O projeto da área externa dos Aflitos, com possível uso sem jogos. Imagens: Náutico/divulgação.
A reforma para a reabertura dos Aflitos, finalizada em 2018, custou R$ 7,2 milhões. As obras focaram a troca das cadeiras, a melhora na cobertura, a reforma dos banheiros e do sistema de iluminação e um novo gramado. Foi o investimento mínimo para o Náutico voltar pra casa, o que realmente aconteceu, com o estádio podendo receber 16.948 pessoas – a capacidade máxima, na verdade, é de 19.600. Porém, o projeto original de requalificação do estádio não parava ali.
Na ocasião, as obras foram limitadas pela falta de receita mesmo. Quatro anos depois, com a ideia amadurecida, tanto no design quanto no objetivo, o clube alvirrubro firmou parcerias para por em prática a modernização de dois setores do estádio, visando uma melhor experiência para o torcedor. Ambas com a inauguração estimada já no primeiro jogo oficial de 2023, seja no Campeonato Pernambucano ou na Copa do Nordeste.
Foco na área externa e em serviços
Em setembro, o clube já havia iniciado a customização da área de convivência da arquibancada central, mais conhecida como “Setor Vermelho” ou “Gazzaneo”, através do acordo com a casa de apostas Betnacional e a cervejaria holandesa. No amplo espaço atrás desta arquibancada, que foi identificado pela direção do Náutico como uma novo ponto de “pré-jogo” após o fim do setor das sociais (que foi incorporado ao setor de cadeiras), o clube vem construindo três bares, com televisões cuja programação naturalmente voltada para o interesse dos alvirrubros, e um palco para eventuais shows.
Agora em outubro, o Náutico revelou um segundo projeto, este na área externa do lado oposto do estádio, onde ficam as mangueiras do clube, entre o vestiário dos jogadores do timbu e o setor Caldeirão, na “barra do Country”. Ocioso, em relação ao futebol, o espaço, que será avaliado pelos conselheiros, deverá ganhar a “TimbuZone”, uma área de entretenimento. De certa forma, o objetivo é semelhante ao do setor Vermelho, mas com mais serviços. Tanto que o projeto tem até um operador terceirizado, a partir da parceria com a Soccer Hospitality.
Pioneiro no Nordeste
A empresa contratada já opera esse tipo de espaço nos estádios de Corinthians (FielZone), Palmeias (FanZone) e São Paulo (Camarote dos Ídolos), além da uma versão mais recente no Maracanã, a MaracaZone, válida para Flamengo e Fluminense. Portanto, o projeto no Eládio é o primeiro no Nordeste. Segundo a nota do Náutico, o “espaço contará com bares exclusivos, novos banheiros, espaço kids, grill e palco para bandas, oferecendo serviço de alimentação e bebidas”. Uma ideia do clube é possibilitar a rentabilidade do estádio mesmo sem um jogo efetivo do clube. Recentemente, como exemplo, o Sport inaugurou um bar na área externa da Ilha. Com praticamente todos os jogos dos grandes clubes pernambucanos tendo transmissão na tevê, ou no streaming, esse cenário já deveria fazer parte do cotidiano há tempos.
A seguir, o comparativo do estado atual do local (à esquerda) e o projeto da TimbuZone (à direita). O projeto foi apresentado pelo diretor de marketing do Náutico, Joaquim Costa. Saiba mais aqui.
A seguir, as imagens do projeto no Setor Vermelho, cuja obra já foi iniciada, incluindo a cobertura de tecido para a customização alvirrubra da área externa. Mais simples, esta obra foi estimada em 40 dias. Independentemente do rendimento em campo, e o atual na Série B é horrível, o investimento em estrutura, conforto e serviço precisa mesmo ser constante no clube.