Pelo quarto ano consecutivo, a CBF detalhou os jogadores profissionais em atividade no país, através da diretoria de registro e transferências. Em 2018, de 1º de janeiro a 31 de dezembro, 22.177 jogadores de futebol, incluindo 63 gringos, firmaram algum tipo de acordo no país. Em relação à última temporada, porém, foram 2.664 contratos a menos, numa queda de 10%.
Como de praxe, a grande maioria entrou em campo basicamente nos quatro primeiros meses, durante a disputa dos 26 campeonatos estaduais – a exceção é o Amapá, que começa no segundo semestre. Segundo a entidade, apenas 7.048 atletas chegaram até janeiro de 2019 com contratos ativos – logo, isso representa 31,7% do total de profissionais, expondo uma grande parcela de desempregos nesta atividade.
Talvez isso explique a profusão de contratos não profissionais, saltando de 26 mil para 38 mil vínculos registrados, com uma forte evidência de “informalidade” na categoria. Em 2018, a diferença entre profissionais e amadores foi de 16.132 – em 2017 o hiato era de 2.033. Este novo relatório ainda traz duas novidades (bem curiosas), com o número de certidões de aposentadoria no futebol (947) e o número de contratos de treinadores (uma nova exigência), com 477 profissionais registrados.
Ao todo, foram 16 mil transferências nacionais, entre empréstimos, vendas de diretos econômicos e jogadores livres no mercado da bola. Na primeira versão deste relatório, o balanço tinha três pilares (registro, transferências e salários). Nos últimos três balanços, porém, a confederação não divulgou a divisão de salários dos atletas. No quadro pioneiro, 82% dos atletas recebiam até R$ 1 mil e 95% no máximo R$ 5 mil. Ou seja, a dura realidade comum. Salários acima de R$ 100 mil? Eram apenas 114 no futebol brasileiro.
Segundo o novo balanço, de janeiro a dezembro vigoraram contratos envolvendo 742 clubes profissionais – no viés pernambucano, 26 times disputaram competições oficiais na temporada, a partir das Séries A1 e A2. Além disso, o levantamento da entidade também inclui os clubes amadores, adicionando 385. Nos anos anteriores, a entidade também divulgou o número de clubes formadores, ou seja, com o certificado da entidade assegurar direitos sobre a formação de atletas (a partir do cumprimento de exigências). Embora não tenha listado este dado, durante o ano a confederação emitiu uma nota com 45 clubes formadores, incluindo 5 no Nordeste (Sport, Porto de Caruaru, Bahia, Vitória e Ceará). A seguir, a evolução de clubes filiados à CBF.
Entre as milhares de transferências nacionais, apenas 62 ocorreram via compensação financeira, totalizando R$ 115.075.420 – o Sport, por exemplo, vendeu Diego Souza, André e Everton Felipe, somando mais de R$ 20 milhões. Já no âmbito internacional, apesar de a CBF não ter listado o quadro um primeiro momento, a Fifa informou, através do relatório “Global Transfer Market Report”, que foram 832 saídas – o maior dado entre todos os países. Isso já representa mais de R$ 1,44 bilhão! No Nordeste, a maior transação para o exterior foi realizada pelo Ceará, que vendeu Richardson ao Kashiwa Reysol, do Japão, por R$ 5 mi. No sentido inverso foram 677 nomes, com um aumento de 150 jogadores em relação ao ano anterior.
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