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Náutico 1 x 1 Bragantino, pela Série C, o último mando na arena. Foto: Léo Lemos/Náutico

Com apenas 5 anos de operação, a Arena Pernambuco já é o centro de duas questões milionárias, ambas a partir de distratos. Começou em 4 de março de 2016, quando o governo do estado rompeu a parceria público-privada com o consórcio Arena Pernambuco Negócios e Participações – formado por duas empresas da Odebrecht. O acordo havia sido assinado em 15 de junho de 2010 e previa 33 anos, entre construção e operação. A primeira consequência deste ato foi outra rescisão unilateral, do consórcio em relação ao Náutico, o único mandante.

Neste caso, o timbu havia acertado a sua presença no estádio em São Lourenço da Mata durante 30 anos. Literalmente, todos os mandos de campo, deixando os Aflitos de lado. Pelo acordo, firmado em 17 de outubro de 2011, o clube receberia aportes mensais de R$ 300 mil a R$ 500 mil a partir de 2013, sendo o valor máximo correspondente aos anos com o time na Série A. Os repasses deixaram de acontecer em agosto de 2015, sete meses antes do rompimento por parte do governo.

Então, um impasse duplo, governo x Odebrecht e Náutico x Odebrecht. Em ambos os casos, espera-se uma decisão através da “câmara de arbitragem”, um fórum instalado para conflitos no sistema financeiro – a forma pré-estabelecida em contrato, em vez da justiça comum. No primeiro, a discussão sobre a diferença de R$ 241 milhões entre as partes sobre o valor final da construção da arena. No segundo, a indenização ao clube pela quebra de contrato.

Só para formular a ação contra a construtora o Náutico gastou R$ 100 mil, com o documento oficializado em 14 de setembro de 2017. E a resposta final será no Recife, em até dois anos. Trata-se da primeira vitória do clube, pois a empresa queria um árbitro de São Paulo.

Aportes mensais através do contrato Náutico/Odebrecht
Presença na Série A – R$ 500 mil
Presença na Série B – R$ 400 mil
Presença na Série C – R$ 300 mil

Considerando o período que o consórcio deixou de pagar o clube, de 08/2015 até 03/2016, o alvirrubro deveria receber R$ 3,2 milhões, desconsiderando qualquer correção monetária. Indo além, no cerne da disputa, supondo que o Náutico recebesse o valor mínimo proposto até o fim do contrato, de 04/2016 até 12/2043, o montante seria de R$ 101,6 milhões. Além disso, o jurídico timbu ainda pede uma multa pela quebra. Ou seja, a causa pode ser enorme…

Náutico como mandante na Arena Pernambuco
152 jogos (de 22/05/2013 a 26/08/2018)
80 vitórias (52,6%)
31 empates (20,3%)
41 derrotas (26,9%)
59,4% de aproveitamento

Público total: 1.109.900 torcedores
Média: 7.301 torcedores

O 152º mando timbu na arena registrou 27.469 torcedores. Foto: Léo Lemos/Náutico


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