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Yan e Guilherme comemoram o gol aos 37/2T. Foto: Anderson Stevens/Sport Recife.

O Sport terminou o primeiro turno da Série B da mesma forma que começou, com um empate na Ilha do Retiro. Ao longo de 19 rodadas foi a constante do rubro-negro, com o placar igualado em dez (!) oportunidades. Como foi o time que menos que perdeu, conseguiu encerrar no G4. Entretanto, na minha visão, a campanha não agradou. A falta de poder de decisão custou (vários) pontos preciosos, como foi no confronto direto contra o Atlético-GO, que segue uma posição acima (3º x 4º).

Foram dois tempos de futebol completamente distinto, para ambos os times. Na primeira metade, domínio absoluto do Atlético, com 11 x 5 no scout de finalizações (e um gol através de Mike, o seu 8º). Na segunda metade, domínio absoluto do Sport, com 20 x 4 no mesmo comparativo (e um gol através de Guilherme, o seu 7º, após belíssimo passe de Yan).

O comportamento da torcida também deixou isso claro, com vaias antes do intervalo, diante de um futebol passivo, sem ideia alguma de jogo para superar o 4-4-2 do adversário. Ao fim da partida, com o apito final aos 52 minutos, com inúmeras chances desperdiçadas para tentar virada, o público reconheceu a melhora e aplaudiu o time rubro-negro. Mesmo com o tropeço – dos dez empates, foram seis em casa, algo distante de um objetivo de acesso à elite.

Qual o motivo de tanta diferença? Para começar, era preciso ter um meio-campo produtivo. O visitante teve, com Jorginho. No Sport, Juninho, que vem sendo improvisado por ali, passou 40 minutos sumido, até ser substituído por Leandrinho. Costumeiramente, este não parece ter gás para o jogo inteiro, mas a partir daquele momento conseguiu segurar a onda e, sobretudo, conseguiu dar prosseguimento às jogadas, de forma incisiva. O início do 2T foi uma inversão de jogo que surpreendeu o Atlético, bem armado até então. Solto em campo, passou a ficar retraído, até segurar o empate graças ao goleiro Kozlinski.

Escalação do Sport (melhores: 1 Guilherme, 2 Leandrinho; piores: 1 Juninho, 2 Elton, 3 Norberto)
Mailson; Norberto, Thyere, Adryelson e Prata; Marcão (Yan, 26/2T), Charles e Juninho (Leandrinho, 40/1T); Ezequiel, Brocador (Elton, 24/1T) e Guilherme. Técnico: Guto Ferreira

Escalação do Atlético-GO (melhores: Jorginho; pior: Nathan)
Maurício Kozlinski; Jonathan, Oliveira, Gilvan e Nicolas; Moacir, André Castro (Nathan, 29/2T) e Jorginho; Reginaldo (Pedroso, 25/2T), Pedro Raul (Bambu, 36/2T) e Mike. Técnico: Wagner Lopes

O histórico do Sport no 1º turno da Série B (pontos corridos)
2006 – 30 pontos, 8V, 6E e 5D; 3º lugar (+34 no returno; 2º)
2010 – 27 pontos, 7V, 6E e 6D; 11º lugar (+29 no returno; 6º)
2011 – 29 pontos, 8V, 5E e 6D; 5º lugar (+32 no returno; 4º)
2013 – 31 pontos, 10v, 1E e 8D; 4º lugar (+32 no returno; 3º)
2019 – 31 pontos, 7V, 10E e 2D; 4º lugar

A pontuação em 2019 igualou a melhor marca do Sport em cinco participações na Série B. Porém, ficou abaixo de 2013 pelo nº de vitórias. Nos três acessos, pontuou mais no returno. E agora?

Os publico do Sport como mandante no 1º turno (4V e 6E)
1º) 18.403 – Sport 1 x 1 Guarani (Arena PE, 29/07)
2º) 15.370 – Sport 3 x 0 Botafogo-SP (Arena PE, 17/08)
3º) 15.179 – Sport 3 x 1 Vitória (Ilha, 08/06)
4º) 14.152 – Sport 1 x 1 Coritiba (Arena PE, 01/08)
5º) 13.375 – Sport 1 x 1 Atlético-GO (Ilha, 27/08)
6º) 12.323 – Sport 1 x 0 CRB (Ilha, 11/06)
7º) 12.028 – Sport 3 x 2 Londrina (Ilha, 24/05)
8º) 9.362 – Sport 0 x 0 Brasil (Ilha, 22/07)
9º) 8.166 – Sport 0 x 0 Figueirense (Ilha, 11/05)
10º) 6.492 – Sport 1 x 1 Oeste (Ilha, 26/04)

O Sport fez dez jogos como mandante neste turno. Ao todo, levou 124.850 pessoas, sendo 76.925 na Ilha, em 7 partidas, e 47.925 na Arena, em 3. Na média, 10.989 e 15.975, respectivamente. Pois é.

Histórico geral de Sport x Atlético-GO (todos os mandos)
8 jogos
3 vitórias rubro-negras (37,5%)
3 empates (37,5%)
2 vitórias goianas (25,0%)

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Celso Ishigami e Fred Figueiroa):

No primeiro tempo, o visitante sobrou em campo. Foto: Atlético-GO/twitter.


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