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A final no Maracanã será em 30/01 (17h), mas sem público devido ao cuidado na pandemia.

A primeira “final única” da Taça Libertadores da América a ser realizada no Rio de Janeiro será 100% paulista. Palmeiras e Santos passaram em semifinais duríssimas contra River Plate e Boca Juniors e alcançaram, cada um, a 5ª final na competição. O verdão tomou um susto daqueles, mas a derrota por 2 x 0 em casa não tirou a vaga, devido ao 3 x 0 sobre o Millonario lá na Argentina – valeu a análise minuciosa do VAR em três lances capitais em SP. Já o peixe segurou o empate sem gols na Bombonera e atropelou na Vila Belmiro, 3 x 0. Foi apenas a 4 eliminação do Boca em 21 mata-matas contra brasileiros. Duas contra o Santos – a anterior havia sido na final de 1963.

Na história, esta é a 4ª final entre times do mesmo país, sendo a 3ª entre brasileiros – saiba mais abaixo. E a decisão de 2020 é um tanto curiosa em relação ao momento administrativo dos dois rivais. Se o alviverde chega ao ponto alto da parceria com a Crefisa, que já rendeu dois títulos da Série A e um da Copa do Brasil, o alvinegro sofrer até ameaça de punição da Fifa pelo atraso numa negociação, fora a debandada de atletas após a saída de Sampaoli.

Mesmo num cenário adverso, a capacidade de remontagem do Santos impressiona. Assim, a enorme tradição e o futebol acima da média de Marinho o levaram à disputa pelo tetra, que seria um feito inédito no Brasil – o clube divide o tri com São Paulo e Grêmio. Quanto ao multimilionário da metrópole, passado o susto na semi, uma nova decisão de Liberta após vinte anos. Neste hiato, chegou a frequentar a Série B duas vezes. Mas se refez, de forma literal em relação ao seu estádio, e é, hoje, um dos clubes mais poderosos do país.

Até hoje, à parte de finais no Campeonato Paulista, o maior duelo entre palmeirenses e santistas havia sido na decisão da Copa do Brasil de 20215, quando Palmeiras obteve o seu primeiro título jogando no Allianz Parque. A tradição do clássico, porém, remete aos timaços dos anos 60 (Santos de Pelé e Palmeiras de Ademir da Guia). Assim, o confronto foi batizado de “Clássico da Saudade”. Embora mereça o apelido, é o presente que guarda o maior jogo de uma história já com 330 partidas – 138V do Palmeiras, 105V do Santos e 87E. Nada menos que o título de campeão da Libertadores no maior palco do futebol mundial…

O Maracanã receberá a segunda “final única” do torneio. O desfecho de 2019, em Lima, foi incrível, com o Fla virando no finzinho sobre o River, melhor no jogo todo. E agora, há favorito neste jogaço?

Palmeiras – 12 jogos; 9V, 2E e 1D; 32 GP e 6 GC (+26)
No mata-mata, o Verdão tirou Delfín (EQU), Libertad (PAR) e River Plate (ARG).
5 finais; campeão em 1999 e vice em 1961, 1968 e 2000

Santos – 12 jogos; 8V, 3E e 1D; 20 GP e 9 GC (+11)
No mata-mata, o Peixe tirou LDU (EQU), Grêmio (BRA) e Boca Juniors (ARG).
5 finais; campeão em 1962, 1963 e 2011 e vice em 2003

As finais caseiras na Libertadores
Até a década de 1990 a regra impedia que clubes de um mesmo país disputassem o título. Com a revogação da “barreira”, os dois principais filiados da Conmebol, BRA e ARG, ensaiaram várias finais na Liberta. A primeira veio em 2005, com o São Paulo vencendo o Athletico-PR – na época, “Atlético-PR”. Em 2006 o Inter obteve o seu 1º título sobre o então campeão São Paulo. Já os argentinos viram o seu primeiro exemplo logo com o superclássico entre Boca e River. Porém, devido à baderna, o jogo de volta de 2018 acabou sendo retirado da Argentina. Aconteceu no Santiago Bernabéu, em Madrid! E o time de Gallardo venceu por 3 x 1. Agora, valendo por 2020, nomes como Marinho, Rony, Soteldo, Luiz Adriano, Kaio Jorge e Scarpa se apresentam para o 4º capítulo “caseiro”…

Nº de finais na Libertadores entre os brasileiros até 2020 (entre parênteses, os títulos)
1º) 6x – São Paulo (3)
2º) 5x – Grêmio (3), Santos (3) e Palmeiras (1)
5º) 4x – Cruzeiro (2)
6º) 3x – Internacional (2)
7º) 2x – Flamengo (2)
8º) 1x – Vasco (1), Corinthians (1), Atlético-MG (1), São Caetano (0), Athletico-PR (0) e Fluminense (0)

Ranking de títulos entre países até 2020 (entre parênteses, o número de vices)
1º) 25x – Argentina (12)
2º) 20x – Brasil (16)
3º) 8x – Uruguai (8)
4º) 3x – Colômbia (7) e Paraguai (5)
6º) 1x – Chile (5) e Equador (3)
8º) 0x – México (3) e Peru (2)

Pitaco para o campeão de 2020: Santos.

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