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que absolveu o Petrolina, devolvendo o acesso ao clube do Sertão do São Francisco. Naquele momento, faltavam apenas 16 dias para o início do Campeonato Pernambucano de 2023, com o Belo Jardim, que ficou de fora após a posição do tribunal, amargando um prejuízo considerável, devido à montagem do elenco e à reforma do gramado do estádio Mendonção.
Pois bem, em 28 de dezembro, menos de uma semana após a votação do Pleno do STJD, a FPF convocou uma reunião extraordinária na sede da entidade, no Recife. E a sugestão da federação presidida por Evandro Carvalho acabou sendo mesmo o inchaço da próxima edição. Tentando evitar a continuidade do imbróglio, chancelou a promoção tanto do Petrolina quanto do Belo Jardim, confirmando 13 participantes em vez de 12.
Último tapetão havia sido em 2008
Sendo franco, a aspa do blog não era informação de bastidores, não mesmo, mas só um tiquinho de experiência sobre o que se vê há algum tempo no nosso futebol, nos âmbitos estadual, regional e nacional. Afinal, não é a primeira vez que ocorre a ampliação da própria Série A1 por causa de mais acessos do que o imaginado na Série A2. E dessa vez foram 5 em vez dos 4 previstos.
Um “tapetão” do tipo já havia acontecido no PE de 1997, com a 1ª divisão subindo de 9 pra 12, e em 2008, quando passou de 10 pra 12. Na vez anterior, há 14 anos, seriam apenas duas promoções, mantendo a competição com 10 times, mas outro problema jurídico da mesma ordem, de escalações irregulares e coisas do tipo, acabou na decisão do então mandatário, Carlos Alberto Oliveira, de promover os quatro melhores da A2 – beneficiando Centro Limoeirense e, coincidentemente, Petrolina. Hoje, a decisão foi, mais uma vez, para “contemplar” todo mundo, não só por política, mas pelas poucas amarras jurídicas geradas pela organização, dos clubes e da própria competição em relação à fiscalização e punição.
Regulamento mantido no Estadual
Apesar do aumento no número de participantes, isso não gerou uma mudança na fórmula de disputa. Segue o turno classificatório, agora com 13 rodadas, sempre folgando um time. Avançam os 6 melhores, com o mata-mata a partir das quartas de final, com 3° vs 6° e 4° e 5°. Já os dois melhores vão logo pra semifinal. Sobre o rebaixamento, o “Z4” está mantido. A data de abertura é a mesma, 7 de janeiro, mas com ajustes na tabela.
Os 13 participantes do Pernambucano 2023
Náutico (atual bicampeão), Retrô (vice), Santa Cruz (3°), Salgueiro (4°), Sport (5°), Caruaru City (6°), Afogados (7°), Íbis (8°), Central (A2), Petrolina (A2), Maguary (A2), Porto (A2) e Belo Jardim (A2).
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