A marca Uhlsport irá produzir a bola da Segundona de 2023 a 2027. Foto: Atlético-GO/divulgação.
Faltando menos de dois meses para o início, a Série B segue sem contrato de transmissão para a edição de 2023. Após o fim do acordo com a Globo, que vigorou por cinco edições, a emissora não quis renovar o pacote integral, com todos os sinais de TV, como vinha fazendo. Assim, a CBF abriu um processo de negociação, mas os valores ficaram abaixo do patamar anterior, cujo valor-base era de R$ 160 milhões, só em cotas aos 20 clubes, fora o custeio.
Com impasse, e a possibilidade de esvaziar economicamente a disputa, o presidente da confederação brasileira, Ednaldo Rodrigues, teria dito aos representantes dos clubes, durante o conselho arbitral em 15/02, que irá manter o valor de R$ 8 milhões pra cada Isso caso o futuro contrato, que eventualmente será firmado, não cubra o montante pago pela Globo. Apesar da garantia, o valor é o mesmo há 4 anos. Cerca de cinco vezes menos que o piso na elite. Segundo reportagem do UOL, a maior proposta chegou a R$ 120 milhões. Considerando a inflação no período, o valor-base da Globo seria quase o dobro (R$ 204 mi).
Contrato mais curto
Em seu perfil no Twitter, o presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista, foi o primeiro a comentar isso de maneira mais aberta: “A reunião de ontem (15/02) foi bastante proveitosa e os clubes saíram satisfeitos com a postura do presidente, que ofereceu respaldo financeiro para a realização e viabilidade da competição”. Esse impasse no BR acontece após os acessos de Cruzeiro, Grêmio e Vasco, com o “G12” inteiro na Série A após três anos. Sem um clube deste porte no eixo Sul-Sudeste, as propostas diminuíram. Além disso, a tendência é que o novo acordo econômico da 2ª divisão seja aplicado no máximo até 2024, pois há a intenção da operação via liga nacional, com a Libra e/ou Forte Futebol, nas Séries A e B de 2025.
Vale lembrar ainda que este modelo com “cota fixa” para todos os clubes na Série B começou em 2019, após o fim da “cláusula paraquedas”, que garantia aos integrantes do antigo Clube dos 13 uma cota da “Série A” no primeiro ano pós-rebaixamento. Durante quatro edições, entre 2019 e 2022, os clubes passaram a ter duas opções: escolher a cota fixa ou o pay-per-view, com receita variável – ou seja, interessante apenas para aqueles clubes com base sólida de assinantes. Sobre a disputa em 2023, veja as tabelas de Ceará, Sport e Vitória.
Evolução das cotas fixas da Série B
2011/2012 – R$ 1,8 milhão
2013/2015 – R$ 3,0 milhões
2016/2017 – R$ 5,0 milhões
2018 – R$ 6,0 milhões
2019-2022 – R$ 8,0 milhões*
* Ou R$ 6,5 milhões em receita líquida
Premiação oficial para o G4
Além da cota, a Série B de 2023 terá uma premiação ao quarteto que subir de divisão. Ao todo, a CBF irá distribuir R$ 5 milhões. O campeão leva R$ 2,5 mi e os outros dividem R$ 2,5 mi. Esta bonificação foi implantada em 2022, com o Cruzeiro campeão e Grêmio, Bahia e Vasco fechando o G4. Pelo cenário atual, portanto, o clube que liderar a classificação geral em 25 de novembro, após a 38ª rodada, irá apurar R$ 10,5 milhões, entre cota e premiação.
Os 20 participantes da Série B de 2023
ABC (RN), Atlético (GO), Avaí (SC), Botafogo (SP), Ceará (CE), Chapecoense (SC), CRB (AL), Criciúma (SC), Guarani (SP), Ituano (SP), Juventude (RS), Londrina (PR), Mirassol (SP), Novorizontino (SP), Ponte Preta (SP), Sampaio Corrêa (MA), Sport (PE), Tombense (MG), Vila Nova (GO) e Vitória (BA)
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