O projeto do estádio vem sendo desenvolvido pelo clube há pelo menos dois anos.
O Retrô está finalizando o projeto para a construção de um estádio com capacidade para 12 mil pessoas. Desde a sua profissionalização, em 2019, o clube-empresa vem mandando os seus jogos na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Entretanto, a ideia sempre foi a de ter a sua própria casa. O empreendimento está orçado entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.
Num primeiro olhar, é um valor considerável para um clube fundado há pouco tempo, mas, na prática, é bem inferior ao investimento feito na construção do Centro de Treinamento em Aldeia. O CT, que já recebeu a Seleção Brasileira Sub 18, custou cerca de R$ 35 milhões. Portanto, o potencial econômico da fênix indica a realização de fato. Só que esse plano não corre numa só direção.
Planos paralelos para o futuro mando
Em relação ao futuro estádio, a ideia original é erguê-lo em Camaragibe, o município onde está sediado o atual vice-campeão pernambucano. Observando a única imagem vazada até o momento, com uma folha do projeto executivo, o estádio ficaria no Km 8 da Estrada de Aldeia, próximo ao CT. Além de Camaragibe, o clube já conversou com outras prefeituras nas proximidades da Região Metropolitana do Recife, seguindo, até o momento, sem uma definição quanto à localização. Há o conceito do campo, falta escolher o terreno.
E além disso, mas tão importante quanto, a fênix também visa uma outra possibilidade no “mercado”. De acordo com o diretor do clube, Gustavo Jordão, o mando de campo vem sendo articulado de forma paralela para uma mudança para Olinda. No caso, numa parceria com a prefeitura para a utilização do Grito da República, que, apesar da inauguração em 2016, segue vetado para jogos oficiais com público. Em 2022, via emenda parlamentar, foi captado um aporte de R$ 300 mil para obras de requalificação no estádio olindense. Com isso, o recém-criado Santa Fé, hoje na Série A2 do Estadual, também quer mandar os seus jogos por lá.
5º maior estádio particular de PE
Em termos de capacidade, o Grito da República tem um porte semelhante ao projeto do Retrô, com 15 mil x 12 mil – num comparativo de população, Olinda 393 mil x 159 mil Camaragibe. Ainda que Olinda seja o “Plano A”, o projeto do estádio é tocado, na prática, como prioridade, sendo costurado há mais tempo. Caso saia do papel, seria o 9º maior estádio do futebol pernambucano, sendo o 5º maior entre os particulares – veja o ranking abaixo. Neste quesito, considerando a capacidade máxima, sem reduções por segurança através dos Bombeiros ou da PM, só ficaria abaixo do trio de ferro e do Luiz Lacerda, que pertence ao Central.
No papel, a capacidade máxima dos estádios de Pernambuco (sem restrições; +10 mil)
1º) 60.044 – Arruda (Recife)
2º) 45.500 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
3º) 32.983 – Ilha do Retiro (Recife)
4º) 22.856 – Aflitos (Recife)
5º) 19.478 – Lacerdão (Caruaru)
6º) 15.000 – Grito da República (Olinda)*
7º) 12.500 – Ademir Cunha (Paulista)
8º) 12.070 – Cornélio de Barros (Salgueiro)
9º) 12.000 – Estádio do Retrô (projeto)
10º) 10.000 – Gigante do Agreste (Garanhuns)
* Ainda sem autorização para jogos com público
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