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A nova lista da Conmebol conta com 41 clubes brasileiros, ou 15% de todos os times presentes.

A Conmebol reformulou o seu ranking de clubes e passou a considerar tanto o histórico da Taça Libertadores da América, de 1960 a 2020, quanto o da Copa Sul-Americana, de 2002 a 2020. A versão anterior, que durou cinco temporadas, contemplava apenas os dados da Liberta. A mudança é pra lá de interessante, dando peso à Sula, mas também se justifica pela necessidade de utilização da lista anual para a definição dos sorteios nos dois torneios, já a partir de 2021.

Com a mudança, o ranking aumentou bastante, passando de 212 para 273 clubes que participaram ao menos uma vez de uma copa internacional vigente – qualquer uma. E o Nordeste saltou de três, com Bahia, Náutico e Sport, para sete, surgindo também Vitória, Ceará, Santa Cruz e Fortaleza, que participaram apenas do segundo torneio interclubes. Sobre o trio que já estava presente, os novos pontos da Sula resultaram em situações distintas.

O Bahia, com sete presenças na Sula (e nas quartas de 2020), ganhou 57 posições, saltando do 124º para o 67º lugar. Com cinco presenças no torneio, o Sport ganhou 35 posições, subindo do 126º para o 91º. Já o Náutico, que só participou uma vez, em 2013, acabou perdendo 15 posições, caindo do 186º para o 201º. Dos estreantes da região, o Santa largou já em 151º devido à campanha mais recente, em 2016, quando chegou até as oitavas de final.

Nesta atualização, o River Plate segue na liderança sul-americana pelo 4º ano consecutivo, com o arquirrival Boca Juniors em segundo, a mesma situação registrada nas últimas listas. E mais uma vez o millonario aumentou a vantagem sobre os xeneizes, desta vez de 1.386 para 1.920 pontos. O melhor brasileiro segue sendo o Grêmio, mais uma vez fechando o pódio. Agora na condição de atual campeão continental, o Palmeiras subiu da 6ª para a 4ª colocação.

A nova fórmula do ranking de clubes da Conmebol
O ranking contempla histórico e performance recente na Libertadores e na Sul-Americana, além de títulos nacionais, que funcionam como bônus. As campanhas da última década nos dois torneios formam a base da lista, com 100% da pontuação ao primeiro ano, 90% ao segundo e assim sucessivamente, até 10% ao mais antigo. Ultrapassando esse período, a campanha vai para o segundo quesito do regulamento, o “coeficiente histórico”, sem mais depreciações. Ou seja, o título do Palmeiras em 2020 vale 1.000 pontos na Liberta, enquanto o título do Palmeiras em 1999 vale apenas 100. Já o título da Sula vale 600 pontos no primeiro ano. Uma complexidade em busca de uma justiça (?) entre feitos recentes e a história escrita no futebol. Veja o sistema de pontos aqui.

O pódio nordestino no Ranking da Conmebol, ano a ano (e a colocação geral)
2016 – 1º Sport (80º), 2º Bahia (n/d) e 3º Náutico (n/d)
2017 – 1º Sport (100º), 2º Bahia (n/d) e 3º Náutico (n/d)
2018 – 1º Sport (108º), 2º Bahia (127º) e 3º Náutico (178º)
2019 – 1º Sport (121º), 2º Bahia (126º) e 3º Náutico (181º)
2020 – 1º Bahia (124º), 2º Sport (126º) e 3º Náutico (186º)
2021 – 1º Bahia (67º), 2º Sport (91º) e 3º Santa Cruz (151º)

Todos os dez clubes presentes no top ten desta temporada já venceram a Taça Libertadores mais de uma vez. Recordista, o Independiente aparece em 10º. A explicação se deve ao jejum, pois o 7º (e último) título foi em 1984. Ou seja, o hepta entrou como “coeficiente histórico”.

O top 10 da América do Sul em 2021
1º) River Plate (ARG) – 10.652,0 pontos
2º) Boca Juniors (ARG) – 8.731,1 pontos
3º) Grêmio (BRA) – 6.950,8 pontos
4º) Palmeiras (BRA) – 6.629,9 pontos
5º) Nacional (URU) – 5.444,5 pontos
6º) Flamengo (BRA) – 5.140,6 pontos
7º) Atlético Nacional (COL) – 4.833,3 pontos
8º) Peñarol (URU) – 4.632,3 pontos
9º) Santos (BRA) – 4.443,9 pontos
10º) Independiente (ARG) – 4.210,0 pontos

A seguir, os 40 times brasileiros presentes. Entre parênteses, a colocação geral na América.

Do 1º ao 10º do Brasil
1º) Grêmio (3º) – 6.950,8 pontos
2º) Palmeiras (4º) – 6.629,9 pontos
3º) Flamengo (6º) – 5.140,6 pontos
4º) Santos (9º) – 4.443,9 pontos
5º) São Paulo (13º) – 3.622,4 pontos
6º) Cruzeiro (16º) – 3.286,3 pontos
7º) Internacional (18º) – 3.208,8 pontos
8º) Atlético-MG (19º) – 3.197,7 pontos
9º) Corinthians (23º) – 2.845,3 pontos
10º) Athletico-PR (24º) – 2.791,1 pontos

Do 11º ao 20º do Brasil
11º) Fluminense (39º) – 1.716,6 pontos
12º) Chapecoense (48º) – 1.102,7 pontos
13º) Botafogo (49º) – 1.080,6 pontos
14º) Vasco (57º) – 907,6 pontos
15º) Bahia (67º) – 636,4 pontos
16º) Ponte Preta (87º) – 345,9 pontos
17º) Sport (91º) – 315,4 pontos
18º) São Caetano (104º) – 228,0 pontos
19º) Coritiba (105º) – 224,2 pontos
20º) Goiás (113º) – 182,5 pontos

Do 21º ao 30º do Brasil
21º) Guarani (123º) – 138,0 pontos
22º) Criciúma (146º) – 66,5 pontos
23º) Santa Cruz (151º) – 64,8 pontos
24º) Vitória (167º) – 49,5 pontos
25º) Paysandu (168º) – 48,0 pontos
26º) Brasília (175º) – 42,0 pontos
27º) Paraná (186º) – 28,0 pontos
28º) Santo André (189º) – 24,0 pontos
29º) Atlético-GO (199º) – 21,6 pontos
30º) Náutico (201º) – 20,5 pontos

Do 31º ao 40º do Brasil
31º) Juventude (202º) – 20,0 pontos
31º) Paulista (202º) – 20,0 pontos
33º) Fortaleza (217º) – 15,0 pontos
34º) Figueirense (229º) – 12,0 pontos
35º) Cuiabá (241º) – 9,0 pontos
36º) Bangu (242º) – 8,0 pontos
37º) Joinville (246º) – 7,5 pontos
38º) Avaí (248º) – 7,2 pontos
39º) Portuguesa (251º) – 4,5 pontos
40º) Ceará (262º) – 1,5 ponto

A partir do 41º lugar no Brasil
41º) Grêmio Barueri (264º) – 0 ponto (só participou)

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