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Time do Petrolina no Pernambucano 2023

O Petrolina ficou em 3º lugar no PE 2023, a sua melhor campanha. Foto: Ayrton Latapiat/FPF.

A surpreendente eliminação do Retrô acabou com as chances de participação do Santa Cruz na Série D de 2024. O tricolor dependia do acesso do clube-empresa de Camaragibe à Série C para herdar a vaga na D. Com isso, o perfil do Petrolina voltou a ser abordado por torcedores corais com o pedido de cessão da vaga, já que o clube sertanejo será o segundo representante local na próxima edição da 4ª divisão do Campeonato Brasileiro.

No Instagram, o perfil oficial do Petrolina, que tem 28 mil seguidores, respondeu a alguns torcedores e rechaçou a possibilidade. A resposta mais extensa foi esta: “Mesmo com todo respeito que temos ao Santa Cruz, isso nunca será possível! O que conquistamos em campo será honrado! Por nós, pelos nossos colaboradores, pela nossa torcida e pela nossa cidade”. Abaixo, a publicação mais recente do clube, com os pedidos e as respostas.

Abrir mão da vaga na Série D não seria uma novidade em PE. Inclusive aconteceu duas vezes recentemente. Em 2021, mesmo na condição de campeão pernambucano em 2020, o Salgueiro acabou abdicando, alegando problemas financeiros devido à pandemia da Covid-19. O Central era o time seguinte na “fila”, através da classificação do Estadual, e topou participar. Em 2022 foi ainda mais curioso. O Salgueiro desistiu de novo e o Vera Cruz, que acabou em 6º, também não quis. Assim, o Retrô, o 7º lugar entre dez times, aceitou.

Cotas já garantem mais de R$ 1 milhão

Entretanto, o cenário para 2024 é bem diferente. Pela retomada econômica, com público liberado e cotas maiores, e sobretudo porque o Petrolina obteve a vaga na Copa do Brasil. Com isso, já há a garantia que a Fera Sertaneja terá uma receita maior. Na verdade, será a maior de sua história, com folga. Considerando os valores das cotas de 2023, o Petrolina receberá pelo menos R$ 1,17 milhão pelas três competições asseguradas em 2024.

Esse número corresponde apenas às cotas da primeira fase, sendo R$ 750 mil na Copa do Brasil, R$ 300 mil na Série D e R$ 120 mil no Pernambucano – na copa nacional, por exemplo, uma possível a classificação à segunda fase valeria mais R$ 900 mil. No último balanço financeiro divulgado no site da FPF, a receita total da Fera foi de R$ 179 mil, incluindo patrocínios e bilheteria. Logo, não faz sentido que o clube não tenha condições de competir no Brasileirão de 2024, que deve demandar 14 jogos em sua fase inicial.

Busca por parcerias no futebol cearense

No Petrolina, então, essa dúvida não existe, como já havia declarado o presidente do clube, Jeferson Oliveira, após a eliminação do Santa na 1ª fase do BR. Agora, consumada a ausência coral, o tema voltou. Nesse período, entre 23 julho e 20 de agosto, o clube do Sertão do São Francisco na verdade já começou a se organizar para a próxima temporada, incluindo uma viagem da direção ao Ceará. A comitiva passou em Juazeiro do Norte, com a visita na Arena Romeirão, visando uma futura qualificação do Estádio Municipal Paulo Coelho, e na capital do estado, buscando parcerias de intercâmbio com Ceará e Fortaleza.

Vale lembrar que a Fera Sertaneja só disputou a Série D uma vez, em 2012. Num formato diferente, com grupos de cinco clubes, o time foi o lanterna da chave A3, com 0V, 3E e 5D. Doze anos depois, chegará com uma capacidade econômica bem maior.

As 40 campanhas de Pernambuco na Série D até 2024

2009 (2 times) – Central (12º lugar) e Santa Cruz (28º)
2010 (2 times) – Santa Cruz (14º) e Central (32º)
2011 (2 times) – Santa Cruz (2º; acesso) e Porto (38º)
2012 (2 times) – Ypiranga (28º), Petrolina (39º)
2013 (3 times) – Salgueiro (4º; acesso), Central (14º) e Ypiranga (23º)
2014 (2 times) – Central (16º) e Porto (18º)
2015 (2 times) – Central (14º) e Serra Talhada (25º)
2016 (3 times) – América (26º), Central (36º) e Serra Talhada (67º)
2017 (3 times) – América (46º), Atlético (47º) e Central (48º)
2018 (3 times) – Central (45º), Belo Jardim (59º) e Flamengo (57º)
2019 (4 times) – América (24º), Central (26º), Salgueiro (30º) e Vitória (67º)
2020 (3 times) – Salgueiro (11º), Central (35º) e Afogados (48º)
2021 (2 times) – Retrô (32º) e Central (46º)
2022 (3 times) – Santa Cruz (16º), Retrô (17º) e Afogados (26º)
2023 (2 times) – Retrô (10º) e Santa Cruz (35º)
2024 (2 times) – Retrô (a disputar) e Petrolina (a disputar)

Nº de participações pernambucanas na Série D

1º) 11 vezes – Central
2º) 5 vezes – Santa Cruz
3º) 4 vezes – Retrô
4º) 3 vezes – América e Salgueiro
6º) 2 vezes – Afogados, Petrolina, Porto, Serra Talhada e Ypiranga
11º) 1 vez – Atlético, Belo Jardim, Flamengo de Arcoverde e Vitória
* Ao todo, 40 participações envolvendo 14 clubes diferentes entre 2009 e 2024

Eis a publicação mais recente do Petrolina, com os pedidos pela vaga nos comentários.


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