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Conselho técnico do Pernambucano 2023

O conselho técnico da 109ª edição do Estadual ocorreu na sede da FPF. Foto: Rafael Vieira/FPF.

Embora seja algo natural em todas as competições nos âmbitos regional, nacional e internacional, o Campeonato Pernambucano não oferecia uma premiação oficial em dinheiro desde 2014. Desde então, apenas vagas no Nordestão, na Série D e na Copa do Brasil. Na última vez que houve essa benesse, pagou R$ 400 mil ao campeão (Sport) e R$ 100 mil ao vice (Náutico). Em 2023, o valor definido pela FPF é de R$ 1 milhão. Porém, seja qual for a colocação final, a verba será a mesma. Por decisão unânime dos clubes, haverá divisão igualitária entre os 12 participantes. Ou seja, cerca de R$ 83 mil, além da cota da televisão, esta diferenciada.

Esse aporte extra foi anunciado durante o conselho arbitral da próxima competição, que terá dois participantes a mais em relação a 2022. Com isso, o campeão fará de 14 a 15 jogos, até dois a mais que na edição passada, vencida pelo timbu. Será uma campanha mais extensa que a de outros estaduais importantes no NE, como o Cearense (de 9 a 11) e o Baiano (13).

O valor negociado como “premiação oficial” vem dos contratos firmados para o Pernambucano de 2023, mesmo com a má fase dos clubes locais. Além da renovação pontual com a Rede Globo, adiantada pelo blog, o torneio também será exibido em streaming pela DAZN, a plataforma responsável pela transmissão das últimas quatro temporadas da Série C e cuja mensalidade custa R$ 19,90. Neste caso, é um anúncio bem surpreendente, uma vez que o Premiere vinha dominando o pay-per-view no estado desde 2011. Além disso ainda há o naming rights, que segue com a casa de apostas Betsson.

A origem da maior fatia da cota

O apoio de Náutico, Santa Cruz e Sport às verbas iguais nesta retomada da premiação oficial, após nove anos, vem do fato de que também há o novo contrato de transmissão assinado junto à Globo Nordeste. No último, válido entre 2019 e 2022, cada grande clube recebeu R$ 1,25 milhão por edição, somando cota e luva, enquanto cada time intermediário ganhou cerca de R$ 140 mil. No novo acordo, valendo apenas para 2023, a emissora só comprou os direitos na tevê aberta, abrindo mão da tevê fechada (SporTV) e do PPV (Premiere). Assim, o investimento da Globo no Estadual, previsto para 7 de janeiro, deve ser um pouco menor.

Sobre o regulamento, a ampliação das datas deixou o calendário local ainda mais apertado. Afinal, a disputa é simultânea à Copa do Nordeste, que vai de 8 datas, aos eliminados na 1ª fase, até 12 datas, aos finalistas. Isso foi a consequência da ampliação da Série A2 de 2022, com quatro vagas de acesso, que fez o número de participantes passar de 14 para 25. Coincidência ou não, num ano de eleição presidencial na FPF. Ao menos o presidente da entidade, Evandro Carvalho, falou que o Pernambucano de 2024 terá no máximo 12 datas – ou seja, terá outra fórmula. E em 2025, dando continuidade à reforma do calendário nacional, serão no máximo 10 datas no PE, com 8 clubes. A conferir.

Fórmula de disputa do Pernambucano 2023

1ª FASE – Fase classificatória, com os 12 clubes se enfrentando em turno único. Os seis melhores colocados da A1 de 2022 jogarão seis vezes em casa e cinco fora – no caso, Náutico, Retrô, Santa, Salgueiro, Sport, Caruaru City. Os outros seis vão jogar cinco vezes em casa e cinco fora – no caso, Afogados, Íbis e os quatro oriundos da A2, ainda em disputa. Os dois melhores colocados avançam diretamente para a semifinal da competição, com o líder da fase garantindo também uma das três vagas do estado na Copa do Brasil de 2023. Os clubes que acabarem entre 3º e 6º vão para as quartas de de final. Já o rebaixamento será direto na 1ª fase, com os quatro últimos colocados. Ou seja, sem repescagem, hexagonal do rebaixamento etc.

2ª FASE – Quartas de final, com apenas dois confrontos: 3º x 6º e 4º x 5. Esta etapa será disputada em jogo único, com mando de campo para o melhor colocado na fase anterior. Em caso de empate nos 90 minutos, pênaltis.

3ª FASE – Semifinal, com 1º x 4º/5º e 2º x 3º/6º. Esta fase eliminatória também será em jogo único, repetindo os critérios da fase anterior, tanto sobre mando quanto desempate.

4ª FASE – Final, a única disputa em dois jogos. Mas não necessariamente em “ida e volta”. Isso porque, nesta fase, o local dos jogos será definido pela FPF, o que parece indicar desde já a escolha da Arena Pernambuco. Os dois finalistas têm vaga assegurada na Copa do Brasil de 2023. Caso um dos times tenha sido o líder na fase classificatória, a 3ª vaga na copa nacional ficará com o vice-líder do turno. Caso os dois times tenham ficados nas duas primeiras posições iniciais, irá para o 3º colocado no turno.

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