Anúncio da Betnacional
Compartilhe!

Em 1999, festa no Parque Antártica. Em 2020, festa no Maracanã. Fotos: Conmebol/Twitter.

Pelo 2º ano seguido, um técnico português é campeão da Taça Libertadores após assumir um grande clube brasileiro no lugar de um treinador renomado e experiente. Em ambos os casos, os times melhoraram bastante o desempenho. Em 2019 o Flamengo trocou Abel Braga por Jorge Jesus e virou um rolo compressor. Em 2020 o Palmeiras trocou Vanderlei Luxemburgo por Abel Ferreira, de 42 anos, e o resultado também foi imediato, com a reconquista da América após 21 anos.

Por sinal, este segundo título, obtido numa vitória sobre o Santos, no Rio, é o ponto alto da parceria alviverde com a Crefisa. Desde 2015 a empresa de crédito pessoal vem injetando milhões no clube – e já faturou 1 Copa do Brasil, 2 Brasileirões e 1 Libertadores, somente.

E a vitória, aos 54 minutos do segundo tempo, saiu justamente com o dedo do técnico, com apenas 25 jogos no comando. Numa partida amarrada, muito abaixo do esperado para o clássico paulista, Abel Ferreira acionou o atacante Breno Lopes aos 40, no lugar do meia Gabriel Menino. Àquela altura, Willian parecia o mais indicado. Porém, o treinador enxergou o espaço no campo e a chance de atacar em velocidade, surpreendendo uma defesa até então confortável – o jogo teve apenas 14 finalizações, com Palmeiras 8 x 6. E aí valeu a estrela do jogador contratado recentemente ao Juventude, que só tinha um gol pelo clube paulista.

Agora tem dois gols, já entrando na galeria dos mais importantes do clube. Começou num longo lançamento de Rony, ex-Náutico. Até a área, com Breno subindo nas costas de Pará para tocar de cabeça e deslocar o goleiro do peixe, 1 x 0. O gol do bi continental do Palmeiras, um time sem o mesmo brilho do campeão anterior, mas com um desfecho tão emocionante quanto. O gol credenciou o clube mais uma vez à disputa do título mundial. Em 1999, num jogo parelho, parou no Manchester United. Agora, poderá ter o Bayern de Munique pela frente. Pelo futebol no Maraca, precisará jogar muito mais. Porém, a chance está dada e o técnico tem repertório para tentar buscar a taça que falta ao Palestra. Parabéns, Palmeiras!

A campanha do Palmeiras na Libertadores 2020
– 13 jogos; 10V, 2E e 1D; 33 GP e 6 GC (+27)
– No mata-mata, o Verdão tirou Delfín (EQU), Libertad (PAR), River Plate (ARG) e Santos (BRA).
– Histórico em finais; campeão em 1999 e 2020 e vice em 1961, 1968 e 2000

O histórico no Clássico da Saudade
Foi o 331º capítulo do tradicional duelo. Embora mereça o apelido nostálgico, o presente guardou o maior jogo da história – não o melhor. Ao todo, são 139V do Palmeiras, 105V do Santos e 87E.

Torcida no Maracanã? Não devia, mas teve…
A venda de ingressos foi vetada na decisão da Libertadores de 2020. Porém, a soma de convidados dos dois times, de patrocinadores e de gente envolvida na cobertura no Maracanã passou de 5 mil pessoas. Na prática, houve torcida e aglomeração, indo de encontro ao cuidado nesta pandemia, com jogos de portões fechados. Além disso, não fez sentido algum a reunião do público num mesmo setor – o mínimo era espalhá-lo no enorme estádio de 78 mil lugares. Bola fora.

As consequências imediatas do triunfo na Liberta
O título valeu uma premiação de US$ 15 milhões ao Palmeiras, ou R$ 81 milhões! Além da vaga no Mundial de Clubes no Catar, o clube se classificou à Recopa de 2021, contra o Defensa Y Justicia, da Argentina, o campeão da Sula. Indiretamente, também abriu mais uma vaga à Libertadores pelo Brasileirão de 2020. Ou seja, o que era “G6” pode virar até “G8”, dependendo ainda da decisão da Copa do Brasil. Após 32 rodadas, o Ceará é o 8º colocado na Série A – que vai até o dia 24/02.

Nesta final, o Santos desperdiçou a chance de se tornar o maior campeão da Libertadores no Brasil, com o tetra. Já o Palmeiras é o 7º do país a ter mais de um título – abaixo, a lista completa. Vale lembrar que o maior vencedor é o Independiente da Argentina, com 7 títulos.

Ranking de títulos na Libertadores entre os brasileiros até 2020 (entre parênteses, o nº de vices)
1º) 3x – São Paulo (3), Grêmio (2) e Santos (2)
4º) 2x – Palmeiras (3), Cruzeiro (2), Internacional (1) e Flamengo (0)
8º) 1x – Vasco (0), Corinthians (0) e Atlético-MG (0)
11º) 0x – São Caetano (1), Athletico-PR (1) e Fluminense (1)

Ranking de títulos entre países até 2020 (entre parênteses, o nº de vices)
1º) 25x – Argentina (12)
2º) 20x – Brasil (16)
3º) 8x – Uruguai (8)
4º) 3x – Colômbia (7) e Paraguai (5)
6º) 1x – Chile (5) e Equador (3)
8º) 0x – México (3) e Peru (2)


Compartilhe!