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O estudo mostra a variação dos segmentos. Mais empresas de saúde e casas de aposta.

O Ibope-Repucom divulgou um interessante levantamento com todos os patrocínios estampados nos vinte clubes que disputaram o Brasileirão de 2020. O cenário inclui as marcas presentes em oito espaços distintos dos uniformes (master, costas, frente superior, barra traseira, mangas, numeração, calção e meiões), além das fornecedoras de material esportivo. Além da 1ª divisão, incluindo Bahia, Ceará, Fortaleza e Sport, o estudo também analisou o Cruzeiro, pela relevância.

Considerando toda a disputa da Série A, de agosto de 2020 até fevereiro de 2021, os 20 clubes estamparam 145 patrocinadores diferentes – uma a mais que 2019. Ou seja, segue a média de 7 marcas por time. Mesmo com o enorme impacto socioeconômico da pandemia, os clubes conseguiram um índice de retenção de 49% sobre os patrocinadores de 2019 para 2020.

Sobre os anúncios, o cenário geral mudou bastante, com os clubes buscando a diversificação nas camisas em vez de parceiros únicos, concentrando as receitas – exceção feita ao Palmeiras, através da Crefisa, com cerca de R$ 100 milhões/ano. Se em 2018, por exemplo, só a Caixa Econômica Federal estampou a camisa de 12 clubes, agora a marca mais presente foi a da Unimed, em metade disso. A saída da Caixa, aliás, impactou no número de empresas públicas. Com a redução, restaram apenas cinco contratos: Banrisul (Grêmio e Inter), Banco de Brasília (Flamengo) e Governo do Ceará e Prefeitura de Fortaleza, ambos com o Ceará.

Nº de marcas patrocinadoras na Série A (20 clubes)
2017 – 87 marcas (média de 4,35 por clube)
2018 – 111 marcas (média de 5,55), com 60% de permanência
2019 – 144 macas (média de 7,20), com 40% de permanência
2020 – 145 marcas (média de 7,25), com 49% de permanência

O clube com mais marcas expostas ao longo do último Brasileirão foi o Fortaleza, com 22, seguido pelo Corinthians, com 17. O leão do pici já havia liderado este quesito em 2019, com 21 marcas – na ocasião, o Vasco ficou em segundo, com 16. Considerando todas as propriedades possíveis nas camisas, o “segmento” mais recorrente no campeonato foi o “imobiliário, construção e acabamento”, com 25 marcas únicas, num aumento de 56%.

Outrora líder, o segmento financeiro ficou na vice-liderança, com com 20 marcas diferentes, numa queda de 13% sobre a edição anterior – porém, ainda segue na liderança levando em conta só o “patrocínio máster” da camisa, com 11 clubes. Como o frisa o estudo, “no contexto de uma pandemia, o setor de serviços de saúde foi o terceiro em volume de marcas”. O aumento foi de 90%, o maior entre os setores, chegando 17 marcas únicas, entre laboratórios, planos de saúde, clínicas e farmácias. Lembrando que os jogos não tiveram público, devido ao distanciamento social em combate à Covid-19, com a exposição restrita à transmissão na TV.

Já em relação aos patrocínios pontuais houve uma queda de 38 marcas em 2019 para 23 em 2020. Ao todo, 12 clubes contaram com algum acordo para um jogo específico, com o Fortaleza sendo o ponteiro, com cinco contratos pontuais – o Ceará teve três e o Bahia um. Do Nordeste, só o Sport não firmou acordo do tipo, de acordo com a pesquisa do Ibope.

Nº de patrocínios na Série A de 2020 por segmento
1º) 26x – Imobiliário, Construção e Acabamento
2º) 20x – Financeiro
3º) 17x – Serviços de Saúde
4º) 13x – Alimentação
5º) 11x – Apostas esportivas
6º) 6x – Varejo e Turismo

Sobre as fabricantes de material esportivo, segue a evolução das marcas próprias na elite do futebol nacional. Em 2018 o Bahia foi o único clube com este modelo de negócio, através da Esquadrão. Subiu para quatro clubes em 2019 e seis em 2020. Agora, além do tricolor de Salvador, entraram na conta Atlético-GO, Ceará, Coritiba, Fortaleza e Goiás. Sobre as marcas tradicionais no mercado, a Umbro segue liderando, com 5 clubes – incluindo o Sport.

Legenda sobre os quadros abaixo
Verde: patrocínio atual do time
Azul: Propriedade anterior do patrocínio atual
Amarelo: Patrocínio pontual
Vermelho: Encerrou o contrato durante a temporada 2020

A seguir, os 21 clubes no estudo, em três blocos por ordem alfabética (à parte do Cruzeiro, que estava na Série B).


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