A festa do meia no gol do Clássico dos Clássicos. Veja abaixo. Foto: Gabriel França/Náutico.
Após nove clássicos contra o arquirrival, o Náutico finalmente voltou a bater o Sport. Durante os 90 minutos, o timbu não saía vencedor no Clássico dos Clássicos há quatro anos, com quatro empates e cinco derrotas no período. O tabu foi encerrado neste sábado. É importante frisar os “90 minutos” porque o alvirrubro venceu a disputa de pênaltis na final do Estadual de 2021, após dois empates. Agora, valendo pela última rodada da primeira fase do Estadual de 2024, o time de Allan Aal venceu por 1 x 0, com um gol de Patric Allan.
Hoje, o principal objetivo do Náutico era terminar o dia na vice-liderança. Contudo, a missão era difícil, pois teria que torcer por um tropeço do Retrô diante do já rebaixado Flamengo de Arcoverde – sem surpresa, o clube-empresa de Camaragibe goleou por 4 x 0. À parte disso, precisava fazer a sua parte em campo e fazer as pazes com a torcida. Em relação à escalação do Náutico, o experiente zagueiro Joécio ganhou a vaga pelo desempenho em Salvador. E de forma merecida. Já Soso montou um Sport repleto de reservas. Na prática, o único titular foi Fábio Matheus, que ainda assim foi banco no jogo anterior, pelo Nordestão.
Leão com reservas e timbu com foco total
Apesar da formação, o Sport conseguiu controlar o 1º tempo. O leão teve 54% de posse de bola, segundo o Foostats. O timbu até chegou à meta de Thiago Couto, sobretudo na bola aérea, mas só acertou uma das nove finalizações. E o visitante nem isso, com quatro tentativas pra fora. Para tentar melhorar o aproveitamento, o técnico rubro-negro fez três alterações no intervalo. Só que uma delas foi a saída de Fábio Matheus, reforçando o foco na Copa do Brasil. Obviamente, isso não é problema do Náutico.
O timbu, aliás, voltou melhor. Pressionou e não demorou a marcar. Uma interceptação virou uma rápida troca de passes e seguiu até o belo chute de Patrick Allan. Isso aos 13 minutos. Dali até o apito final, aos 51 minutos, o timbu recuou excessivamente. O Sport teve 72% de posse no 2º tempo e tentou pressionar, mas teve dificuldade na criação, que melhorou um pouco com Lucas Lima, e nas conclusões, pois não teve centroavante. E ainda contou com o goleiro Vágner bem atento para garantir a sexta vitória do Náutico no Pernambucano, que valeu a 3ª colocação. Festa nos Aflitos, com 10.318 torcedores nesta tarde, com a segunda vitória num clássico em 2024 (2 x 1 no Santa Cruz e 1 x 0 no Sport).
Próximos jogos dos rivais
O Sport volta a utilizar a força máxima na próxima quarta-feira, na estreia da Copa do Brasil. O leão vai até o Amapá para enfrentar o Trem no Estádio Zerão, cuja linha do meio-campo fica exatamente sobre a Linha do Equador, que divide o mundo em dois hemisférios. O clube larga com uma cota de R$ 1,31 milhão e tentará abocanhar mais R$ 1,47 milhão em caso de classificação à segunda fase. Já o timbu está fora desta disputa, justamente pela má campanha no Estadual de 2023. Porém, já volta a jogar pelo Pernambucano em 1º de março, pelas quartas de final. Numa disputa em jogo único, receberá o Afogados nos Aflitos. Até lá, tempo para descansar o elenco e ambientar o estádio para o maior público do ano.
Escalação do Náutico, 1 (melhores: Vágner e Paulo Sérgio)
Vagner; Arnaldo (Marcos Júnior), Joécio, Rafael Vaz e Diego Matos; Lorran, Marco Antônio e Patrick Allan (Guilherme Matos); Kauan (Leandro Barcia) (Danilo Belão), Júlio César (Evandro) e Paulo Sérgio. Técnico: Allan Aal.
Escalação do Sport, 0 (melhor: Fábio Matheus; pior: Arthur)
Thiago Couto; Lucas Ramon, Alisson Cassiano, Renzo (Luciano Castan) e Riquelme (Felipinho); Fabinho, Fábio Matheus (Romarinho), Ítalo (Lucas André) e Pedro Vilhena; Arthur Caíke (Lucas Lima) e Pablo Dyego. Técnico: Mariano Soso
Histórico geral do Clássico dos Clássicos
564 jogos (todos os mandos)
217 vitórias do Sport (38,4%)
162 empates (28,7%)
184 vitórias do Náutico (32,6%)
1 placar desconhecido (em 1931)
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Abaixo, assista ao belo gol de Patrick Allan aos 13 minutos do 2º tempo.
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— Náutico (@nauticope) February 24, 2024