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O meia Chiquinho chegou a 5 gols no BR, sendo o artilheiro coral. Foto: Rafael Melo/Santa Cruz

O Santa Cruz terminou a 1ª fase da Série C mostrando uma construção ofensiva superior aos dois jogos anteriores, nos quais acabou derrotado. Nessas três partidas, o cenário era o mesmo para o time, sem qualquer aspiração nesta etapa, com a liderança do Grupo A já assegurada. Restava manter o foco, a técnica alinhada ao volume de jogo. Nos 90 minutos, o time pernambucano conseguiu isso, ao menos no ataque, com 11 finalizações certas contra 6 do visitante cearense. Porém, há o alerta no viés defensivo – tomou 6 gols nos 3 jogos de “relaxamento”.

Sobre a última partida em si, no Arruda, com o Santa classificado e o Ferroviário já sem risco de queda, o segundo tempo foi bem animado, com seis gols. No primeiro o Santa até foi mais organizado, mas numa rotação abaixo. E, curiosamente, essa rotação só aumentou depois da vantagem do Ferrão, que chegou a fazer 2 x 0, através do centroavante Willian Lira, o artilheiro da terceirona com 11 gols. O segundo tento, aos 14 minutos, elevou a irritação de Martelotte, que via ali o time ser derrotado pela 3ª vez seguida, numa virada de chave fora de hora.

No entanto, a reação foi rápida, com virada em 15 minutos. O time nem forçou tanto para isso, mas uma imposição técnica, numa Série C, costuma encontrar brechas nos adversários – como um goleiro de rendimento abaixo, caso de Nicolas, no Arruda. A vitória, que poderia ter rendido a melhor campanha da história da 1ª fase, só foi evitada nos minutos finais, com o atacante Junior Batista definindo o 3 x 3, justo pelo que também fez o Ferroviário, mesmo num amistoso de luxo como este na 18ª rodada. Assim, o Santa termina a fase classificatória com 37 pontos, a 3ª melhor campanha da história – e a melhor de Pernambuco nesta divisão.

Agora, restam seis jogos visando o acesso. O quadrangular será formado após a definição do Grupo B. Contudo, o tricolor já tem o seu primeiro rival: o Vila Nova, que ficou em 3º do A.

A cronologia dos gols no 2º tempo
08 – Santa Cruz 0 x 1 Ferroviário – Willian Lira de pênalti
14 – Santa Cruz 0 x 2 Ferroviário – Willian Lira concluindo um cruzamento
17 – Santa Cruz 1 x 2 Ferroviário – Célio Santos diminuiu de cabeça
21 – Santa Cruz 2 x 2 Ferroviário – Caio Mancha, de peixinho, empatou o jogo
30 – Santa Cruz 3 x 2 Ferroviário – Chiquinho virou marcando de joelho
39 – Santa Cruz 3 x 3 Ferroviário – Júnior Batista empatou num rebote dele mesmo

As 4 melhores campanhas na 1ª fase da Série C (2012-2020; 18 jogos)
1º) 39 pontos – Fortaleza, 2012 (11V, 6E e 1D)
2º) 38 pontos – Guarani, 2016 (11V, 5E e 2D)*
3º) 37 pontos – Santa Cruz, 2020 (11V, 4E e 3D)
4º) 36 pontos – Fortaleza, 2015 (10V, 6E e 2D)
* Conseguiu o acesso no mata-mata

Santa Cruz em 18 rodadas na Série C de 2020
Mandante (9 jogos, 20 pts e 74.0%): 6V, 2E e 1D
Visitante (9 jogos, 17 pts e 62.9%): 5V, 2E e 2D

Escalação do Santa Cruz (melhores: Chiquinho e Didira; pior: Augusto Potiguar)
Maycon Cleiton; Augusto Potiguar, Célio Santos, William Alves e Perí; André, Paulinho (Tinga), Didira e Chiquinho; Jáderson (Mayco Félix) e Caio Mancha (Kleiton). Treinador: Marcelo Martelotte

Escalação do Ferroviário (melhores: Willian Lira e André; pior: Nicolas)
Nicolas, Mathaus, Vitão, William Machado, Madson (Marcelo Amaral); Diego Lorenzi, Hulk (David), André Mensalão (Júnior Batista), Esquerdinha (Reinaldo); Luiz Henrique (Vitor Xavier), William Lira. Treinador: Totonho (interino)

Histórico geral de Santa Cruz x Ferroviário-CE (todos os mandos)
14 jogos
4 vitórias pernambucanas (28,5%)
3 empates (21,4%)
7 vitórias cearenses (50,0%)

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Diego Borges, João Pereira e Lucas Liausu):


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