O meia Chiquinho esteve apagado durante a partida. Foto: Heitor Ramos/NH Foto, via Santa Cruz.
Em mais uma atuação fraca, o Santa Cruz perdeu de novo e segue na lanterna da Copa do Nordeste. São três derrotas em três jogos, na pior largada da história do tricolor na competição, com 15 participações desde 1994. Até então, o pior início havia sido com 1 ponto, situação registrada em 2000 e 2020 – dados abaixo.
Agora, em 2021, os corais foram mal nas três apresentações, diante de Vitória, ABC e Salgueiro. E o time não marcou um gol sequer em 270 minutos de bola rolando – é o único zerado entre os 16 participantes. E não chega a surpreender, pois o setor ofensivo cria muito pouco. No Cornélio de Barros, um time todo travado na primeira metade. No reencontro dos finalistas do último Pernambucano, o atual campeão foi muito melhor, com mais movimentação e variação de jogadas. O placar de 1 x 0 foi justo.
O carcará abriu o placar logo aos 3 minutos, com o zagueiro Leozão, de cabeça. O defensor de 1,87m vem mostrando muita força na bola aérea. Já são quatro gols na temporada, sendo 2 no PE e 2 no NE. De forma justa, até por salvar um lance aos 49 do segundo tempo, ele foi eleito o melhor em campo. Porém, existem outros destaques do mandante, como o meia Cássio Ortega, que acertou o travessão no 1T e armou bons contragolpes no 2T.
Quanto ao visitante, o volume de jogo só existiu na segunda etapa, mas sem organização. Repleto de jogadores experientes, mas sem alguém que chamasse, efetivamente, a responsabilidade. Em relação ao futebol praticado, era mais vontade do que estratégia, com o rendimento final sendo o mesmo dos jogos anteriores, num mau sinal para a equipe de Brigatti, que não pôde ficar na área técnica devido ao teste positivo para Covid-19.
Lanternas das multidões
Até esta partida, os dois times ocupavam as lanternas de suas chaves na Lampions, com o Santa no Grupo A e o Salgueiro no Grupo B. Com o resultado positivo na abertura desta 3ª rodada, o clube sertanejo deixou a última posição da chave para o Sport. Curiosamente, o domingo reserva uma edição do Clássico das Multidões, este válido pelo Estadual, mas com a pressão gerada pelos insucessos em outros torneios durante a semana. E ambos com derrota para o Salgueiro, diga-se.
O desempenho do Santa nos 3 primeiros jogos no Nordestão*
1ª) 1994 – 2V, 0E e 1D (6 pontos)
2ª) 1997 – 1V, 0E e 2D (3 pontos)
3ª) 1998 – 3V, 0E e 0D (9 pontos; 100%)
4ª) 2000 – 0V, 1E e 2D (1 ponto)
5ª) 2001 – 2V, 0E e 1D (6 pontos)
6ª) 2002 – 2V, 0E e 1D (6 pontos)
7ª) 2010 – 1V, 2E e 0D (5 pontos)
8ª) 2013 – 2V, 0E e 1D (6 pontos)
9ª) 2014 – 1V, 1E e 1D (4 pontos)
10ª) 2016 – 1V, 1E e 1D (4 pontos)
11ª) 2017 – 2V, 1E e 0D (7 pontos)
12ª) 2018 – 2V, 1E e 0D (7 pontos)
13ª) 2019 – 1V, 1E e 1D (4 pontos)
14ª) 2020 – 0V, 1E e 2D (1 ponto)
15ª) 2021 – 0V, 0E e 3D (0 ponto; 0%)
* Por padronização, todas as vitórias valeram 3 pontos (o sistema foi adotado em 1995)
Escalação do Salgueiro (melhores: Leozão, Cássio e Moreilândia)
Lucas; Sinho, Ranieri, Leozão e Alan; Bruno Sena, Moreilândia, Felipe Baiano (Raimundinho), Tarcísio (Aruá) e Cássio Ortega (Richard); Thomas Anderson (Daniel Passira). Técnico: Daniel Neri
Escalação do Santa Cruz (piores: Pipico, Paulinho e William)
Martín Rodríguez; Augusto Potiguar, Willian Alves, Danny Morais (Ítalo Melo) e Célio Santos (Alan Cardoso); Caetano, Paulinho (Ítalo Henrique), Didira (Felipe Almeida) e Chiquinho; Pipico (Vinícius Balotelli) e Léo Gaúcho. Técnico: Basílio Amaral
Histórico geral de Salgueiro x Santa Cruz (todos os mandos)
43 jogos
17 vitórias corais (39,5%)
13 empates (30,2%)
13 vitórias salgueirenses (30,2%)
A análise do Podcast 45 Minutos (Celso Ishigami, Felipe Assis e João de Andrade):
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Abaixo, assista aos melhores momentos do jogo, num vídeo do perfil da Copa do Nordeste.