Anúncio da Betnacional
Compartilhe!

O time coral, de azul, antes da entrada no gramado da Arena Pantanal. Fotos: Santa Cruz/Twitter.

O Santa Cruz administrou a vantagem do empate, como visitante, e se classificou na Copa do Brasil. Em Cuiabá, diante do Operário de Várzea Grande, o tricolor pernambucano fez um jogo moroso, de pouquíssimas oportunidades ofensivas. À parte do susto no finzinho, também viu adversário criar muito pouco. Ou seja, 0 x 0. Valeu uma premiação de R$ 650 mil. Como o clube já havia recebido R$ 540 mil pela participação na primeira fase, o Santa já acumula R$ 1,19 milhão na competição.

A receita, importantíssima para o decorrer da temporada, foi obtida com um futebol que merece uma análise mais crítica. Nesta estreia, o 1T começou “estudado”, mas essa percepção acabou modificada para “lentidão” – em ambas as equipes. Precisando da vitória, o time mato-grossense só chegou à vera. Aquele ritmo parecia beneficiar a equipe coral. Por outro lado, era importante ver o time de Itamar mais aceso. A troca passes sem tanto deslocamento não fazia sentido – na minha visão. Só gastar o tempo, com o placar em branco, também deixava o adversário ao alcance do resultado. Um adversário tecnicamente inferior, visivelmente.

E Schulle não ficou satisfeito, tanto acionou Jeremias, que voltou a fazer uma boa partida. Conseguiu levar o time um pouco mais à frente, mesmo sem finalizações efetivas. Quando teve, por volta dos 40 minutos, o árbitro anulou o legal de Mayco Félix – não vi falta no lance. No minuto seguinte, outra lambança no apito, num pênalti não assinalado a favor do Operário – vi falta do goleiro Maycon Cleiton. Um lance discutível para cada lado. Pouco antes dessas jogadas, aos 37, talvez o lance que realmente fique na memória das duas equipes.

Após boa trama, Pikachu recebeu livre e bateu por cima do travessão. Foi a maior chance do mandante. A tal morosidade, vista na maior parte da noite, quase foi penalizada. Fica o alerta ao Santa, cuja torcida esperava uma imposição (e disposição) maior. O alívio veio com a vaga.

Curiosidade histórica
Este foi o segundo jogo na história deste confronto. O primeiro foi num amistoso, também em Cuiabá, há 42 anos, bem no dia do 64º aniversário do tricolor. Em 03/02/1978, o jogo também terminou empatado, mas em 1 x 1 – o gol pernambucano foi anotado pelo atacante Nunes.

Escalação do Operário (melhor: Vandinho; pior: Pikachu)
Igor Rayan; Igor, Marcão, Marlon e Kaio Cristian; Caio Matias, João Guilherme e Natan (Léo, 34/2T); Gil Mineiro (Vandinho, 16/2T), Pilar (Kaio Felipe, 16/2T) e Ualisson Pikachu. Técnico: Gabardo Júnior

Escalação do Santa Cruz (melhores: 1 Jeremias, 2 Maycon Cleiton; pior: William Alves)
Maycon Cleiton; Júnior, William Alves, Danny Morais e Fabiano; Bileu (Lucas Gonçalves, 27/2T), Paulinho (Ítalo Henrique, 44/2T) e Didira; Mayco Félix, Pipico e Augusto Potiguar (Jeremias, intervalo). Técnico: Itamar Schulle

Cotas do Santa na Copa do Brasil de 2020
1ª fase – R$ 540 mil (vs Operário-MT, 0 x 0)
2ª fase – R$ 650 mil (vs União-MT ou Atlético-GO)
3ª fase – R$ 1,5 milhão?

Retrospecto do Santa na Copa do Brasil (1989-2020)
93 jogos em 26 participações
Desempenho: 37V, 21E e 35D
51 confrontos: 26 classificações e 25 eliminações

A análise do Podcast 45 Minutos (Cassio Zirpoli, Diego Borges e Lucas Liausu):


Compartilhe!